terça-feira, 6 de agosto de 2013

Guerra civil? Nada disso.

Por José Albuquerque

Vários Companheiros (como é o exemplo do Enormérrimo Carlos Alberto, do BENFILIADO) caracterizam o actual momento do Glorioso com este titulo – “Guerra civil”, mas eu não estou de acordo: para haver uma tal situação teria de existir um confronto declarado entre duas facões alternativas, ora nem existe confronto, nem existe alternativa.

Aquilo a que assistimos, melhor caberia na definição de “terrorismo”, ou mesmo de “banditismo”, uma vez que constatamos a confirmação de uma superactividade pontual de uma parte dos Benfiquistas, uma minoria dentro da minoria, sem programa nem objectivos válidos e/ou consequentes. Numa pré época, fomentar ou aplaudir acções como as que se revelaram na Catedral durante a “Eusébio Cup” e que não passaram de uma ridícula pseudo tentativa de subversão a uma ordem democrática e Estatutária, sem a menor preocupação pelos danos eventualmente emergentes para o Nosso Clube, não configura os requisitos para mais do que “banditismo” ou “terrorismo”.

Já todos sabíamos que existe uma minoria entre Nós, constituída por garotelhos assumidamente marginais que entendem o Clube como uma entidade que tem de estar ao seu serviço (“o Benfica é nosso e há de ser”), para justificar algumas farras excursionistas ao longo do ano, durante as quais possam praticar a sua cobardia em “matilha” e cujas vitórias possam transformar em arma de agressão face aos adeptos de outros clubes, suprindo-lhes a mais justificada ausência de autoestima.
Esses, que os há em todos os clubes e constituem um problema simultâneo de saúde e ordem públicas, contribuem com a marginalidade da sua tendência para o banditismo, facilmente manipulados pelos verdadeiros terroristas que, incompetentes até para se organizarem como alternativa, se masturbam intelectualmente com a excitação do ruído obtido quando se esfregam em grupo. Confundir estes acontecimentos como se de “episódios da luta de classes” se tratassem, seria tão inconcebível como confundir essa minoria com um “proletariado”, quando eles nem categoria demonstram para ser “lúmpen proletariado”. Chamar a este absurdo fenómeno “guerra civil” (nem sequer manifestação de “oposição”), quando caído directamente no mais roto dos sacos, seria um abuso de abstracção, também ele absolutamente infértil.

Neste momento como em quase todos os outros, o que os Benfiquistas deveriam fazer era apoiar o seu Clube e, inteligentemente, discuti-lo e criticá-lo, como forma de o viverem mais intensamente. Eu bem sei que dá mais trabalho do que idealizar e atirar petardos, mas seria, com toda a certeza, sintoma de um Benfiquismo bem mais evoluído.

E o Benfiquismo bem necessita de uma verdadeira Oposição!
Da emergência de verdadeiros programas e projectos alternativos aos que estão a ser implementados pelos Corpos Sociais eleitos há um ano, o Clube e o Benfiquismo só podem beneficiar. E não, a inexistência aparente de uma liderança para esses eventuais programas não deve, nem pode, legitimar o terrorismo dos que por eles anseiam coerentemente.
Se repararem bem, os estertores do paspalho das “abstrusidades” não passam de mais um reflexo dessa pobreza franciscana que persiste em grassar entre as Nossas minorias minoritárias (porque minoria, dentro da minoria) e, no dia em que surgissem verdadeiros programas alternativos, ele seria imediatamente substituído por melhores candidatos, bastando, então, seleccionar entre os muitos “meia nau” (como eu chamo aos que se satisfazem por ter “proa”) alguém que estivesse preparado para o desafio, com verdadeiro Benfiquismo.

Dá trabalho?
Dá, dá muito trabalho. Mas também dá muitíssimo prazer (eu sei, porque já o fiz) e constitui a única forma credível de se ser verdadeiramente Benfiquista, quando se discorda do rumo dado ao Nosso Clube.

Enquanto os Benfiquistas “do contra” não tiverem a competência suficiente para começar a construir eventuais alternativas, aos Nossos Corpos Sociais cumpre-lhes continuar a engrandecer o Clube (e o Nosso Grupo) o melhor que podem (e podem muito) e sabem (e sabem bem), defendendo os Nossos Valores e honrando a Nossa História, com a responsabilidade acrescida de quem reconhece ainda não ter alternativa consequente.

O Benfica que somos Nós (mas que Nos não pertence), embora ainda não tenha conseguido merecer uma “Oposição”, tem sabido merecer o máximo e o melhor dos dirigentes aos quais conferiu uma imensa legitimidade.

Viva o Benfica!    

13 comentários:

  1. Já tinha respondido ao carlos Alberto num post mais abaixo, precisamente onde ele diz que há uma guerra civil...

    Respondi que me parecia uma guerrilha, que numa guerra se conhece o inimigo.

    Mas de facto, mesmo as guerrilhas podem ter um bom propósito. Já o "banditismo" e o "terrorismo" que amiúde assistimos no Benfica, só serve a uma meia dúzia de vendedores e consumidores de pó branco a quem o Vieira meteu os patins...

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  2. Digo desde sempre que o grande problema de estes opositores, se podemos chamar de opositores grupos gente que movida por ódios pessoais destila frases e frases só com o objectivo de destronar os seus alvos de eleição, é a forma como o fazem, como escrevem.
    Pessoalmente não me considero um grande defensor desta direcção. Reconheço na mesma coisas muito positivas como coisas bastante negativas. Algumas da quais até vão de encontro a criticas feitas por muitos que escrevem por essa gloriososfera! Digo mais, espero que surja no Universo Benfiquista uma proposta capaz de levar o clube ao próximo passo. Mas no entanto tenho por principio respeitar o Benfica e os sócios e quando vejo muitos desses "defensores do verdadeiro Benfiquismo" a por em causa os outros usando um quase extremismo lembro-me que, como quaisquer outros movimentos radicais ( serão eles como uma espécie de talibans) o extremismo tolda-lhes a razão. São contraproducentes para si mesmo na forma como agem, como escrevem...
    De facto não há uma guerra civil no Benfica, há uma pequena cruzada entre Benfiquistas nas páginas de internet e depois em uma pequena minoria que muito bem descreve que pensa o Benfica é deles! Não, o Benfica somos NÓS como bem disse.
    No entanto o mundo da internet e dos media vida serve de megafone aqueles que vociferam as suas ideias de alegada oposição o que provoca um efeito assustador mas depois de bem visto é quase só barulho.
    Que surja uma oposição ou oposições, que sejam prolíficas para o Sport Lisboa e Benfica, que se vença pelas ideias e não pelo ruído.

    E PLURIBUS UNUM

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    1. «Que surja uma oposição ou oposições, que sejam prolíficas para o Sport Lisboa e Benfica, que se vença pelas ideias e não pelo ruído.»

      Não poderia estar mais de acordo, Fernando Ribeiro.

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  3. Amigo Guachos

    O terrorismo é apenas uma forma de guerra não convencional.

    Usa o terrorismo quem, tendo meios desproporcionalmente menores, quer derrubar ou tomar o poder contra um exercito muito mais forte e poderoso.

    Um grande abraço

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    1. O terrorismo é uma espécie de guerrilha à bruta, cruel e sem quartel. Numa guerra pode e deve haver honra. No terrorismo não há.
      Mas que raio de discussão a que isto nos pode levar! Hehheheeh!

      Abraços amigo Carlos

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  4. Amigo José Albuquerque.

    Chamo-lhe Guerra Civil porque é entre irmãos!

    A saga Guerra Civil do Benfica tem apenas o propósito de mostrar a alguma rapaziada mais nova que se calhar aquelas certezas que têm em relação a determinados assuntos, amanhã podem verificar que não é bem assim e que o que hoje se passa no Benfica tem menos a ver com o Vieira, com o Veiga e com o paspalho que com uma cultura que se aduba de fora.

    Um grande Abraço

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  5. Boas Benfiquistas,

    Como sempre estive na eusebio cup, e estive na sagres a cantar pelo Benfica.
    Infelizmente quando comecei a ouvir os canticos por 1 jogador que nao estava em campo, fui-me embora por nao concordar com o que estava a acontecer, por muitos se calhar escapou, mas inclusivamente o nosso capitão olhou para trás e abriu os braços perguntando o que se estava a passar, posso dizer que nao mais o nosso capitão olhou para tras, nao se dando a "mais trabalho".

    o que se passou é ridiculo, apesar de nao ser opiniao de todos os presentes.
    Posso dizer que infelizmente o que se passou é simples de explicar, na eusebio cup, nem toda as pessoas do "costume" estavam presentes, o que faz com que a minoria revoltada cante, e seja seguida pela outra parte ignorante que nao percebe o porque do cantico. normalmente existe quem "meta ordem na casa", e junte toda a gente em prol do Benfica, como eu mesmo ja presenciei... infelizmente faltou durante o ultimo jogo dando voz a quem nao tem ideias.

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  6. Guachos!

    O meu caro disse tudo,quando aflorou o pó e terem de fechar a chafarica da Luz.

    Esse assunto j´sa eu aqui tinha aflorado num comentário qualquer.

    Toda a gente sabe que as claques de futebol são um mundo imenso onde se movimentam os negócioa mais ewscuros.

    É só ver qual é a fortuna acumulada pelos "ditos"chefes de claque.

    Sobre o contestar e não dar ideias é simples:Passei por um face de um ptojecto de "imbecil ou será avantesma?"não sei,mas uma das duas será concerteza em que o dito cujo foi questionado por um individuo sobre o tema em questão qual seria a proposta que ele apresentava para resolver o problema.

    Sabe qual foi a resposta??

    Fugiu não respondeu e de seguida foi sentar-se na sanita.

    Por aqui se vê as ideias que os contestários têm,zero,NENHUMA!!!!

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    1. Há aí um erro de precisão amigo REUS!

      O moço não foi sentar-se na sanita; voltou para a sanita, o seu lugar de eleição, onde vegeta, quando não está a distribuir pó ou petardos.

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  7. Caro José Albuquerque, o Carlos Alberto do Benfiliado é mais que conhecido na arte de dar uma no cravo e outra na ferradura. Aliás, eu nunca compreendi ao certo o que ele defende para o nosso clube. Umas vezes defendende este ou aquele e certas políticas/acções no SL Benfica e noutras vezes desdiz tudo o que escreveu em posts anteriores. Dá ideia que não tem uma ideia certa da Instituição Benfica, outras que embarca inocentemente no que a CS escreve ou na "opinião" de certos bloggers rasteiros sobejamente conhecidos da nossa praça, ou então, e é muito mau, escreve para ter audiências.
    Com o que referi antes, leio-o porque por vezes até tem piada e até comento algumas vezes a rebater o que por ele foi escrito e nada mais. É complicado assim ter uma noção de seu pensamento acerca do SL Benfica.

    Fiorde da Noruega

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    1. Meu caro Fiorde da Noruega, embora te dirijas directamente ao José Albuquerque, não achas que esse comentário está um pouco desenquadrado do espírito do post?
      O companheiro carlos Alberto segue a linha editorial que muito bem entender e nós aqui nada temos a ver com isso.
      Se quisermos contestar ou debater as suas ideias vamos ao "benfiliado" e fazêmo-lo lá. O mesmo esperamos dele e sabemos que é assim que ele faz.

      Alguma critica ao "Benfiliado" (elogios podes fazê-los também aqui) porque não fazê-los no seu excelente blog?

      Saudações benfiquistas

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  8. Sr. Guachos o que escrevi tem alguma coisa a ver com o post de José de Albuquerque.
    Sobre a linha editorial ele faz o que quer obviamente, agora nós compreendemos, ou não o que ele quer dizer, tamanha é a variedade de sua linha editorial.
    Não foi a crítica que me motivou a comentar, apenas e só tentar explicar o que não compreendo em seu blog.

    Fiorde da Noruega

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  9. OS MEUS TOMATES SÃO DE OURO E OS TEUS?

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Se pertenceres aos adoradores do putedo e da corrupção não percas tempo...faz-te à vida malandro. Sapos e verdadeiros trauliteiros, o curral é na porta seguinte.