sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Os “Fundos” e o “Fair Play Financeiro” II

(No Domingo passado, dia de praia e...de clássico na Luz, este post do José Albuquerque passou (quase) despercebido.
Demasiado bom para não ser debatido, volto hoje a publicá-lo...e logo depois apagarei o antigo.)
(Para melhor compreensão - ler «Os “Fundos” e o “Fair Play Financeiro”I» (aqui))

Por José Albuquerque

Agora que já conhecemos o mais importante sobre os impactos das “compras e vendas” sobre as rubricas do Balanço e ao nível dos Proveitos e Custos (reportados nos ROPA), vejamos quais são os resultados do recurso aos “Fundos” nestas operações de Gestão, por exemplo, da Nossa SAD. Para esse efeito, temos de começar por ver se todos os Fundos são do mesmo tipo ou se podem haver diferenças fundamentais, como … parece ser o caso.

De facto, há um mundo de diferença entre o BSF e aqueles que, como a Doyen, se comportam como os verdadeiros donos dos passes dos futebolistas, servindo de “muleta financeira” a clubes que selecionam como “barrigas de aluguer” para valorizar os atletas nos quais apostam.

O Benfica Stars Fundo (BSF).

Como creio que sabem, eu fui um defensor do conceito do BSF e desde antes do seu nascimento, pelo que nunca me cansarei de advogar em favor das vantagens da sua criação e, se possível, manutenção por mais tempo.
O BSF, além de ser um fundo regulado e supervisionado pelo Mercado de Capitais (sem evasão fiscal, nem dinheiros de proveniências duvidosas envolvendo “off shore”), só intervém se e quando a Nossa SAD lhe propõe negócios com Atletas com os quais já tem contrato (e mesmo estes com restrições de idade e prazo de contrato), se e depois de as duas partes chegarem a um acordo de verbas/avaliação do Atleta, pelo que ele age como “financiador” e “segurador” da Nossa SAD.

Financiador, na medida em que colocou ao dispor da SAD os seus fundos, sem juros, para adquirir partes dos passes de alguns Atletas e Segurador, na medida em que essa “partilha de interessas económicos” é concomitante com a partilha dos riscos decorrentes de eventuais desvalorizações dos passes adquiridos
Também no momento das “vendas” o BSF não tem qualquer interferência relevante (apenas obriga a SAD a que, quando um Atleta fica a menos de 18 meses do final do contrato, passe a considerá-lo “no mercado”, havendo lugar a informação sempre que surjam propostas de aquisição) e nunca foram visíveis sinais de qualquer divergência e/ou tentativa do BSF de condicionamento sobre a liberdade da SAD para conduzir a Gestão dos seus Activos.

Na realidade, a prática parece ter demonstrado que, uma vez aceite a partilha dos interesses económicos de determinado Atleta, o BSF passa a confiar absolutamente na SAD e a acompanhá-la em todas as suas decisões. E se esse comportamento é muito fácil de entender quando os Atletas são vendidos com grande proveito, como foram tantos casos, não deixa de ser de sublinhar naqueles outros casos em que as vendas se fizeram com “imparidade”/prejuízo para o BSF, como o Tacuara, o Garay ou o Roderick, já para não referir aqueles Atletas que ainda não foram vendidos nem existem perspectivas de o virem a ser e que permanecem no fundo.

Em síntese, com um enquadramento legal impoluto e sem pretensão de ingerência na Gestão dos Atletas, o BSF só pode constituir um instrumento positivo para o Glorioso. Mais ainda e mesmo sem conhecer um único dos investidores que compõem 85% do seu capital (porque a Nossa SAD investiu 6ME nos restantes 15%), eu sinto que posso afirmar que eles, mesmo visando alguma rentabilidade para o seu investimento, quiseram, acima de tudo, ajudar o Benfica.
E ajudaram, significativamente, por disponibilizarem 34ME (85% dos 40ME) sem compromisso de juros, durante 5 anos.

Outros Fundos como a Doyen, por exemplo.

Bem diferente é o caso da esmagadora maioria dos outros Fundos, como a Doyen, de que temos conhecimento, desde logo por sabermos que eles não são regulados por nada nem ninguém, porque os vemos fazer negócios com todos os clubes que aceitem receber os “seus futebolistas” e “nas suas condições”.
Sem pretender colocar em causa a respectiva legitimidade, parece-me óbvio que se trata de capitais especulativos, normalmente apoiados/participados por intermediários/agentes desportivos, que se orientam com objectivos de rentabilidade e que a pretendem maximizar “controlando” a carreira dos futebolistas nos quais entendem investir.
E, reparem, eu escolhi a Doyen como exemplo, não só por ela ter intervindo no caso Ola John (embora de uma forma que me parece ser como “apenas financiador”), como porque interpreto os seus comportamentos mais recentes, nos dossiers mãogala e vermelho, como bastante interessante: ao que foi publicado, a Doyen aceitou, no negócio entre andruptos e Man. City, receber menos do que aquilo a que teria direito, tal como se disponibilizou para fazer com a osgalhada e tudo isso para facilitar a concretização dos negócios.
É verdade que, mesmo com essas cedências, a Doyen obteve (ou vai obter) uma rentabilidade tão grande que lhe permite ser “magnânima”, mas, pelo menos, nunca poderão ser acusados de intolerância negocial.

Os Leitores do GUACHOS sabem que, sem fundamentalismos, não me agrada que a Nossa SAD desenvolva muitas relações com Fundos deste tipo, aliás tal como não gosto de ver Atletas titulares que estejam “emprestados” por outros clubes, mas confesso que não entendo a pretensa perseguição que a UEFA anuncia que lhes vai fazer.
De tudo o que li, o mais forte argumento da UEFA sintetiza-se em “queremos que o dinheiro gerado pelo futebol, fique no futebol”, o que me parece uma tremenda falácia, a menos que a UEFA venha a impedir, ou limitar, que os clubes se financiem com capitais alheios, que já implicaram pagamentos de muitas, muitíssimas centenas de milhão de euros, dinheiro esse também ele gerado pelo futebol e que não ficou no futebol.
Que a UEFA deseje ver o futebol menos ligado a alguns capitais de proveniência duvidosa, ou que queira combater a tendência hiperinflacionista dos passes que os Fundos ajudaram a agravar, isso eu poderia compreender, aceitar e, até, subscrever, mas esses argumentos não se aplicam a casos como o BSF.

O BSF e o Fair Play Financeiro FPF.

Eis-me chegado ao primeiro ponto da tese que venho defender com este(s) texto(s): até para facilitar a implementação do FPF eu acredito que fundos do tipo do BSF podem ser muito úteis, uma vez que podem constituir uma fonte competitiva de financiamento para os melhores clubes, para a Gestão de Activos dos quais podem, ainda, contribuir com um impacto “regulador” dos respectivos ROPA, absorvendo parte dos “prejuízos” como contrapartida de uma parte dos “lucros”.

Recuperando aquele nosso exemplo (na primeira parte) do Atleta adquirido por 10ME, imaginemos que o BSF aceitaria adquirir 20% do seu passe por 3ME (correspondendo a uma avaliação total de 15ME) e vejamos o impacto de uma tal operação nas Nossas “Contas”:
- começamos com um “alivio” no investimento inicial de 3ME;
- continuamos com uma redução do Custo anual em amortizações contabilísticas (que era de 2ME) para 1,4ME (7/5);
- terminando numa compensação de 6ME, se e quando se verificasse a venda deste passe por 30ME.

Típica situação em que as duas partes beneficiam de alguma coisa, não vos parece?

Notem que ao vender 20% deste passe por 30% do valor inicial investido, a Nossa SAD já estaria a “garantir” um beneficio económico de 1ME, o que tem sido a prática habitual nas operações da SAD com o BSF, mas isso não corresponde a uma contabilização imediata desse Proveito, uma vez que a SAD as contabiliza ao pró rata, ou seja, dividindo esse “proveito” de 1ME pelo tempo de duração do contrato, o que, neste exemplo, corresponderia a 200 mil E anuais (ou 50 mil por trimestre). Isto é o mesmo que dizer que os negócios da Nossa SAD com o BSF nem sequer podem servir para manipular os resultados contabilísticos!

Por tudo isto eu só vejo vantagens e recomendaria o alargamento do BSF de tal modo que as suas vantagens se pudessem “eternizar”, mesmo que, para isso, tivesse de ser garantida aos investidores uma “taxa técnica de juro”, que funcionaria como um nível mínimo de rentabilidade abaixo do qual a SAD cederia ao BSF uma parte maior dos seus rendimentos regulamentares.

Loucura?
Legalmente (im)possível?

Eu sou dos que acreditam que são as Leis que se devem adaptar aos interesses, desde que legítimos, das pessoas, sejam elas físicas ou jurídicas.

Na terceira e última parte deste texto vou apresentar a parte essencial desta minha “tese”, que vai ligar profundamente o BSF (este ou outros que possamos idealizar) e o FPF.

Aproveitem mais este intervalo para esclarecerem todas as dúvidas que possam ter. Combinados?

Viva o Benfica!

17 comentários:

  1. Companhio J Albuquerque,

    Com a actual politica financeira da UE (BCE) em que os juros baixaram de 05 para 0025 é facil perceber que os devedores podem recorrer a emprestimos para pagar emprestimos em condições vantajosas.

    A QUESTÃO É ESTA:
    OS CLUBES CUMPRIDORES PODEM OU NÃO (no quadro do fair play)
    usufruir desta nova medida financeira?????

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    1. Enormerrimo Xuto, Companheiro,

      A atual politica monetaria do BCE parece-me perfeitamente correta, perante os riscos de "deflacao" em varios paises da Zona Euro (nao queiras ver uma crise desse tipo, que e' muito feia), infelizmente, em Portugal e em alguns outros paises (Grecia e Italia, pelo menos), vai ter resultados insignificantes, uma vez que o setor financeiro vai aproveitar (uma vez mais) para aumentar as suas margens financeiras, em vez de repercutir no universo de Clientes esta reducao da taxa de juro.

      Entretanto e se eu compreendi bem a tua pergunta, deixa que te diga que so' uma parte da Nossa "fatura bancaria" entra nas contas do FPF, porque:
      1 - sao dedutiveis os custos de financiamento de todas as infraestruturas desportivas (e nao so' as dedicadas 'a formacao); e
      2 - idem, idem no que tocar aos investimentos relativos a "responsabilidade social" (pergunto-me se parte dos investimentos na BTV e no Museu nao "cabem" neste criterio).

      Em todos os meus textos recentes anteriores, fiz questao de "justificar" a opcao atual do Grupo Benfica por financiamentos de curto prazo, exatamente na busca de, a prazo, ver descer a "taxa media" dos emprestimos bancarios (e de eventuais novas emissoes obrigacionistas), resta vermos, agora, se a Nossa SAD consegue concretizar esse objetivo.

      Viva o Benfica!
      (Jose' Albuquerque)

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    2. OK companheiro
      agradeço.

      Viva o Glorioso.

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  2. Enormerrimo Guachos, Companheiro e Bom Amigo,

    Ahahahahahah, esta partida foi muito boa, ahahah.
    E' que eu cheguei a pensar que eu me tivesse enganado e, em vez da parte 3, tivesse repetido o envio deste texto e, afinal ... "repetitio mater estudiorum est", ahahahah.

    Viva o Benfica!
    (Jose' Albuquerque)

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    1. A terceira parte ainda não chegou cá...mas entretanto e para não se perder o fio à meada....

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    2. Olha que eu ja' te tinha enviado, ha' 2 dias, ahahah.

      Ja' reenviei.

      Viva o Benfica!
      (Jose' Albuquerque)

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    3. Uma semana a gerir isto a partir de um telele...
      Amanhã será publicado.

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  3. Grande Guachos e enorme companheiro José Albuquerque, peço desde já desculpas por entrar
    para fazer um off topic. O post sobre os "fundos e o fair play económico" é excelente e oportuno (imagem de marca de José Albuquerque) no entanto hoje senti a necessidade de o fazer.

    Recentemente tomei conhecimento das grandes dificuldades que o ciclismo feminino de estrada está a ter para se impor no panorama desportivo internacional. É um desporto que já conta com muitas provas anuais que são reconhecidas pela UCI (uniao de ciclismo internacional) no entanto a grande maioria são provas de um dia apenas o que lhes resta impacto em relacao com os "tours" de mais dias.

    O giro feminino de Itália estende-se por 11 dias, assumindo-se como a prova rainha, existem ainda o tour de França (sete dias), o tour de Inglaterra (5 dias) e mais um par de provas que não oferecem totais garantias que se realizem todos os anos.

    Fiz uma breve pesquisa na internet e descobri que o principal motivo de entraveprende-se com a dificuldade em angariar sponsors, o que afasta os melhores operadores de televisão de optarem por fazer a cobertura dos eventos. Forma-se assim um ciclo vicioso, não cobertura televisiva não sponsors e vice versa. A todo este quadro negativo nao é, alheio alguma descriminação com raizes no machismo instalado neste desporto, acontece que estamos em pleno seculo XXI e as valorosas atletas já tomaram a luta pelo reconhecimento do seu desporto como ponto de honra extrema. Às provas organizadas de forma propositadamente negligente (pondo por vezes em causa a segurança das atletas) o pelotão internacional responde em força e enche-se de campeãs olímpicas, mundiais, europeias e americanas provenientes do ciclismo de pista, do triatlo e do duatlo (disciplinas que lhes garantem a sobrevivência).
    Bom, posto isto, eu fiz uma relação com o nosso universo Benfica. Atenda-se entāo:
    - Temos um canal de televisão que no meu entender necessita de começar a exportar conteúdos para o mercado internacional;
    -a dimensão do pais e o grau de dificuldade que advém do factor montanha adequa-se mais ao género
    feminino do que dureza dos Alpes e Pirenéus, até o nosso verao é mais estável.
    - o nosso clube possuí um braço armado que se espalha por todo o Portugal, as casas do Benfica poderiam ser um aliado decisivo na organização de um TOUR INTERNACIONAL FEMININO DO BENFICA.
    Talvez fosse um bom conteúdo para adiccionar aos torneios de futebol internacional que se querem no ampliado e excelente Caixa Futebol Campus tornando a oferta mais apelativa. Teriam estes conteúdos boa aceitação noutros países?
    Sinceramente não sei. Mas penso que merece reflexão.

    RADIO BENFICA

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    1. Enorme Radio Benfica, Companheiro,

      Como creio que tu sabes, eu sou um fanatico do ciclismo (e o Guachos tambem) e, ha' uns meses atras, ate' foi aqui publicado um texto em que eu sugeria a reanimacao da modalidade no Clube, como sempre com o inevitavel "acento tonico" no Feminino (eu sou dos que consideram que quanto mais feminino o Benfica for, melhor), pelo que este teu topico me merece todo o interesse.

      Infelizmente, nao passo de um ignorante na material, pelo que me nao ofereco para te ajudar, mas sugiro que tentes colocar algum projeto no papel e que o remetas 'a Direcao.

      Viva o Benfica!
      (Jose' Albuquerque)

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  4. Isto quem sabe, sabe...

    Abraço companheiro.

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  5. Caríssimo e grandíssimo amigo José Albuquerque,

    Quero renovar os parabéns por este teu excelentíssimo Texto ( do qual, também aguardo ansiosamente a terceira parte ) e reafirmar ainda, a minha total concordância com a tua tese final!

    Seria efectivamente, mesmo muito interessante que o BSF fosse alargado.

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  6. Genial.
    Caro José Albuquerque dou-lhe os PARABÉNS por mais um Post explicado com Mestria para qualquer ignorante nesta matéria, entre os quais me incluo.

    Muito Obrigado por nos darem a oportunidade de Benficar a um nível imenso aqui no Guachos.

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  7. «Juniores na Final da Premier League Champions Cup

    Os Juniores do Sport Lisboa e Benfica carimbaram a passagem à Final Premier League Champions Cup, depois de vencerem, na tarde desta sexta-feira, os dois encontros do Grupo B.

    No primeiro jogo, a equipa orientada por João Tralhão venceu por 1-0 o West Ham United, com o golo da partida a ser apontado por Oliver Sarkic, avançado montenegrino, de 17 anos, recém-contratado ao Anderlecht. Na partida seguinte, frente ao Liverpool, nova vitória das jovens “águias”, por 2-1, golos de Renato Sanches e Hildeberto Pereira.

    Na Final que se realiza sábado, às 12h30, o Benfica mede forças com o Tottenham.

    Este torneio internacional de elevado prestígio, para além dos Juniores do Sport Lisboa e Benfica, conta com a presença de outras cinco equipas do mesmo escalão: Tottenham, Everton, Whest Ham United, Liverpool e Real Madrid.»

    Fonte; http://www.slbenfica.pt/noticias/detalhedenoticia/tabid/2788/ArticleId/38087/language/pt-PT/.aspx

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  8. José, és danado.

    Lá tinhas de desmistificar mais um dos argumentos das carpideiras.
    Era tão fácil para eles meter tudo no mesmo saco e atirá-lo ao ar.

    Abraço

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  9. Enorme texto, como sempre. Acrescentaria só que os 85% pertenciam ao BES, e estão agora em posse do Novo Banco, pois são considerados activos importantes. E como muito bem referiu o Presidente, o Novo Banco não fez qualquer contacto com o Benfica, significando isso que não há com o que se preocupar.

    Abraço

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    1. Tem a certeza disso ?
      A ideia que eu tenho é que o BES apenas geria o BSF, e que seriam investidores privados (e anónimos) que comprariam participações no mesmo.
      Alguém mais "abalizado" que confirme ou desminta sff.

      Já agora, excelente texto. Na minha opinião também gostaria que o BSF fosse alargado, ou que fizessem outro nos mesmos moldes.

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    2. Enorme Fernando Santos, Companheiro,

      Obrigado pelo incentivo e, perdoa-me por te corrigir, olha que o NovoBanco, tecnicamente, nao pode ter nenhuma parte do Fundo (embora alguns investidores possam ser seus Clientes), uma vez que e' ele a Entidade Gestora e Depositaria do Fundo.

      O pior que poderia ter acontecido, passava por vermos que o BES (o antigo) tivesse aplicado o excesso de liquidez do BSF em "coisas" como, por exemplo, papel comercial do GES, mas isso ... o Novo Banco teria de corrigir.

      Viva o Benfica!
      (Jose' Albuquerque)

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Se pertenceres aos adoradores do putedo e da corrupção não percas tempo...faz-te à vida malandro. Sapos e verdadeiros trauliteiros, o curral é na porta seguinte.