Por José Albuquerque
Vocês ainda se lembram de quando a treta do Passivo era um dos temas preferidos da mérdi@ e de todas as raças de anti, Taliban incluídos?
Vocês ainda se lembram de quando a treta do Passivo era um dos temas preferidos da mérdi@ e de todas as raças de anti, Taliban incluídos?
Claro que estou a falar do Passivo do Nosso Benfica
e claro que todos se recordam disso, até porque não foi há tanto tempo assim:
ele era Passivo ao “mata bicho”, insolvência ao almoço e falência ao jantar,
ahahah.
Passado algum do tempo que o tempo tem e o que
podemos Nós ver?
Que a mérdi@ perdeu toda a vontade de falar disso,
não sei se por causa do perdão de dívidas da osgalhada concedido por dois
Bancos que beneficiaram de apoios estatais (estás a “entrar”, ó contribuinte),
ou se pela necessidade dos andruptos de aumentar a Situação Líquida da sua sad
com a “entrada” do antro do ladrão, sob pena de levarem com o Fair Play
Financeiro da UEFA pela goela abaixo: seja como for, o facto é que a mérdi@
passou a tratar o tema “Passivo” um pouco como o da poluição (é chato, mas não
há nada a fazer) e ... esqueceu-se. Bastou-lhes perceber que não se tratava de
um problema do Glorioso, para perderem o interesse.
E com a maioria dos anti ... passou-se o mesmíssimo:
Passivo? Não conheço! Nunca me foi apresentado!
Ao que me dizem, parece que ainda sobram uns quantos
Taliban (minoria, dentro da minoria, dentro da minoria, ou seja: uma espécie
daquela “matrioska” mais caganita de todas) que ainda falam, de quando em vez,
da treta do Passivo, mas até esses já não sabem bem o que dele dizer, excepto
que o “orelhas” não está a tratar bem do problema (olha a novidade, ahahah):
quando o Passivo diminui, deveria desaparecer e quando diminui muito ... o
“orelhas” também deve ter comissão na “venda do passivo”.
Brincadeiras?
Talvez nem tanto: quem segue a gestão da andruptosad
nos últimos 5 trimestres, pode bem pensar que o objectivo é mesmo o de aumentar
o Passivo o mais e o mais rápido possível!
E se me perguntarem porque é que o D. Cor(no)leone e
seus capangas o estão a fazer, eu dou-vos uma resposta muito prosaica: eles têm
saudades dos anos em que os administradores da andruptosad partilhavam “prémios
de gestão” de alguns milhões de euro ...
Ainda não perceberam?
Querem encher a mula, carago!
Agora a sério ...
Todos sabemos dos investimentos concretizados pelo
Grupo Benfica neste milénio (a coisa já deve somar muito perto dos 600M€, entre
infraestruturas, equipamentos e Atletas), tal como sabemos quanto não tínhamos
de Capitais Próprios (eram inferiores às dívidas deixadas pelo JVA) para
financiar tudo isso, pelo que, como não há milagres nem almoços grátis, só com
má fé é que se pode estranhar que o Grupo tenha um Passivo oneroso (aquele que
Nos custa dinheiro) de cerca de 300M€.
Esse “mostrengo” podia ser um pouco menor?
Na minha humilde opinião podia (isto de acertar no
totoloto depois do sorteio é como limpar rabinhos a crianças de colo), se
tivessem sido evitados alguns erros de percurso, se não tivessemos sido tão
“mamados pelo mamão chupista”, ou se tivessem sido mais discretos os roubos da
BOIADA, mas ... não Nos adianta muito chorar sobre o leite derramado.
O Nosso Passivo remunerado é o que é e basta-Nos
perceber que ele nunca deixou de estar perfeitamente controlado, mesmo
atravessando a pior crise económica e financeira em muitas décadas.
O que Nos deve importar, isso sim, é a consciência
de quanto o “mostrengo” Nos custa anualmente (chegou a ser mais de 20M€) e os
graus de liberdade que esse custo retirou à Nossa Gestão. Do ponto de vista
empresarial (e todos reconhecemos que essa perspectiva é cada vez mais
determinante para o desejado sucesso desportivo), só há dois tipos de negócio
que se financiam com Capitais Próprios: aqueles que não encontram financiamento
externo (por não poderem dar garantias, por envolverem riscos incomportáveis,
por não apresentarem suficiente rentabilidade, ou por todas estas razões em
simultâneo) e aqueles cuja rentabilidade é tão alta que os seus Accionistas não
a querem dividir com mais ninguém (entram neste grupo algumas actividades
especulativas e quase todas as de raíz criminosa).
Por tudo isto, excepcional é a situação de alguns
clubes (creio que o Bayern de Munique é o paradigma de todos esses, chegando ao
ponto de ser ele a emprestar dezenas de mihão para salvar um seu competidor – o
B. Dortmund, de uma crise de insolvência) cujos Capitais Próprios mais parecem
inesgotáveis, o que não invalida que, no extremo quase oposto, ainda seja uma
dor de alma ter de pagar quase 20M€ em Custos Financeiros todos os anos.
Resumindo e falando muito a sério, creio poder
afirmar que há mais uma unanimidade (85% chega) entre todos Nós, Benfiquistas: temos
de reduzir esta parte onerosa do Nosso Passivo!
Agora que o Nosso Parque Desportivo não revela
carências (pessoalmente, como sabem, eu acho que ele deveria continuar a ser
aumentado, nomeadamente para reforço de outras modalidades, como, por exemplo,
os chamados XGames), que a Nossa BTV ultrapassou a fase da puberdade e que a
“Fábrica” afirmou níveis assinaláveis de produtividade, quer qualitativa, quer
quantitativamente, têm de estar criadas as condições que permitam essa
progressiva redução, pelo menos até que essa parte do Passivo se resuma à
dimensão de um “normal recurso financeiro operacional” (um conceito conhecido
dos Gestores, mas bem complicado de valorar no caso do Nosso “core business”).
Ou seja e reportando-Nos à questão do título deste
texto, aquela parte do “quando?” ... é para começar o processo já (na realidade
ele até já se iniciou); a parte do “como?” tem uma resposta que não exige
diplomas de Economia ... é começando a pagá-lo, obviamente! É reforçando os
pagamentos de capital e diminuindo o chamado “roll over” dos mútuos.
Resta-Nos a parte do “quanto?”, que eu preferia
trocar com algo do género de “com que velocidade?”
Mas, ó Zé, não foste tu que andaste uns anos a
explicar que esse tal de Passivo não era o Nosso problema principal (esses eram
o POLVO e o “mamão chupista”)? Se conseguimos pagar todos esses juros naqueles
anos tão difíceis, porque é que não devemos continuar a apenas controlá-lo, em
vez de o reduzir?
Perguntas perfeitamente legítimas e, até, mais do
que legítimas, especialmente se subentenderem que o Nosso Clube nem quando O
olhamos numa perspectiva empresarial deixa de ter como seu objectivo primordial
os ... resultados desportivos (e não a maximização de lucros, pela via da
compressão de Custos)!
Quais são os benefícios dessa redução?
Imaginando que conseguimos reduzir a tal “factura
bancária” por metade (para cerca de 10M€ anuais), fica fácil perceber em que é
que o Benfica pode passar a aplicar (leia-se gastar) esses 10M€ que deixaremos
de ter de entregar a quem devemos, quer melhorando os serviços prestados aos
Sócios e Adeptos, quer, principalmente, aumentando a competitividade das Nossas
Equipas (por exemplo, podendo pagar melhores salários). Estes benefícios são
demasiado óbvios para gastarmos tempo a sobre eles discorrer.
Mas não serão só estes os benefícios decorrentes
dessa nova situação, digamos, “objectivo”.
Como veremos no próximo texto (não quero abusar da
vossa pachorra) e quando falarmos sobretudo do “como?”, quando cumprirmos esse
objectivo a chamada autonomia financeira do Grupo Benfica estará muitíssimo
reforçada e, com ela, a Nossa credibilidade, solidez e poder negocial também.
Ou seja, aos benefícios quantitativos poderemos
adicionar importantes benefícios qualitativos, aquilo a que eu gosto de chamar
os “graus de liberdade”.
Por agora, deixo-vos com o meu ...
Viva o Benfica!
Este ano será decisivo do ponto de vista da consolidacao da estrategia de gestao adoptada pelo Benfica. Por um lado os sinais dados sao de maior rigor ornamental para que se possa reduzir os custos financeiros, por outro lado entramos no ultimo ano do mandato de LFV com uma promessa a cumprir...Tri!
ResponderEliminarTendo em conta os investimentos dos nossos rivais será imprescindivel arrancar com uma Vitoria na supertaça e primeiras jornadas para que não se cometam locuras nos ultimos dias de transferencias.
Fred
Tudo Por Ti Benfica!
Caro José, este é mais um brilhante texto, com o qual concordo quase na íntegra. A pequena divergência relaciona-se com os benefícios dessa benvida redução dos encargos com a dívida. Claro que o investimento em novas modalidades (Xgames e mais modalidades femininas) seria muito positivo a médio prazo, alargando o número de atletas, sócios, adeptos e espetadores televisivos.
ResponderEliminarMas creio que a grande prioridade seria reforcar e dinamizar as parcerias comerciais internacionais, criando pacotes de vantagens, por areas geograficas, para sócios e subscritores BTV.
Creio que os graus de liberdade virão, realmente, não com a poupança dos encargos com a divida, mas com o crescimento que é possivel e, tem de continuar a ser perseguido, das receitas correntes.
Que haja investimento na expansão da marca Benfica, explorando melhor a exposição mediatica do clube, a imagem dos atletas e da fundação, reforçando a atividsde dad Casa e estabelecendo mais contatos com potenciais parceiros.
Creio que este trabalho daria, sim, a tal margem de segurança e solidez que o projeto desportivo ainda carece.
E Pluribus Unum!
Enorme Superaguia1904, Companheiro,
EliminarEntre nós os dois e pelo menos neste aspeto, não há nenhuma divergência, bem pelo contrário: em todos os meus textos tu já leste afirmações do género ... "ainda não conhecemos os limites do Nosso Clube e devemos lutar para os descobrir".
Eu sou absolutamente contra qualquer forma de "downsizing" e custa-me a compreender que um Grupo que gera cerca de 50M€ de "cash-flow" quase cesse os investimentos.
Na última AG da Nossa SAD ficou claro que o CA não pretende fazer nenhum "downsizing" (para o qual eu considero e aqui escrevi, que o Presidente não teria legitimidade) e foi prometido que não ficaria por fazer nenhum investimento (fosse qual fosse) que se considerasse necessário.
Eu confio em quem Nos tem liderado nestes anos recentes (apesar de alguns erros e porque esses foram menores dos que, certamente, eu teria cometido) e confio que vale a pena correr alguns riscos com os jovens mais promissores saídos da "Fábrica", quando todos os Nossos Técnicos o reafirmam sistematicamente.
Como sempre e em tudo na vida, vamos lutar pelos resultados e, no final, fazemos a avaliação. Concordas?
Mas, entretanto, temos de recuperar os Capitais Próprios da Nossa SAD, o que, a prazo, equivale a dizer que temos de reduzir o seu Passivo oneroso.
Viva o Benfica!
José
ResponderEliminarAs receitas foram de 200 milhões, o lucro de 14 milhões, então onde estão os 186 milhões. É uma pergunta que vejo por aí e sinceramente, destas contas não entendo nadinha.
Abr.
Simples: Às receitas é necessário subtrair as despesas para obter o lucro.... portanto os 186 milhões correspondem às despesas (operacionais e de investimento).
EliminarCompanheiros,
EliminarAntes de mais, esses numeros nao estao certos e se me permitem um conselho, nunca mais falem em "receitas" e "despesas": tratem de pensar em Proveitos e Custos!
E' que o tal "Lucro" (Resultado do Exercicio) e' a diferenca entre Proveitos e Custos.
Voltem para ler a continuacao deste texto, ok?
Viva o Benfica!
(Jose' Albuquerque)
Caro José obrigado por mais um grande e óptimo texto que ajuda a esclarecer todos aqueles que têm BOA FÉ, mas que nada percebem destes assuntos económico-financeiros da gestão de um grande instituição com a dimensão do Benfica. Quanto a todos os outros, aqueles que só estão imbuídos de MÁ-FÉ nada mais podem fazer do que colocar a viola no saco, até melhor oportunidade... que espero bem que nunca mais a venham a ter :)
ResponderEliminarConcordo com o texto. No entanto queria deixar aqui um outro ponto de vista.
ResponderEliminarTodos esses investimentos têm sido pagos ou abatidos pelas vendas de jogadores, assim como os juros e julgo que esse seria o melhor caminho para continuar a baixar a divida. Não digo que seja a todo o custo, mas não é a comprar jogadores de 1\2M que os vamos vender por 20\30. Isso salvo raríssimas excepções não vai funcionar. Para não falar que 10 jogadores de 1M de euros já ficam em 10M e aumentam em muito os custos a nível salarial, geram muito mais trabalho para tratar de tudo o que os envolve, seja colocações do mesmos (que é o que acontece em 80% dos casos...). Tempo e dinheiro esse que podia ser melhor aproveitado para comprar melhores jogadores e negocia-los melhor. Portanto o que eu defendo é mais jogadores de "10"M que se possam dar mais rendimento desportivo (o que ajuda bastante a ganhar mais dinheiro por diversos motivos) e possam futuramente dar mais rendimento em vendas altas. Podia dar exemplos, mas são tantos que acho que nem vale a pena.
Outro tópico que gostaria de falar é uma equipa de ciclismo. Mas uma equipa à seria. Para participar em grandes voltas e andar por esse mundo fora a dar a conhecer a marca Benfica, assim como a BTV. O Benfica é grande, mas tem que pensar em ser sempre maior, e o ciclismo é das melhores publicidades que se pode fazer.
Caro JAlbuquerque
ResponderEliminarDesde já confesso que os conhecimentos que tenho nesta área são diminutos; no entanto, não sei se a minha questão será fruto de ignorância- os empréstimos obrigacionistas que temos vindo a emitir, com sucessivos "truques" (é o que me parece que faz o Benfica e a concorrência, talvez se chame engenharia financeira, que é um nome bonito mas que consubstancia uma realidade, que é o aumento da divida e respectivos encargos, acho eu-será?) que engordam a nossa divida, e com promessa, e pagamento de juros muito acima dos praticados pela banca (quem me dera ter 1M para investir), não serão a longo prazo uma bomba que irá estoirar e fazer disparar o nosso passivo?
Se calhar é uma pergunta sem sentido, mas parece-me que este tipo de emissão de obrigações vem na sequência de um tipo de verbas que se conseguem, começando na pré história com os bingos e bombas de gasolina, mas que não são fruto da actividade que o Clube/SAD efectivamente exerce, e que depois de "estoirados", deixam uma ferida para o futuro.
Confuso? Até eu estou, ehehehehe...
VIVA o Benfica!
Pelo que afirma DSO, julgo que o ultimo empréstimo obrigacionista nao é para engordar a divida mas sim reduzir os encargos com a mesma. DSO diz que os 45 milhoes do EO sao para pagar divida ao Novo Banco, ora em sendo assim e nos sabendo que a taxa oferecida é 4.75%, o valor da divida permanecerá sensivelmente igual (aceitar que 1 ou 2 milhoes sejam juros e taxas de pagamento antecipado) e os juros sobre a mesma inferiores ao que eram. (repito que julgo, porque nao sei qual a taxa de juro que paga o Glorioso pelos seus emprestimos bancários)
EliminarJá agora, off topic- grande orgulho na nossa enorme massa adepta, que inundou o Seixal, tendo de se encerrar as portas por questões de segurança.
ResponderEliminarMaximiliano Pereira- não estou triste, mas desiludido com o Homem; porque não ter admitido o que já era sabido á mais de um mês, que escolheu outro destino, que não o de ser eternamente amado pela Nação Benfiquista?
Ficava-lhe bem, não traíria os valores do Benfica, se tivesse optado por, com clareza, ,dizer para onde ia, agradecer ao Benfica, e seguir a sua vida, assumindo, com o carácter que sempre lhe reconheci em campo, a sua decisão.
Assim não, camuflando a sua decisão com tibiezas e meias verdades-assim não, assim é uma traição á boa fé do clube que o acolheu como se fora um dos nossos, e á confiança de que julguei ser merecedor.
Não me vai passar a ser indiferente, sempre foram 8 anos, nunca o assobiarei, mas já não terei para com ele a admiração que tinha- mais do que um jogador á Benfica, um Homem á Benfica!
Como tão bem dizem os ingleses, Shame on you-Maxi!
Viva o Benfica!