sábado, 18 de junho de 2016

A Nossa TV e a internacionalização da Marca.

Por José Albuquerque

Sempre fui e sempre serei um indefectível da Nossa TV e é cagativo como ela se chama (para mim, todos os “naming rights” que forem vendáveis ... devem sê-lo, que é para o lado que eu durmo melhor): ainda ela estava longe daquela fabulosa emissão experimental (lembram-se do Benfica vs. Nápoles?) e já eu a aplaudia há anos e lhe chamava “a Nossa Casa Universal”.

Longe de mim desprezar o papel verdadeiramente determinante que, no processo de derrota do POLVO, a BTV assumiu a partir do instante em que passou a ser o meio de transmissão dos desafios na Catedral, circunstância que eu nunca tivera, antes, a ousadia de sonhar (nunca imaginei que o oliveiredo fosse tão incompetente, ahahah) e que, depois de suceder, imediatamente considerei ser a Nossa “batalha” mais fundamental (e a Nossa maior Vitória). Mas esse papel da Nossa TV foi tão determinante como conjuntural e, a longo prazo, a importância estruturante da BTV no Clube não passa por nenhum conteúdo específico, seja ele formado pelos encontros na Catedral, seja a BPL ou qualquer outro. Como canal de televisão, o sucesso da BTV depende dos conteúdos que produz e/ou transmite, mas olhados no seu conjunto e não num qualquer “programa” pontual.
Estruturalmente, eu vejo a Nossa televisão como imprescindível na exata medida do “nome” que lhe dei antes mesmo dela nascer: a Nossa Casa Universal!

É isso mesmo que a BTV tem de ser, chegando a todos os Benfiquistas, estejam eles onde estiverem. E chegando até eles, especialmente aos que estiverem mais distantes de Lisboa, como vetor principal da Comunicação do Clube e três principais temas: as notícias sobre o Clube (a Verdade e os Valores Benfiquistas), o debate sobre o Clube (a contra-informação que desmascara os Nossos inimigos) e os conteúdos que promovem e divulgam a prática desportiva (no maior número possível de modalidades e discriminando positivamente o desporto feminino) e a Nossa Gloriosa História.

A BTV, o Nosso “website” e os outros média do Clube.

Lembro-me bem de quando, aqui no GUACHOS, debatemos sobre a possibilidade de fazermos crescer a periodicidade de “O Benfica” (agora já em versão digital), ou das diversas oportunidades em que nos referimos à Nossa “Benfica FM” (um outro projecto que o Presidente não abandonou) e eu confesso-vos que os apoio e apoiarei apenas e só na medida em que eles possam ser sucedâneos da BTV e produzidos com as economias de “escala sinergética” num pequeno “grupo de média” que tem a BTV como veículo prioritário.
Ainda não vai ser este ano que o papel deixará de ser produzido à escala mundial, mas falta cada vez menos tempo para que isso aconteça (uma proibição absoluta, imprescindível para a sustentabilidade do planeta) e os anos voam com cada vez maior velocidade.
A maioria dos nossos bisnetos (membros de uma minoria privilegiada da espécie humana) vão ser implantados, logo à nascença (ou mesmo antes do parto, ahahah) com um conjunto de “hardware e software” que lhes garante acesso imediato a todas as aplicações do google (mapas, tradutor, etc.), a comunicações digitais e, obviamente, TDR (televisão digital birelacional), razão pela qual não os estou a ver a ler folhas impressas.
Numa só frase, podemos dar-lhe as voltas que quisermos mas o futuro da Comunicação do Clube vai passar pela BTV, também transmitida através do slb.pt

A internacionalização da Marca BENFICA.

A palavra “BENFICA” é conhecida em todo o planeta e eu tenho podido testemunhar este facto até em locais inimagináveis. Em sentido lato, “BENFICA”, tal como “EUSÉBIO”, “AMÁLIA” ou, recentemente, “RONALDO”, são quase sinónimos de “PORTUGAL”, mesmo para pessoas que não sabem apontar onde fica este país num mapa do mundo. E é isso que faz da Nossa Marca um “produto internacionizável” e, a longo prazo, uma marca com potencial global, sempre que o Clube seja reconhecido como o “principal” de Portugal.

Mas, como é que isso se faz?
Quando falamos de “internacionalização” da Nossa Marca, estamos a falar de quê, exactamente?

Bem, Companheiros, começo por vos pedir que não leiam este texto como se de uma aula, ou um manual, se tratasse: o objectivo que aqui prossigo é o de vos pôr a pensar sobre esta questão, por forma a que vos seja mais fácil, no próximo futuro, reconhecer os sinais dessa estratégia da Nossa SAD.
Concomitantemente, também pretendo advogar em favor da BTV, até porque a considero fundamental neste processo a que a SAD se propõe.

Não tendo, o Clube, um “produto” específico (uma bebida, um tipo de relógio, ou de sapato, etc.), nem um orçamento publicitário significativo, é indispensável começar por definir/diferenciar a Marca e por “oposição” às suas eventuais concorrentes (Man. United, Barcelona, RM, PSG, Bayern, etc.), ou seja, temos de tomar por objetivo a construção de uma “imagem de marca” (neste caso, uma espécie de “posicionamento de mercado”) que seja verdadeira, distinta e mobilizadora.
Um Clube centenário, popular nas suas raízes eclécticas (o ecletismo, muito mais amplo que o do Barcelona, permite ao Glorioso uma imagem ímpar) e de tão vincados Valores como a Tolerância, a Solidariedade e o Universalismo (a Democracia e o multiculturalismo intrínsecos), nascido num pequeno país europeu mas que se “entornou” pelos 4 cantos do mundo, nas velas enfunadas de Humildade e tecidas em Vitórias épicas ... é um texto demasiado longo, mas sintetiza o esboço de um posicionamento completamente diferenciado e absolutamente penetrante.

Obviamente, uma estratégia de internacionalização não se propõe fora do muito longo prazo (projecto estruturante), nem dela se esperam resultados imediatos, o que não a inibe de incluir objectivos (“bandeiras” como, por exemplo “para sermos, de novo, o Maior Clube do Mundo”) e metas concretas (“300 mil Sócios correspondentes”, “5 novas Casas”, “10 protocolos de apoio técnico no Futebol e 5 no Hóquei em patins”, etc.), integráveis na matriz dos objectivos e metas dos Nossos Parceiros que se juntem ao Glorioso no processo.
Quem já tem como Patrocinadores a formidável pangeia do SLBenfica, está a um pequeno passo de, com (alguns d)eles,
poder estabelecer uma grelha de projectos visando regiões alvo comuns e executá-los de uma forma suficientemente inovadora para atingir resultados relevantes.

Tomem lá nota dos “trunfos” que o Benfica adiciona a cada uma dessas propostas (de valor):
- várias Equipas de futebol (profissional e jovem) das melhores do planeta;
- várias Equipas, em outras modalidades (Hóquei e Futsal), de topo mundial;
- várias Equipas, num segundo grupo de modalidades, capazes de atrair a atenção desses praticantes em vários países (Andebol, Vólei, Basket, etc.);
- algumas Equipas que muito poderiam beneficiar se participarem em certames desportivos em países em que as suas modalidades estejam em níveis superiores (Ténis de Mesa, Natação, etc.);
- um imenso manancial de Know-How, não só no futebol, nem no treino, nem na formação, nem no scouting, nem na Fundação por um vasto conjunto de verdadeiros especialistas (pensem, por exemplo, no LAB), capazes de atrair toda a atenção dessas comunidades e, ainda por cima, de beneficiar com esse intercâmbio; e (para encurtar a lista)
- uma Televisão que é considerada um exemplo no planeta desportivo, também ela sequiosa de “comerciar” (importar e exportar) conteúdos desportivos interessantes.

Entre cada maio e agosto, dependendo dos calendários das diversas modalidades e escalões etários e mesmo integrando os necessários períodos de férias dos membros das diversas “tripulações”, Atletas incluídos, não vão faltar janelas de 10 a 15 dias em que se poderão concretizar acções que incluam digressões de Equipas, mesmo em anos de grandes competições continentais ou mundiais.

Parece-vos difícil?
Eu diria que seria um projecto quase impossível, se não contássemos com a Coca Cola, a Adidas, a Emirates, a Central de Cervejas, a CGD, a NOS, a Huawei e dezenas de outros Parceiros que, embora de menor dimensão, se podem querer juntar a algumas dessas acções (mercados) concretas.

E isso pode “dar dinheiro”?
Ainda perguntam?
Nós somos “O Clube” de um pequeno país (e mercado) nos arredores da Europa e os Nossos Parceiros pagam-Nos a esse nível ... agora imaginem quanto Nos pagariam se o Benfica lhes assegurar valor acrescentado em “pequenos mercados” como Tóquio, Xangai, Bombaim, S. Paulo, Hongkong, New Jersey, Cidade do México, já para não falar no resto do nosso continente, ou de África, onde nem sequer há dificuldades de “jet lag”, ahahah.

Mas, ó Zé, tu não achas que é impossível desenvolver uma estratégia baseada em ações marcadamente sazonais e de curta duração?
Claro que sim. Isso seria praticamente impossível, mas ... é aí que entra a Nossa Televisão!
E não, não é só na medida em que ela possa chegar aos cidadãos lusófonos instalados nesses mercados: será através da permuta de conteúdos (incluindo os desafios na Catedral) com televisões desses mercados.
Nunca se esqueçam de que há um ciclo frutuoso a criar entre o interesse desportivo dos conteúdos televisivos e o respectivo valor económico e a Nossa TV tem muitos conteúdos de elevado interesse desportivo.

A penetração da BTV nos principais mercados alvo e, sobretudo, a dos Nossos melhores conteúdos televisivos serão a “red carpet” sobre a qual se há de desenvolver a internacionalização da Nossa Marca e, consequentemente, a única “fórmula” que Nos vai permitir, a longo prazo, competir directamente com os “clubes milionários”.

Finalmente, vamos à questão sacramental: essas digressões não podem implicar danos desportivos?
Se fossem à Amazónia ou ao sul da Mauritânia, poderiam, ahahah.
Será que eu sou o único a ter feito viagens de 10 horas de avião e sair do aeroporto direitinho para uma reunião de trabalho (por vezes de várias horas e toda a exigência)?
Era só o que faltava, que os Nossos Atletas, Técnicos e demais Profissionais fossem do tipo “flor de estufa”, logo eles que beneficiam do melhor Know-How específico.
Aparentemente, pode ser que a digressão americana de há um ano não tenha sido preparada com o rigor que caracteriza o Glorioso, mas eu estou certo de que quem de direito já aprendeu essa lição.  

Viva o Benfica! 

16 comentários:

  1. Parabéns, é muito raro aparecer uma reflexão deste género no universo benfiquista.

    Passando para o texto em si, não creio que seja verdade que o ecletismo seja "muito mais amplo" que o do Barcelona. No máximo existe um equilíbrio. Ao contrário do Barcelona o Benfica não tem: voleibol e futebol feminino, hóquei em campo em ambos os géneros e basquetebol adaptado (além de desportos praticados na sua pista de gelo).

    E o Barcelona não têm hóquei e futsal feminino, ténis de mesa, bilhar, ginástica, pólo aquático. Não estou a ser exaustivo, mas dá para perceber que é muito equilibrado, até porque no hóquei e pólo aquático feminino, por exemplo, o Benfica só tem seniores, ao contrário do Barcelona que só tem secções muito bem estruturadas desde a base, o que depois leva à questão de como deve ser gerido o ecletismo do Benfica.

    A ideia em si, criar sinergias dentro do Benfica e exportá-las para novos mercados, é interessante, mas parece-me algo dispersa, até porque os direitos de distribuição da BTV estão nas mãos da NOS, e os patrocinadores do ecletismo são extremamente limitados na sua capacidade para apoiar o clube, e os que têm capacidade, como a Emirates, só têm interesse no futebol.

    Prefiro antes ser mais pragmático :

    - 300 mil Sócios correspondentes. Isto é um objectivo que passa pelos PALOP que, incrivelmente, não são alvo de uma estratégia própria. Angola e Moçambique têm 50 milhões de habitantes! São países muito pobres, mas por isso é que é preciso definir uma nova categoria de sócio adaptada à sua realidade, porque é aí que estão os benfiquistas. Bastava que destes 50 milhões 0.6% (!!!) se tornassem sócios, pagando, por exemplo, 3€/mês, para o Benfica ficar com quase 500 mil sócios e aumentar as receitas para 24M€ em quotas! É incompreensível como se ignoram os mercados estrangeiros onde de facto existem muitos e bons benfiquistas. Nem sequer se envia uma equipa ou atleta (seja qual for) por época a esses países, quando há tantas disponíveis.

    E também não se percebe, como, após esta vaga enorme de emigrantes, não há uma quota especial para quem vive no estrangeiro. Hoje alguém que viva em Coimbra paga tanto quanto alguém que viva em Inglaterra, China, Austrália, EUA e por aí fora. Isto não faz sentido.

    - Parcerias. O Benfica neste momento tem duas parcerias a sério em andamento baseadas nos seus dois principais desportos: escolas de futebol na China (que é um projecto fundamental) e equipa profissional de futsal nos EUA (que também é estratégico), esta ainda não foi oficializada.

    Mas também gostava, por exemplo, que o Benfica fizesse uma parceria a sério (que vantagens se retirou da parceria com o Orlando City, por exemplo? Que saiba nenhuma.) com um clube de basquetebol (americano de preferência, mas também pode ser europeu), que precisa desesperadamente de uma injecção de conhecimento. Como é que o Benfica não recebe, ou envia, treinadores de basquetebol para partilhar conhecimento? Certamente que existem treinadores dispostos a ensinar/aprender, não me parece algo muito complicado de concretizar. Isto devia ser uma prioridade absoluta, pois as outras equipas profissionais já estão em patamares bem mais elevados.

    Finalmente menciono algo que não está no texto: como é possível que o Benfica, tendo um orçamento (ou melhor, despesas) a rondar os 150M€, onde se incluí um dep. de scouting de top mundial, não tenha uns milhares de euros para fixar um scout na Ásia, ou seja, no Japão e Coreia do Sul? Nem sequer é uma questão de expansão, mas de futebol, pois existem por lá excelentes jogadores que podem ser os próximos Lindelof's, o que iria abrir todo um novo mercado, extremamente rico, que neste momento é totalmente ignorado. Isto depois leva à questão das redes sociais, onde o Benfica só está presente numa língua: português (com excepção do site que também só tem mais duas). No futebol devia ser uma prioridade absoluta.

    Isto dava para uma conversa bem mais extensa, mas considero que a estratégia do clube devia obrigatoriamente passar pelos pontos que referi.

    Cumprimentos.

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    1. Companheiro Sérgio,

      É um dado objetivo que o Barcelona também é um club(e) eclético, mas olha que os meus dados demonstram que Nós temos mais do dobro dos praticantes (entre 11 e 12 mil, contra 5 mil) e muitos mais com estatuto de federados (creio que 8 mil).

      Discordo de ti quando dizes que "os direitos de distribuição da BTV estão nas mãos da NOS", quando a realidade é que eles são objeto de uma parceria entre o Benfica e a NOS, o que deveria ser algo muito diferente. É que nos restritos termos em que colocaste a questão, mais valia "fechar" a BTV.

      Quanto ao resto das tuas ideias/opiniões/sugestões, é claro que estou de acordo com todas em geral e nenhuma isoladamente: se há coisa que eu pretendi demonstrar com este texto é que a internacionalização da Nossa Marca não se deve fazer através de acões pontuais, outrossim por meio de intervenções integradas (várias Equipas, várias modalidades, vários Know-How), concertadas com Patrocinadores e sustentadas (no tempo) pela produção e troca de conteúdos televisivos, por forma a gerar, em cada um dos mercados visados, processos "auto sustentados" de penetração da Marca.

      Viva o Benfica!
      (José Albuquerque)

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    2. Companheiro Sérgio,

      Perdoa o esquecimento e toma nota que te agradeço muito o teu incentivo e excelente comentário.

      Viva o Benfica!
      (José Albuquerque)

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    3. Caro Sérgio, gostei do seu comentário, principalmente da parte das quotizações respeitantes a cidadãos Portugueses ou estrangeiros residentes em outros países. É óbvio que o preço deveria ser mais barato. Quantos mais sócios o clube tiver mais impacto de marketing terá. A parte em que destaca África também me parece lógica. Temos que ir lá mais vezes disputar torneios e levar as equipas do Benfica aos muitos adeptos lá existentes. Sobre a parceria entre a NOS e a BTV tenho muitas dúvidas sobre a sua existência. Parece-me que a NOS só pensa em ganhar quota de mercado e em aniquilar os restantes operadores e não em potenciar o valor de mercado do Benfica. Sinceramente não vejo a relação entre a BTV e a NOS como uma parceria. Interessante o ponto de vista sobre a formação das diversas modalidades. Curiosamente, neste momento o andebol é um exemplo, uma vez que as camadas jovens fazem mesmo parte do projeto da equipa sénior, ao invés do basquete, futsal e volei. Tenho pena que não se aposte mais na vertente de competição da natação e também no ténis de mesa. Para finalizar gostava que avançássemos com o projeto de futebol feminino desde a base.

      MCL

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    4. Mais um excelente texto do José Albuquerque.
      Quanto ao companheiro Sérgio, boas ideias.
      Mas, em relação a esta parte:
      "É incompreensível como se ignoram os mercados estrangeiros onde de facto existem muitos e bons benfiquistas. Nem sequer se envia uma equipa ou atleta (seja qual for) por época a esses países, quando há tantas disponíveis."
      Devo dizer que já há muito tempo que digo a mesma coisa, só que não é relacionado com os mercados (embora também seja um mercado).
      A minha desilusão é com a atenção dada às escolas de futebol do SLB, falo por experiência própria.
      Em 5 anos que o miúdo está numa escola, não houve uma única vez que tenha ido um jogador visitar a escola. Já várias vezes disse isto ao director da escola, poderiam mandar um jogador dos menos utilizados ou em recuperação de lesão fazer visitas à escolas.
      Por isso se até na zona de Lisboa estes "mercados" são ignorados, não é de admirar que mercados muito mais longe também o sejam.

      Cumprimentos

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    5. Companheiros,

      Obrigado pelos incentivos e contributos: é bom que os Benfiquistas vão começando a pensar a sério sobre esta grande questão da internacionalização da Marca.

      Quanto aos mercados lusófonos da África meridional, que eu conheço muito bem (a primeira vez que lá fui foi ... de cegonha, ahahah), talvez Angola tivesse condições logísticas para suportar aquilo que eu considero que deveria ser uma digressão de várias Equipas integrada numa verdadeira campanha de internacionalização da Marca, razão pela qual o mais indicado talvez fosse visar as provincias sul africanas de Gauteng (JHB) e/ou Mpumalanga e, a partir daí, atrair Adeptos de Angola e Moçambique, como reforço à imensa comunidade lusófona que vive na RAS.

      Mas permitam-me uma sugestão muito simples que vos vai fazer perceber que, mesmo que eu tenha exemplificado com a "bandeira" dos novos Sócios, não considero esse uma meta em termos de receitas (pela via da quotização): fosse qual fosse o valor dessas quotas, imaginem o peso e os custos bancários inerentes à sua regular cobrança.

      Viva o Benfica!
      (José Albuquerque)

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  2. Ganda malha, Albuquerque!!!

    O que gostava também de ver seria conteudos produzidos pela BTV com o intuito de serem transmitidos até mais por outros canais do que a própria BTV.

    Julgo que existem recursos que o podem tornar possível, até mais porque o canal já se encontra em velocidade de cruzeiro, e já não a tentar enfrentar os desafios iniciais próprios dum canal novo. Talvez até fosse bom a nível motivação dos recursos humanos existir projectos ambiciosos e pouco rotineiros.

    Estou a referir-me sobretudo a grandes reportagens ou documentários, mas de elevadíssima qualidade.
    Até com a colaboração de outros profissonais mais especializados ou experientes neste tipo de conteudo.
    E que não teriam de ser exclusivamente sobre o Benfica.
    Temas como o a tecnologia no desporto, a medicina desportiva, a preparação física especifica dos futebolistas, a formação no futebol, o futebol em Portugal, os treinadores portugueses, a história do desporto em Portugal, etc.
    Temas interessantes não faltam, apesar de terem de ser "trabnalhados" por forma a atingir ao mesmo tempo a qualidade necessária, mas sem descurar os objectivos do clube.
    Não só em qualquer deste temas poderia e deveria ser referido o Benfica pela sua importância em qualquer um deles, como simplesmente o facto de serem produzidos pela BTV já seria nota de destaque e uma forma de valorização da marca Benfica.

    Até uma reportagem sobre as águias como símbolo no desporto (e não só) poderia ser produzido, para ser visionado em canais sobre vida selvagem. Não encontro razões suficientes para que não se possa "pensar um cadinho fora da caixa". Desde que o material tenha qualidade, este tipo de inovação e originalidade, mesmo com alguma dose de excentricidade, poderiam ser benéficas.

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    1. Companheiro "Pica-miolos",

      Obrigado pelo excelente comentário, com o qual concordo inteiramente.
      Em MKT há uma "lei fundamental" que implica a adaptação aos desejos/necessidades dos mercados alvo e ... aos alvos intermédios, como é o caso das TV's que já estão implantadas nesses mercados.

      Ora eu acredito que a BTV já tem conteúdos produzidos (Vitórias e Património, por exemplo) que podem ser úteis (legendados, se necessário for) para espoletar essas parcerias (e trocas) com as TV's (uma de cada vez) desses mercados.

      Viva o Benfica!
      (José Albuquerque)

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  3. Fora do tema - Uma selecção de anões, todos em bicos de pés para parecer que são mais altos...

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    1. Alto... é o Kalaica.

      E tem uns pézinhos que mais parecem de jogador baixo.

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    2. Se não der para o futebol vai para o basquet ou para o andebol.

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    3. Companheiro FranciscoB,

      Queres dizer que também notaste que o CR7 (mais conhecido pelo melhor tendão rotulineano do planeta) se colocou em bicos de pés para a foto do 11 titular, antes do início do encontro?

      Que vergonha!
      Ainda mais num tipo daquela altura.
      Mas é por coisas dessas que eu sublinho o profissionalismo da equipa que gere a sua imagem: não esquecem nenhum pormenor.

      Viva o Benfica!
      (José Albuquerque)

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  4. Caro Albuquerque, agradecido pela tua refexão.

    Tema complicado este. Em grande medida uma ideia bonita que toda a gente quer ver concrerizada, mas que quase ninguém sabe como.
    Eu não sei com toda a certeza, e se há tema em que não me resta mais nada do que confiar cegamente na nossa estrutura, é este.

    Só para tentar deixar uma pequena contribuição, não posso deixar de concordar em absoluto com o que aqui dizes, ou pelo menos com a minha percepção do que queres dizer.

    1-Obviamente que a BTV é o veículo fundamental de qualquer estratégia comunicacional, incluíndo uma direccionada para a internacionalização da marca. E quando falo em BTV, falo obviamente em todas as plataformas tecnológicas disponiveis.

    2- Temos mercados externos alvo, no que à expansão da BTV diz respeito, que podemos atacar imediatamente. Falo dos países de língua oficial portuguesa, mais a França, Suiça, Alemanha, Luxemburgo, Bélgica, Estados Unidos, e por aí fora. Estou convencido aliás, que a parceria estratégica com a NOS só faz sentido com este objectivo "imediato" em mente.

    3-Acções pontuais neste ou naquele mercado com objectivo de internacionalizar a marca, são gotas de água num oceano. Os efeitos são nulos, mesmo considerando o dispendio de grande quantidade de capitais próprios preciosos.

    4-A internacionalização da marca implica a escolha de mercados alvo bem específicos, e do investimento dos nossos parceiros estratégicos que permita uma acção abrangente e de grande visibilidade.
    Não me parece nada que estejamos nesta fase, mas como digo não percebo nada do assunto.

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    1. Companheiro Manuel Afonso,

      Obrigado pelo incentivo e pelo teu comentário com o qual estou de pleno acordo.

      O facto de me parecer que a BTV vai jogar um papel determinante nos processos de internacionalização do Glorioso, especialmente, insisto, ao nível da sustentação desses mercados alvo, não pode querer dizer que a expansão das audiências da BTV deva ser condicionada por essa estratégia, nem nada que se pareça!

      Por isso a designo por "Casa Universal do Clube", para pretender significar que a sua expansão deve ser a maior possível e nem sequer me preocupa que esse alargamento contribua para um aumento de proveitos: idealmente, as emissões da BTV devem chegar a todos os Benfiquistas, desde que isso não custe demasiado ao Grupo.

      Já na ótica da internacionalização, a simples presença da BTV em determinada região geográfica, determina, imediatamente e por si só, uma vantagem importante para toda e qualquer ação local.

      Viva o Benfica!
      (José Albuquerque)

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  5. Caro José Albuquerque, são sempre interessantes estas discussões sobre temas estratégicos. Há que aproveitar a silly season...

    A conquista dos mercados dos PALOPS é, naturalmente, mais fácil e, penso que deveria passar pelas transmissões dos nossos jogos nesses países, sempre que possível em directo, tendo em especial atenção os horários de forma a tornar isso possível. Também a utilização de atletas desses países e reportagens sobre eles poderiam ser mais valias neste sentido.

    Quanto à internacionalização para outros países, penso que o caminho passa por chegar de forma rotineira às meias finais da Champions. Ora, como é evidente, tratava-se de um objectivo muito difícil de conseguir com o tecto salarial actual.

    Mas estamos no caminho certo, não perdendo de vista os valores que muito bem refere, aos quais acrescento o da Honestidade. Passo a passo, com os pés bem assentes no chão, vamos prosseguir este caminho de vitórias, em todos os sentidos.

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    1. Meu Caro FranciscoB, Companheiro,

      Obrigado pelo incentivo e por este teu comentário.

      Mais do que aproveitar a silly season, escrever este texto permitiu-me esquecer a desgraça do que vai acontecendo em Marcoussis, o que está a ser complicado, ahahah.

      Mesmo sem conseguir esquecer, pelo menos distraio-me um pouco, o que já é benefício.

      Viva o Benfica!
      (José Albuquerque)

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