Ainda acham que os árbitros não constroem resultados?

«O defesa sente esse contacto e deixa-se cair no chão. Se fosse ao contrário, se a falta fosse do defesa sobre o avançado, marcavas penálti?", acrescentou Iturralde González, ao analisar o lance em questão, a pedido do jornal Record. "Claro que não, impossível, não poderia ser penálti. Assim também não pode ser falta. O futebol é um jogo de contacto, não há nada de nada", finalizou o espanhol, sobre o lance que privou o Benfica de dois pontos importantes na luta pelo campeonato» (...) «"Na minha opinião, foi um pisão leve durante a disputa de bola. Foi um pisão acidental enquanto tentava ganhar posição. Não acho que seja penalti, porque a bola não entrou naquela área e não foi um pisão imprudente", comentou ainda Iturralde González, sobre o alegado penalti cometido por Leandro Barreiro».

Uns broches, todos os comentadores engajados, incluindo os de arbitragem e os ex-árbitros umbilicalmente ligados ao apito dourado, os remanescentes do mesmo apito, os seus mais fieis discípulos e os seus herdeiros convictos. Um fulano de tal, ex-árbitro de segunda apanha, colaborador do repugnante rascord, do repugnante Bernardete e do ainda mais repugnante (se é possível) Bitor Puinto, teve a hombridade que faltou a toda essa gentalha comprometida com a falta de vergonha na puta da cara e de compromisso com a verdade desportiva. Uma semana seguida a malhar em ferro frio, que não, que a cotovelada no rosto de Otamendi, no Benfica-Famalicão, não foi merecedora de penalti nem de sanção disciplinar grave, é vê-los agora, raivosos, afirmando que o toque acidental de Barreiro no pé de Pau Víctor e o teatro rasca de Vítor Carvalho, caindo como um tordo ao sentir o bafo quente de Richard Ríos, foram motivo para marcar penalti contra e invalidar o golo da vitória do Benfica. Sobre a patada de Ricardo Horta na cara Leandro Barreiro, merecedora de cartão vermelho se, anos atrás, tivesse assinado pelo Benfica, o cartão amarelo (que nem sequer lhe foi exibido) foi mais uma excelente decisão dos árbitros. Repito, uns broches, todos os comentadores engajados, incluindo os de arbitragem e os ex-árbitros umbilicalmente ligados ao apito dourado, os remanescentes do mesmo apito, os seus mais fieis discípulos e os seus herdeiros convictos. 

Para algumas aves raras que me visitam, se Noronha Lopes - conhecido pela sua paixão pelo futebol, acutilância mediática, dom da palavra, militância (alguém o viu num estádio de futebol fora do período eleitoral?) benfiquista e mestre dos jogos de bastidores e do submundo da bola - tivesse ganho as eleições, nunca o Benfica teria sido cobardemente afastado do titulo em Braga. Com Noronha Lopes na batuta, Tiago Martins e João Gonçalves seriam homens honrados e até as bolas que batem na trave entravam com estrondo nas balizas adversárias. Borrachões como o pequeno Otávio e o arruaceiro Rodolfo Reis não me causam o menor dano. Ficaria ofendido, sim, se 'vestissem' a camisola do Benfica. O que diz o José Calado interessa-me um peido. Gente inteligente, benfiquista e com um mínimo honestidade intelectual, a defender que os árbitros não fabricam a esmagadora maioria dos resultados, mete dó. 

Um 'pequeno' exemplo. Em Munique, com o resultado em 1-1, os sapos sofreram o segundo golo após uma suposta falta cometida pelo Bayern a meio campo. O VAR demorou 30 segundos a validar o lance. Pouco depois o Bayern fazia o 3-1 final. Sem falar da filha da putice do pisão (por duas vezes) do grunho Matheus Reis na cabeça do Belotti, comparem com a final da Taça de Portugal - penalti não assinalado por carga pelas costas de Hjulmand sobre Dahl, falta assinalada a Carreras a meio campo depois de Bruma concretizar o 2-0 para o Benfica - e observem o resultado final. Ainda acham que os árbitros, quando querem, não constroem resultados, não fabricam campeões, não 'despedem' treinadores nem provocam tumultos nas AG dos clubes vitimas das suas decisões criminosas?