terça-feira, 29 de outubro de 2024

Por mim vencia Lamine Yamal. Ganhou Rodri. Está muito bem assim


Já tinha comprado um fato especial para a ocasião, sapatos, brincos e até projectara um novo penteado! Foi foda. Na semana em que Lewandowski, Raphinha, Lamine Yamal e companhia passaram a ferro o Real Madrid, a UEFA, por uma vez, não fez a vontade aos donos da bola. E lá tiveram de cancelar o hotel, o jato privado, os croquetes e os salgadinhos preparados para receber com pompa o novo galáctico. Hihihihihi! Furioso, Florentino Pérez amuou (que jeito dá uma polémica estéril para esquecer o amasso dos Yamal) e nem Real Madrid nem Vinicius (a sua ausência num evento publico, para mim, já de si é uma vitória) marcaram presença na consagração de Rodri. Não valorizo a falta de respeito de Vinicius (o Real Madrid só diminuiu a sua grandeza) porque tenho a certeza que não conhece o Real significado da palavra. E, de resto, não é o primeiro jogador do Real Madrid - o filho da melhor Dolores do mundo fez o mesmo preferindo ir garimpar para Marrocos nas raras vezes que Florentino não conseguiu impor a sua lei - a proceder com uma acção (in)digna de um pedante arruaceiro. Por mim o prémio está muito bem entregue a Rodri. Se eu votasse escolhia, de caras, Lamine Yamal.

Tudo isto se podia evitar se a UEFA tivesse o cuidado de nomear o melhor Gyokeres da liga da farsa. Quando existe um candidato indiscutível para todos reduz-se ao mínimo a contestação. No máximo, o clube da fruta estrebucharia um pouco para o Samu não se sentir injustiçado e o Benfica - tendo em vista a valorização do produto futebol - ter-se-ia sentido por demais gratificado. Assim, com os 100 jornalistas de 100 países diferentes unidos para fecundar o bom do Vinicius - como noutros tempos juntaram esforços para prejudicar o irmão das manas azeiteiras - torna-se impossível satisfazer a Real gula (4 jogadores nos primeiros 10) dos habituais donos do pedaço!  

Apesar das minhas preferências foi uma pena. Vinicius tem tudo, na minha opinião, que um bola de ouro preconiza. Carisma acima de qualquer suspeita, respeito pelos adversários, dentro e fora de campo, tem uma personalidade digna de estrebaria e desde que se tornou internacional pela sua selecção o Brasil, sob a sua batuta, joga e ganha como nenhuma outra! É também um líder nato. 

Rodri, que faz da ordem e da inteligência de jogo superior a sua maior arma, está nas antípodas do que convencionou chamar-se um grande jogador. Também marca golos geniais mas enferma de um mal que não cai bem à MDCSDQT. Não compra filhos em Marrocos, não se conhecem namoradas pagas a preço de ouro para disfarçar outras tendencias, não usa brincos de ouro e diamantes, não se interessa pelas redes sociais (haja alguém que lhe envie este meu recado), não cospe nos adversários, não deita a braçadeira de capitão ao chão, não apresenta cortes de cabelo estapafúrdios, não insulta os árbitros, não começa os jogos a pedir espalhafatosamente o apoio das bancadas, não precisa que o treinador entre em campo para o livrar das arruaças, não dá mostras de querer ser (embora seja) o centro das atenções e sai do campo como joga. Com classe, com educação e a tranquilidade de quem não precisa da MDCSDQT para ser um dos melhores do mundo no métier. Encanta-me tanto a sua personalidade como detesto os Vinicius deste mundo falho de valores.

1 comentário:

  1. "No máximo, o clube da fruta estrebucharia um pouco para o Samu não se sentir injustiçado e o Benfica - tendo em vista a valorização do produto futebol - ter-se-ia sentido por demais gratificado."

    Fenomenal!

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Se pertenceres aos adoradores do putedo e da corrupção não percas tempo...faz-te à vida malandro. Sapos e verdadeiros trauliteiros, o curral é na porta seguinte.