terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

Com as orelhas a arder!

Caraças! Que saudades eu tinha de alinhavar sarrabiscos respaldado num resultado merecedor da unanimidade dos pasquins da bola! Foi tudo bom segundo as parangonas da MDCSDQT. Desde a exibição aos golos, na crença e na raça; no orgulho! Até os três pontos, vejam lá, foram positivos para o Benfica. O que não faz a necessidade de obrigar os benfiquistas a meterem as mãos na carteira, num dia em que até os aclamados heróis de Amsterdam e as selfies do Presidente Marcelo foram ofuscadas pelas orelhas dos jogadores do Benfica!

A vitória foi tão isenta de espinhas que toda a MDCSDQT foi unanime! O puxão de orelhas do Presidente aos jogadores desencadeou resultados extraordinários. Eu próprio cheguei a temer que o João Pinheiro aproveitasse o momento de grande afirmação de Rui Costa (os pontos e a exibição de encantar só aconteceram por causa da sua intervenção inflamada) para apontar para a marca dos 11 metros, ressarcindo sócios e adeptos, o Benfica e o seu Presidente, do camião de grandes penalidades que os árbitros nos sonegaram até agora! Vá lá, salvou-se o árbitro de Braga que, sem as orelhas a arder como Gonçalo Ramos e companhia, se limitou a manter esse registo de (quase) inviolabilidade do Benfica. Marca que só não é ainda mais virgem por acção do corajoso Manuel do talho que assinalou para as hostes vermelhas esse penalti redentor que catapultou o Benfica para a épica vitória (vencia 5-0 na altura do solene momento) sobre o BSAD que, por força das canalhices do seu presidente trafulha, entrara em campo reduzida a 9 jogadores.

Do jogo de Tondela, na minha opinião de especialista da especialidade, pouco há a acrescentar ao que observei em jogos anteriores. Vi os mesmos erros (não provocados) de sempre, a que nem faltou o golo encaixado num pontapé de canto (uma vez que não marcamos pelo menos sofremo-los muito regularmente) com o Tondela reduzido a 10 e já no ultimo suspiro da partida. Algo que deixou a pensar que a concentração não se safa sem levar de Rui Costa o avisado puxão de orelhas da ordem. A bola, palpita-me que também com as orelhas a arder, lá resolveu tomar o rumo da baliza certa e o VAR que, desta vez (os 6/12 pontos de desvantagem do Benfica terão sido decisivos para ajudar à precisão da maquineta e dos frames), nem se ausentou para cag@r. Aí residiu a diferença. Ainda diferenciado, surgiu aos olhos do publico um rapaz de 27 anos, Marco Aurélio Carvalho Pimenta, integrado no banco de suplentes do Benfica que eu, enquanto especialista da especialidade, até ontem, não fazia a mais pequena ideia de quem fosse. Graças à fina sensibilidade das orelhas de João Pinheiro (eu só consigo imaginar os terríveis impropérios, de filho da puta para cima, vindos do banco benfiquista) que, valentemente, e de pronto, lhe mostrou o correspondente cartão amarelo, logo aos 9 minutos de jogo. 

No resto, Darwin confirma-se cada vez mais como um flop (recordar que os verdadeiros verdadeiros e os talibans da internet não há muito tempo até o levavam ao aeroporto de borla) do Benfica e o miúdo Gonçalo Ramos aproveitou a maré para desamarrar o enguiço que o tem perseguido. Talvez que, com as orelhas a arder, o Gonçalo tenha adquirido o combustível que lhe faltava. Quem estranhou o (a)normal decorrer da partida foi o treinador do Tondela. Pako Ayestarán exibiu umas belas orelhas inchadas, demostrando justo desagrado por não beneficiar do tsunami arbitral que a esmagadora maioria dos seus colegas usufruem em jogos onde a ordem generalizada tem sido a de marrar no vermelho. "Ainda conseguimos marcar o primeiro golo, pena o fora de jogo" que foi assinalado, queixou-se condoído o bom samaritano espanhol. Foi uma pena, de facto, mas não é que às vezes acontece? Ao Benfica, então, tem sido um forrobodó interminável!

O mundo da bola anda de tal forma com os abanicos a arder que as habituais fofuras da newsletter do Benfica (despertou a 12 pontos do clube da fruta e a 6 dos batráquios) deram lugar a publicações aguerridas como, “outros (sapos e porcos, entenda-se) teimam em chafurdar na lama” - de deixarem os comentadores afastados para longe da BTV com as orelhas a arder! E tudo por causa dos comportamentos fofinhos dos jogadores (sempre o velho cuidado de não mexer com os senhores do apito) dos compadres do Altis, que evidenciam que árbitros de orelhas tão sensíveis como as de João Pinheiro, entram em campo com ditas seladas ou obstruídas com a fruta. Não darão tanto nas vistas como as dos jogadores do Benfica, a arrastarem-se pelo relvado em Tondela, mas são total garantia que os árbitros da liga Unilabs/Palhinha são tão confiáveis as demais meretrizes. De tão sérias há muito que abdicaram dos ouvidos.

7 comentários:

  1. Ovação, de pé! Muito obrigado, Enormérrimo Guachos!!!

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  2. Contra o Estoril, o Benfica vencia por 1-0 quando sofreu o empate na sequência de uma falta atacante escadalosa: 2 pontos para o galheiro! Contra o Porto, marcador aberto com um golo em que o jogador da equipa inimiga domina a bola com o braço: 1 ponto para o galheiro e 2 a mais para a frutaria! Contra o Moreirense, jogo a zeros e golo sofrido em fora de jogo: 2 pontos para o galheiro! Contra o Gil Vicente, 0-0 e golo marcado anulado por falta inexistente, seguido de golo sofrido, e penalty por marcar: 3 pontos para o galheiro! Isto só para falar dos mais recentes! Contra o Tondela, com 0-0 no marcador, o adversário marca golo em fora de jogo que, se fosse validado, lhe daria vantagem. Se este árbitro seguisse a bitola que os colegas têm seguido, lá estávamos "nós" a queixarmo-nos do presidente, dos jogadores, da sorte, das más exibições, e alguns de "nós", das bandeiras e tarjas. Assim, está tudo com os anjos! Escolham os 25 melhores jogadores do mundo, juntem o Klopp ou o Guardiola com as respetivas equipas técnicas, e ponham-nos a todos no Benfica que, mesmo assim, com estas arbitragens de merda, o Benfica não ganha absolutamente nada. Mais deprimente que a merda que MDCSDQT nos tenta enfiar pela goela diariamente, é ver os nossos conterrâneos (o Benfica é uma Nação) a comê-la...

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  3. Não sou propriamente contrário a puxões de orelhas aos jogadores se não defendem em determinado jogo o clube que lhes paga o ordenado. Muito de vez em quando, até nem sou contra um belo puxão de orelhas público, se começa a acontecer muitas vezes, sendo muitas mais que uma.

    Convêm no entanto assegurar um par de coisas.
    A primeira, que quem dá o puxão de orelhas não o mereça em dobro. Que os jogadores sintam que quem lhes exige a defesa intransigente do clube, o defenda intransigentemente.
    A segunda, que não aconteça muitas vezes. Caso contrário torna-se demasiado óbvio que o problema não está do lado que o recebe, mas do lado que o dá.

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    1. O problema nunca esteve nos puxões de orelhas em publico (sou frontalmente contra, assumo, que é como querer dar educação a um filho no supermercado ou no restaurante). Goste-se ou não, vale o que vale e que me lembre nunca deu resultado nenhum, antes pelo contrario. O problema é que à custa do puxão de orelhas mediático a mensagem que o presidente terá tentado passar, sobre os roubos e a MDCSDQT, desapareceram completamente do mapa. Podem continuar a roubar-nos que tudo se resolve com mais umas jornadas à Dumbo!

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    2. "O problema é que à custa do puxão de orelhas mediático a mensagem que o presidente terá tentado passar, sobre os roubos e a MDCSDQT, desapareceram completamente do mapa. Podem continuar a roubar-nos que tudo se resolve com mais umas jornadas à Dumbo!"

      Completamente de acordo.

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  4. Esse é que é o verdadeiro problema...

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Se pertenceres aos adoradores do putedo e da corrupção não percas tempo...faz-te à vida malandro. Sapos e verdadeiros trauliteiros, o curral é na porta seguinte.