A falta que lhes faz o ADN da fruta podre!

Até os puros, verdadeiros e exigentes benfiquistas se sentiram defraudados com a 'ausência' do ADN da fruta podre. Desde domingo à noite está a ser reconhecido pelos mais diversos peritos em fenómenos paranormais, cientistas de equipas pequenas, paineleiros encartados e lesados do dez a cheirar a mofo, que, sem o ADN do macaco, das arruaças, das rosnadelas do mastim Grrrrrrronçalves, da má criação e das cuspidelas do boneco Ceição, da intimidação do injinheiro macaco, das visitas ao centro de treinos dos árbitros e aos estabelecimentos dos seus familiares, o foculporto - mesmo com o colinho do Fatelas Gomes e do Pinheiro da fruta - se apresentou na Luz demasiado fragilizado. É ver a fauna de pulhas catedráticos da chincha a esgadanharem-se para tentar explicar o inexplicável! Como é que pode, num jogo de futebol, acontecer simplesmente futebol, interrogam-se por entre o incrédulo e o horror estampado nas faces.

Nestas horas de aflição só os salva o recurso aos chavões. Atiram-se ao "Resultado atípico" e à falta de comparência do "ADN"  da fruta, como o arruaceiro Pepe arrefinfava nas canelas dos adversários! Como sempre acontece nestas ocasiões, é óbvio que não foi o Benfica a ganhar o jogo. Quem o perdeu foi o ADN da fruta podre, algures desaparecido entre Contumil e a cadeia de Custóias. A esta gentinha não lhe entra no capacete um espectáculo futebolístico onde a maior prioridade dos jogadores, bem ou mal, é tão somente jogar futebol. Como não houve arruaças e declarado mau perder do clube da fruta, ficaram órfãos da porrada de criar bicho e da canela até ao pescoço, no caso de Alan Varela, pontapé até ao rosto. E ainda falam do injinheiro macaco! São uns javardos os especialistas da especialidade.

A relatada, diria que chorada, falta de agressividade do clube a fruta, ainda assim, chegou para João Mário, esquecendo a bola, meter os pitões no joelho de Niklas Beste, Alan Varela pontapear o rosto de Otamendi e o doce Fábio Vieira, por trás e sem possibilidade de chegar à bola, abrir um buraco (como se viu claramente nas imagens) no gémeo da perna do Aktürkoğlu. Três cartões vermelhos que o João da fruta trocou por amarelos e, mesmo assim, muito a contra gosto. Olha se o ADN da arruaça não se perdesse no caminho até à Luz.

A mim, que amo o Benfica, mas também o jogo e o futebol limpo de bois do Jamor e execráveis Rodolfos Reis, o que me faz falta são as explicações do dia seguinte das estrelas do Benfica - de saltos altos na MDCSDQT sempre que o SLB não ganha - das aulas de tática, ciência psicanalítica, construção de planteis, estratégia e decadência analítica. Muito gostava de os ver libertar o macaco que há neles.

Sem as suas doutas opiniões fico sem perceber como é que o Bruno Lage foi o único culpado (e jamais o poderio dos alemães) da 'tragédia' de Munique e não saiu da Luz ao colinho da critica depois de golear o João Pinheiro e a falta de ADN do foculporto. Sem este apoio que tanto me é querido tive de recorrer ao zaping onde ouvi um sofrido e esverdeado velhinho paineleiro, Ribeiro Cristóvão, com uma explicação lógica que me pareceu prodigiosa. Bastou ao treinador do Benfica pôr os jogadores certos nos lugares certos para golear e vulgarizar o ADN do foculporto. Com toda a simplicidade e facilidade deste mundo. No Benfica basta fazer a vontade aos catedráticos. Na resto do mundo nada funciona sem a genialidade do Amorim.

Já que estava com a mão na trampa, perdão, na massa, dei por mim na CNTV a ouvir o Luis Camelo todo fodido da marmita com a falta de cagança do Bruno Lage. No entender do esganiçado sapo ressabiado, o treinador do Benfica desaproveitou a oportunidade de se mostrar fanfarrão, exibindo uma bazófia que não acentuasse a descrença dos benfiquistas, já de si deprimidos com a falta de comparência do ADN da fruta podre. Eu próprio não consegui dormir a pensar como é que o Bruno não se comportou como um batráquio inchado.