Tri Pavlidis

Começo pelo Vasquinho, que tanta comoção provocou no Vasco sénior a ponto de parecer ter consumido alucinógenos antes da flash interview. Por principio não desejo mal a ninguém. De coração, desejo a dobrar tudo o que os adversários desejam ao Benfica. Vasco Sousa entrou em campo decidido distribuir fruta. Logos nos primeiros segundos tentou, com uma entrada a matar, arrumar Berrenechea. Com um portfolio de patadas e pisões à clube da fruta, a quem pertence e onde fez grande parte da sua (de)formação, do pescoço para baixo é canela para o moço de Cristelo. Por milagre não conseguiu mandar ninguém do Benfica para a enfermaria antes de ele próprio se lesionar sozinho. Num lance onde ficou provado que a expulsão de Prestianni frente aos sapos só aconteceu porque o argentino veste a camisola do Benfica, Barreiro, caçado por trás por Stjepanović, bem pode dar-se por feliz por sair do campo pelo seu próprio pé. O lance, sem cartão vermelho, aconteceu aos 27 minutos. Antes, até ao minuto 21, já tinham ficado dois penaltis por assinalar. Um aos dois minutos sobre Pavlidis e outro um pouco mais tarde por um 'corte' com a mão dentro da área do Moreirense. As regras, como sempre, (veja-se a expulsão de Prestianni e o penalti assinalado a António Silva no Benfica-Casa Pia) mudam consoante as camisolas.

Enquanto José Mourinho, humildemente, manteve as suas tropas agrupadas, muitas vezes com 11 atrás da linha da bola, o treinador do Moreirense, cagão, apesar do descalabro que se adivinhava, cheio de soberba, instigou sempre a sua equipa a caminhar para o abismo. Vasco Botelho da Costa, enebriado pelos elogios estratosféricos que a sua equipa recebeu durante toda a semana, não percebeu que a esmagadora maioria dos louvores não passavam de desejos encapotados dos especialistas da especialidade. Evidenciando uma falta de respeito gritante, Botelho convenceu os seus jogadores a jogar contra o Benfica como se estivem no recreio. Recebeu o correspondente correctivo, ainda assim, abaixo do que merecia. A soberba com que abordou a flash interview diz tudo sobre o seu caráter cagão. 

O jogo jogado é simples de desmontar. O Moreirense que, aos olhos dos especialistas da especialidade, era um papão antes do Vasquinho começar a distribuir pancadaria, no final da partida já era pior que o pior Nápoles da história que, na quarta-feira passada, também defraudara as justas expectativas dos especialistas. Pavlidis, como essas alimárias previram, entrou em campo tão amuado que só se começou a rir quando José Mourinho o devolveu ao banco de suplentes por troca com Ivanovic. O rosto fechado do croata (preterido pelo grego) confirmou como o balneário está em polvorosa com as opções de José Mourinho. injinheiros macacos me mordam se isto não dá para uma investigação profunda do rascord para arrasar nas audiências. Barreiro marcou de calcanhar na quarta-feira! Aursnes introduziu-a toda lá dentro com um chapéu à bearskin!  Não há clube no mundo onde falte tanta magia e criatividade como no Benfica!

O deserto de ideias é tão grande que as alimárias, depois do 0-4, desataram a falar no segundo lugar que o Benfica, na melhor das hipóteses (o primeiro como muito bem sabem já foi atribuído ao foculporto) ainda podia alcançar. Já na V+,  no pós jogo - enquanto esperavam por Mourinho, passaram o tempo a falar das 345 contratações que o Benfica precisa fazer no inverno para ultrapassar o trauma do resultado (0-4) escasso alcançado. Isto na melhor das hipóteses pois, mais lá para o verão, vai ser preciso um camião TIR só para substituir os Prestianni e Schjelderup's do plantel benfiquista. E como uma calamidade nunca vem só, eu, que assim que os jogos acabam desligo a televisão e vou-me embora, decidi, enquanto esperava pelo jantar, aguardar pela conferência de imprensa do treinador do Benfica. Três borrachões, escória do comentário provocatório, repugnantes por vocação, obtusos por criação, preenchiam parte do ecrã semi-tapados pelas imagens da partida. luís Camelo, Maniche focinho de porco e Jorge brochista, deram um festival de imbecilidade colectiva/cognitiva. E eu nem consigo imaginar como há gente que consegue ouvir esses pedaços de bosta sem vomitar as tripas todas. 

Não é que as três ressabiadas alimárias, perante as parcas imagens (apesar de tudo clarinhas como a água) que a TBI repetidamente entendeu mostrar, negaram o penalti sobre Pavlidis com argumentos do mais estupido que eu vi na minha vida! Jorge brochista, rindo como um alarve, foi ao ponto de dizer que «não percebo porque razão, num jogo de 4-0, estamos aqui a falar de um penalti». Que FDGP. Porque quando aconteceu o penalti (aos dois minutos) referido por Mourinho (e eu já dou de barato o andebol dentro da área do Moreirense) o resultado estava 0-0. Percebeste, ó mentecapto?