Roger Schmidt! Não há dia que não esteja na mira!

No que chamou «O plano do titulo de Rúben Amorim» o rascord atribuiu (AQUI) ao treinador dos sapos a genialidade (o endeusamento do Rúben não admite menos) de algumas medidas que Roger Schmidt aplica desde que chegou ao Benfica. No alemão são vistos como os pecados que trouxeram o campeão nacional ao apocalíptico, desastroso e nunca visto momento em que se encontra. Hoje, secundado por toda a Merda De Comunicação Social Desportiva Que Temos, o rascord volta a atirar a Schmidt como se não houvesse amanhã.  

Na conferência de imprensa para o Benfica-Estoril, à pergunta «por que razão altera tantas vezes o ponta de lança» Schmidt respondeu que "na época passada a situação era completamente diferente. Começámos com o Gonçalo como avançado centro e ele confirmava todas as semanas que era um jogador completo e por isso jogou quase toda a temporada. Agora é completamente diferente. Temos excelentes opções, mas os jogadores neste momento não estão a ser consistentes e não estão a conseguir manter a sua posição. Todos estão a trabalhar muito, mas têm de melhorar. São novos aqui e às vezes é preciso tempo para se adaptarem». Olhando para todas - e desta vez são mesmo todas - desde os meninos espertos de 10 anos aos asnos, quem é que já não disse exctamente o mesmo (excluo os insultos e os ataques, até pessoais, que lhes fazem ao primeiro passe falhado) dos avançados do Benfica?

Pois para a bolha «Schmidt chora por Gonçalo Ramos» o rascord garante que «Schmidt atira aos avançados» e o onojo, um pouco mais fofinho, informa que «Schmidt critica pontas de lança». Vão para as conferências de imprensa com o único objectivo de arranjar algo polémico que venda, numa primeira perspectiva, na segunda que aumente o ruido à volta do Benfica (mais clics e vendas no horizonte garantidas), capaz de transformar o estádio da luz num tormento para o Benfica e o melhor dos paraísos para os adversários! Não se pode dizer, a avaliar pelo que lê e ouve por aí, que a estratégia não esteja a ser um gigantesco sucesso. Um amigo meu costuma dizer que o Benfica é tão grande que até na porcaria que germina consegue ser maior que todos os outros juntos. Olhando para a minha caixa de sapam, após alguns resultados menos conseguidos, sou forçado a dar-lhe completa razão. 

O Benfica empatou 3-3 em casa, para a Champions, com o Inter de Milão, campeão em titulo, vice campeão europeu e actual primeiro classificado do campeonato italiano com 29 pontos (mais um jogo) de avanço sobre a Atalanta, 6º classificado. Apesar do roubo (penalti inventado e expulsão aberrante de António Silva) arbitral, todos se lembram do que foi vomitado sobre o Benfica e sobre as opções do seu treinador! A Atalanta, pela segunda vez na temporada, visitou o alvalixo. Venceu 2-1 na primeira e, depois de enviar 3 batatas ao ferro, empatou na quarta feira. Ninguém marrou com Amorim que disse coisas fantásticas como estas: «Estamos sem energia, tivemos sorte». «Estamos a baixar muito o ritmo de jogo, já no último jogo [Farense] aconteceu. Baixamos a intensidade, mas não é porque os jogadores querem. Não estamos com capacidade de manter a dinâmica e a equipa sente muito isso». Gyokeres no banco? «Só quem não viu o jogo com Farense é que não percebeu. O Gyokeres estava no limite, perdeu todos os duelos com os centrais do Farense». A piada é ninguém lhe perguntar pela ressaca do jogo do Benfica. Agora imaginem se fosse Roger Schmidt a arranjar o cansaço como desculpas...