Nunca o Benfica dependeu tanto como agora da exigência dos exigentes que os impele a jamais - sob nenhum pretexto - se mostrarem satisfeitos com nada. Se tudo corre às mil maravilhas, no que aos resultados diz respeito, as exibições nunca estão de acordo com o plantel que no início da época é sempre desiquilibrado, composto por flops e pernas-de-pau, negociatas dos empresários (que metem o entulho no Benfica e os craques no Novo Banco e no clube da fruta) e do Presidente em exercício. Os novos são demasiado novos ou trapos e 'não é com Taliscas que vamos lá'. Os putos do Seixal estão verdes e sem estaleca para as exigências dos exigentes mas ai do 'banana' que os venda (menos de 100M€ é um acto de má gestão desportiva) ou os ponha a rodar para ganharem...estaleca.
A meio da época, quando os treinadores já não cumprem a exigência dos exigentes - a de não deixar os adversários ultrapassarem a linha do meio campo é a que menos facilitam - o plantel já é o melhor plantel da liga, composto por grandes jogadores, que se mais não dão é por culpa do Presidente e dos incompetentes treinadores. É a altura em que os putos a rodar são todos melhores que os da equipa principal e para fazer a merda que fazem os titulares há sempre 'um puto no Seixal'. Nesta fase, de exigir a cabeça do treinador, os "Picanhas" já foram de enxovalhados a fervorosamente aplaudidos e há muito que os 'Schmidts' passaram a ser os alvos preferidos. Uns, no passado, era porque andavam metidos com o Abel Xavier, outros, no presente, é porque se metem na cama ora com Morato ora com o Di Maria. Há algo que nunca falha. Os melhores jogadores são sempre os que ficam no banco de suplentes e quando entram em campo fazem sempre mais em 5 mts que o titular nos restantes 85. Os que ficam a aquecer na linha lateral são tratados como flores de estufa, que o treinador (sempre uma besta) não respeita, e os não convocados já estão a um pequeno passo de se tornarem indispensáveis.
Golos e vitórias construídas apenas na segunda parte são uma vergonha para os exigentes, culpa dos treinadores que não entram a matar para chegar ao intervalo com os 3 pontos na algibeira. 5-0 na primeira parte originam um chorrilho de impropérios e nos segundos 45 minutos só lhes apetece dormir. Acordam para assobiar os jogadores por não chutarem desesperadamente a bola para a frente. Treinador que não pinche ridiculamente e avesso à gritaria, que ninguém ouve, para dentro do relvado, não cumpre a exigência dos exigentes. Se pinchar e gritar desalmadamente é um energúmeno que não cumpre a exigência que os exigentes exigem aos treinadores do Benfica.
Ser os primeiros a endereçar os parabéns ao adversário (ainda os jogos não terminaram ou os campeonatos vão a meio) é uma exigência que os exigentes não prescindem. Justificar maus resultados com penaltis por assinalar que até os especialistas do rascord, o cada vez mais execrável Duarte Gomes, ou os 'apitos dourados' do pasquim da fruta, onojo, unanimemente reconhecem, não serve a exigência dos verdadeiros exigentes. "Joguem mas é à bola" é a palavra de ordem dos exigentes enquanto cospem no treinador e perseguem os "Picanhas" no parque de estacionamento do estádio. Nas redes sociais e nos programas ditos desportivos os exigentes do teclado e da palavra dão a necessária cobertura - 'perante exibições destas não se pode falar dos erros arbitrais' - aos soldados exigentes no terreno. Os exigentes mediáticos jamais aceitam qualquer falha do Benfica mas estão sempre prontos a perdoar todos os maus momentos dos adversários. 10-0 a favor do seu clube incomodam 10 vezes mais os exigentes que os auto-declarados inimigos do Benfica.
"Isto não é o meu Benfica" enche-lhes de soberba as publicações e o umbigo! Sabem tudo de táticas, estratégias, basculação, ataque à profundidade, horário certo (uma vergonha aos 90+4) para os golos do Benfica, substituições atempadas (menos de 5 é um apocalipse) e o 11 inicial que nunca perde. Tiram de letra a construção de planteis, compras e vendas de jogadores, lesões traumáticas, musculares e/ou outras, o corte da relva é ciência que dominam e nem o voo da 'vitória' (aterrar no relvado arremeda desgraça pela certa) lhes escapa.
No Seixal tudo está mal. Uma varridela de cima abaixo, na SAD, nos órgãos sociais (sempre repletos de lagartos) e no plantel, resolvia semana sim, semana sim, todos os problemas que a exigência dos verdadeiros exigentes há muito identificou. Conhecem de cor e salteado as entranhas do Benfica e só precisam que o Presidente os chamem para nunca mais se perderem jogos, troféus, títulos, campeonatos. Catedráticos em exigência falta-lhes afinar os cânticos, "o Benfica é nosso", dos petardeiros para se sentarem no Olimpo.
Como detectar um verdadeiro exigente. Bate pívias à pala dos treinadores dos sapos e clube da fruta e todas as épocas trocaria de bom grado toda a linha avançada do SL Benfica pelo melhor marcador dos sapos e do clube da fruta. Mede o (in)sucesso dos pontas de lança do Benfica pelos golos falhados em frente à baliza, mesmo que vençam (Seferovic) o prémio de melhor marcador do campeonato sem um único penalti no bornal. Se Taremi era um deus, Gyokeres é o Zeús dos exigentes. As criticas ferozes que fazem ao Benfica são um mero copy&paste do que sai da bocarra do fruteiro Rodolfo Reis, do Otávio bêbado como um carro e do prf. dr Jorge Amaral.