Duarte Gomes diretor técnico nacional de arbitragem tem como maior coroa de glória um Benfica-Sporting, no Estádio da Luz em 2001, onde conseguiu transformar uma vitória clara do Benfica (2-0 aos 84 mts) num empate a 2 com sabor a vitória para os sapos. Jardel, que deveria ser expulso (segundo amarelo) por simulação grotesca dentro da área do Benfica (penalti assinalado para os sapos), acabaria dois minutos mais tarde (desorientação total do Benfica a jogar com 10 a partir dos 53 minutos) por marcar também o golo do empate.
Anos mais tarde, numa entrevista à sic, o linhas brancas - «médico do FC Porto sabia que consumia cocaína» - dos sapos explicou como tudo se passou: «O penalti na Luz foi assim: o gajo cruzou, o João Manuel Pinto soprou, eu caí, penalti. Os jogadores do Benfica estavam a reclamar que não tinham tocado. Eu falei que o vento estava forte. Encheram uma piscina ali e eu vi logo a piscina». Virando-se para Duarte Gomes que participou no programa: «Vou pedir-te desculpa e depois pedes tu". Duarte Gomes respondeu entre risos: "Não tens de pedir desculpa, faz parte do jogo". Salamaleques para aqui, beijinhos e abraços para ali, e o Benfica, a verdade desportiva e os milhões de adeptos que se sentiram roubados que se fod@m! A malta bebe uns copos, dá uns puns em directo na SIC, recorda entre sorrisos as trapaças que fecundaram o Benfica e, como a batota faz parte do jogo, engole-se a verdade desportiva como quem marca um canto fantasma ao Santa Clara ou se transforma um ressalto em penalti a favor do Casa Pia. Nessa época, Jardel marcou 42 golos, cerca de metade obtidos em foras-de-jogo não assinalados, e os restantes (15 dos 17 assinalados a favor dos sapos) de penalti à Duarte Gomes. Luciano Gonçalves não conheço e nem sei qual é o tamanho das botas que terá lambido para chegar a líder da APF.
Conselho de Arbitragem da FPF e Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APF) juntaram-se numa conferência de imprensa para "esclarecer" os casos de arbitragem. Luciano Gonçalves, presidente do Conselho de Arbitragem, e Duarte Gomes, diretor técnico, revelaram que houve 40 intervenções do VAR na I Liga e, no conjunto das quatro provas com a tecnologia, 97% das decisões foram acertadas. A perfeição em modo falta de vergonha na puta da cara. Duarte Gomes, tão cobarde e taticista como quando assinalava penaltis fantasma ao Benfica, afirmou não ter visto as ultimas declarações do Presidente Rui Costa. Luciano Gonçalves, pelo contrário: "Aqui ninguém rebenta ninguém, ninguém rebenta nenhum árbitro" - está tão atento que até manda recados aos assalariados do Benfica.
97% de acerto nas decisões dos vídeo árbitros! A saber: nunca falharam na cor dos equipamentos, no numero das chuteiras dos jogadores, no gel nas cabeleiras, no corte da barba, na entrada no relvado, na escolha do campo e na moeda ao ar, no aquecimento e na preparação dos jogos, na visualização dos lances ao intervalo e em decisões tão complicadas, como meter e tirar o apito na boca, algo o comum mortal falharia redondamente. No 1,5% dos lances que correram menos bem, incluem-se coisas de lana caprina como o canto a favor do Benfica que João Pinheiro não permitiu ser cobrado, apitando para o fim do jogo do Benfica 1-1 Santa Clara. A extraordinária eficácia do VAR - para provar um toque da unha do Otamendi pisou a unha de Vrousai, mas que se ausentou no penalti sobre Pavlidis (levou com os pitões na canela dentro da área de rigor) - no Benfica 1-1 Rio Ave. Mais o penalti assinalado (e seis pontos a arder) a António Silva por um ressalto no braço que os árbitros sabem que não é para assinalar. No outro 1,5% estão coisas de somenos como a não expulsão (Famalicão a vencer por 1-0) de Gonçalo Inácio no Famalicão 1- 2 sapos. A expulsão inventada (Nacional a vencer por 1-0) de um jogador da casa no Nacional 1-4 sapos. Outra expulsão inventada (estava o jogo empatado a zero) no Sapos-Arouca. E quem se lembra, tamanha é a irrelevância, do Estoril 0-1 sapos do penalti não assinalado (com 0-0) a favor dos da casa, mais o golo da vitória obtido em fora-de-jogo evidente? Recordam-se do sapos-Alverca quando o árbitro, numa decisão insignificante para o resultado final (2-0) perdoar a expulsão, a enésima, a Diomande (0-0 aos 55 mts) e da ultima jornada, onde, num canto (recordar que João Pinheiro não deixou cobrar um, lícito, no Benfica-Santa Clara) fantasma, o auxiliar e o árbitro entregaram a vitória à saparia? Tudo decisões de lana caprina. E nem me debruço sobre os lances sem importância nos jogos do clube da fruta onde, por suposto, nada aconteceu de relevante.
Já hoje, enquanto evacuava um valente Diogo Luis, ao olhar a imprensa online percebi que os arquétipos da perfeição (APF) querem ir ainda mais longe. Não em atingir os 100% de acertos nas decisões dos árbitros (97% de sucesso está de bom tamanho e recomenda-se) mas na implantação da lei da rolha para quem não gostar muito da fruta. Falar dos árbitros (a APF participou de António Silva ao CD por dizer que os árbitros apitaram condicionados) só para quem lhes propuser um altar. Exigem perda de pontos, mínimo de cinco, máximo de oito para os clube infratores e multas (presumo que a dividir pelos ofendidos) entre os 25 mil e os 100 mil euros! "o clube é responsável pelos atos cometidos por qualquer dos seus dirigentes, representantes, funcionários e demais agentes desportivos a si vinculados, bem como pelos atos cometidos pelos seus representantes de facto, quando praticados no seu interesse." Ora tomem! Até eu, aqui no tasco, não poderei mais duvidar da competência dos barrascos santos não vá o CD retirar pontos ao Benfica! Como precisam da aprovação dos clubes, se o Benfica for conivente com mais esta aberração bem merece, em exclusivo, ser o único clube roubado pelos árbitros.
Bernardo Ribeiro: «Os árbitros não têm estado bem, mas não são o pior que há no futebol português». Pela primeira vez na vida não estou em completo desacordo com o sapo. Pés de microfone, pasquins desportivos em geral e o rascord em particular, não raras vezes (porque os promovem e lhes lavam os roubos mais abjectos) são bem mais rascas que os árbitros mais rascas.