O penalti, claro e objectivo, sobre João Rego, abalroado dentro da área no final da primeira parte, até dou de barato. Caríssimos ficam o pisão e rasteira de Kiko Pereira a António Silva no inicio (57mts) da segunda. Só um comentador da estirpe do Bruno Prata - soldado raso da irmandade da fruta - pode confessar qualquer tipo de dúvida perante as imagens que todos vimos. No relvado, David Silva também recusou ver e o seu assistente (confesso que não reparei se, como o Bruno Prata, envergava a camisola do seu foculporto) correu para o meio campo com um dióspiro maduro em cada olho. Na sequência, aconteceu o melhor arremedo de oportunidade de golo do Chaves. Sem VAR, e se calhar também com VAR, o caldo podia muito bem entornar. Não entornou e mais uma vez, como sempre acontece quando o Benfica é roubado, nenhum pé-de-microfone perguntou ao treinador derrotado o que pensava do árbitro.
Termino com José Mourinho que viu o jogo jogado que eu vi. O que eu não vi, nem sequer existe, é essa sapiência toda do Filipe Martins. Dar instruções aos jogadores para caírem ao mínimo sopro, parar com faltas todos os lances prometedores do Benfica e mandar dar pau até cheirar a alho, qual é treinador que, frente ao Benfica, não tenha feito o mesmo? Martins não tem nada a apresentar que sustente os elogios e, em matéria de seriedade, sempre mostrou uma bocarra bem maior que o seu raquítico currículo. Ontem, acredito, foi moderado por respeito a José Mourinho mas, no seu cadastro, consta um longo rol de alarvidades sempre que tem o Benfica pela frente. E, como eu tenho boa memória e, como quem não se sente não é filho de boa gente - diz o povo e eu concordo - recordo-me muito bem de um Feirense-Benfica (2018/19) em que, demasiado aziado por perder o conteúdo da mala, vomitou o anti-benfiquismo que o consome.
PS: o orelhudo de Mirandela é um escroto.