Benfica é o único clube português entre as marca de futebol mais valiosas do mundo. Numa lista liderada pelo Real Madrid, o maior clube português ocupa um orgulhoso 40.º lugar. O Benfica consta ainda noutra tabela: a das marcas mais fortes do mundo do futebol, onde está no 21.º lugar. Em termos de valor da empresa, Portugal conta com dois clubes neste ranking: o Benfica, em 26.º lugar, e o foculporto em 40º. Dos sapos, tirando a efeméride dos ataques terroristas a al cacete e a instrução dos arguidos que ficou outra vez adiada, zero. Como diz um corrupto, muito orgulhoso das vezes que foi absolvido, eu “ainda gostava de saber quem foi buscar (estes) padres à sacristia”. Bem podem meter os vouchers, os e-mails truncados, a corja de paineleiros e os programas de merda diários, pelo rabiosque acima.
Uma equipa do Benfica deslocou-se ao Olival - centro de estágio da Câmara Municipal de Gaia - ocupado pelo clube da fruta por um renda mensal de 500€ - para defrontar os recentes vencedores da youth league, na fase de apuramento de campeão do Campeonato Nacional de Juniores. 2-1 para o Benfica e a recuperação do primeiro lugar. Rodrigo Conceição e Vasco Paciência, filhos de Sérgio Conceição e Domingos Paciência, reputados ex-jogadores do foculporto, faziam parte da equipa inicial do Benfica. Como sempre acontece com aquela gente, com aqueles adeptos e com a claque legalizada, os cânticos "filhos da puta SLB" não se fizeram esperar. Rodrigo Conceição, que marcara o primeiro golo do Benfica, acabou expulso aos 60 minutos por uma falta a meio campo, do tipo Lema no estádio da Luz ou Gabriel no estádio dajantas; diga um, ao longo dos últimos 40 anos, em que o Benfica chegou ao final do jogo sem uma expulsão ou o penalti da ordem!...
Foi visível no relvado o ódio latente de alguns dos jogadores do foculporto a empurrarem o Rodrigo, que saiu do campo em lágrimas. Um ódio que teve correspondência nas bancadas - marram no vermelho independente do escalão etário - onde o pai do jogador do Benfica, por acaso treinador do foculporto, assistia ao desempenho do filho. Sérgio Conceição, que ferve em pouca água, atirou-se ao adepto da fruta, envolvendo os irmãos do Rodrigo - que também se deslocaram ao centro de estágio da pago pela Câmara de Gaia - gerando uma enorme confusão, sanada com a intervenção da segurança do campo. Várias questões se levantam...
A impunidade dos cânticos de ódio contra o Benfica nos estádios - repito; independente do escalão etário. A constatação que nem todos os «filhos da puta SLB» são pertença do Sport Lisboa e Benfica. A naturalidade com que o maior clube português recebe no seu seio os filhos das mães (e dos pais) que, não sendo do Benfica, são miúdos que apenas pretendem crescer livremente a jogar futebol. E a facilidade com que um acontecimento tão trágico passou quase despercebido à generalidade da comunicação social!
Pensam que eu estou a exagerar? Basta imaginar que o pai do Rodrigo Conceição não era treinador do foculporto nem uma antiga glória do clube da fruta. Imagine-se que era um ex-jogador do Benfica que se deslocara ao Olival para ver jogar o seu filho. E imagine-se que se tinha atirado ao adepto ao vê-lo assim insultado. Viram o gorila (Vitor Catão) que aparece nas imagens por trás do Sérgio? Conhecem o hospital de Gaia para onde o Bruno Simões foi transportado com o rosto desfeito por um pedregulho arremessado? Pois seria aí onde o que resta da família do Sérgio (relembrar que estavam mais dois filhos seus nas bancadas) teria de se deslocar para os visitar.
Rodrigo Conceição, uma constatação e uma lição. A primeira é que nunca na sua carreira de futebolista ouvirá cânticos de «filhos da puta FCP» que não constam no cardápio dos adeptos e grupos organizados do Benfica. A segunda é saber, na pele, o que custa defrontar o clube - de quem muito legitimamente é um fervoroso adepto - da fruta, algo que nem o seu pai lhe poderá explicar. Sérgio Conceição saberá, melhor do que ninguém, a lição a retirar sobre este triste acontecimento. De Domingos Paciência, que apareceu a defender galhardamente o Gonçalo Paciência, no recente confronto entre o Eintracht Frankfurt-Benfica, falta saber se gostou de saber que o Vasco (Paciência) também faz parte dos filhos da puta (SLB).
Essa gentalha não presta. Grunhos sem formação que vivem do ódio a Lisboa ao BENFICA. São um clube de bairro que vive da corrupção, coação, ameaças,...que noutro país qualquer andaria pelo 2divisão.
ResponderEliminarPS: Muita atenção ao jogo de sábado, vai valer tudo para nos roubarem o campeonato.
Os corruptos não ganham aos lags.
EliminarPeço desculpa por vir aqui falar de outro assunto, mas acabam por estar ligados.
ResponderEliminarÉ o assunto do Bruno Simões que o GV tão a propósito abordou aquando do problema de saúde do Casillas.
O caso do Bruno Simões, que levou com um pedregulho na cara, e o caso da arruaça no Olival, são alimentados pela mesma besta: o ódio que se instalou e medra no futebol português.
E eu trago esse assunto porque acho que o Benfica deveria ter uma intervenção que fosse além da visita que, muito bem, fizeram o presidente e o vice Varandas Fernandes.
Na minha opinião o Benfica devia prontificar-se a ajudar nas muitas despesas em que este adepto do glorioso incorreu e incorre.
Mas sobretudo, a instituição Sport Lisboa e Benfica, deveria pressionar as autoridades para chamarem à justiça os criminosos que cometeram este crime e que quase mataram o Bruno Simões.
Basta questionar na comunicação social em que pé é que está o apuramento das responsabilidades.
Saudações benfiquistas para todos e que Sábado seja um dia feliz!
AP
Inteiramente de acordo com o seu comentário. Acho que o Benfica não pode alhear-se deste caso e deverá,no mínimo, questionar as autoridades deste país e exigir explicações convincentes sobre este atentado à livre circulação.Não podem ficar impunes os responsáveis e só me espanta que, até agora, nem o Ministério da Administração Interna nem qualquer outra autoridade se tenham pronunciado sobre este hediondo caso! Suponho que o Benfica tem o dever de exigir às autoridades competentes, nem que seja pela via judicial, os esclarecimentos que se impõem, sob pena de, a curto prazo, este país se transformar numa qualquer Faixa de Gaza. Infame e degradante o que se passa no meu país!... É altura de o Benfica exigir aquilo que a sua marca representa. Alguém tem que ser responsabilizado e o Benfica não se pode demitir do seu inalienável dever de defender os seus adeptos contra uma escumalha que se considera impune.
EliminarCom já afirmei antes estou firmemente convencido que as "autoridades" de Palermo sabem quem foram os meliantes que executaram esta façanha. Bastava visionar as câmeras da auto-estrada. Claro, quem serão esses meliantes? só podem pertencer à seita "legalizada" e impune. Assim sendo, podemos esperar bem sentadinhos que sejam detidos e julgados.
Eliminarmlm
Por falar nisso, trago 4 capítulos de um texto do António Barreto, cheio de lucidez e de factos, que os benfiquistas devem ler.
EliminarCapítulo 3
A realidade histórica do SLB no Antigo Regime tem sido caracterizada por adeptos do futebol - historiadores do desporto, políticos e sociólogos -, como um raro exemplo de democraticidade; uma ilha democrática em plena ditadura.
Um espaço aberto a todos, sem distinção de raça, credo, condição social ou ideologia.
Uma organização de base popular, participada pelos seus associados, cuja estrutura social espelhava os cânones próprios das democracias.
Alguns casos denotam o tipo de pessoas direta ou indiretamente vinculadas ao clube.
Um dos mais notáveis pelo que representou na luta da pela emancipação feminina e pela universalidade do voto, é o da Dr.ª Beatriz Ângelo, natural do Fundão, médica, feminista, e mulher do 3º Presidente do Sport Lisboa, Dr. Januário Barreto; impôs ao Governo pela via judicial, o reconhecimento do seu direito de voto após enviuvar.
Só aos chefes de família, homens, era reconhecido esse direito.
Perante a recusa do Governo em reconhecer-lhe essa qualidade, avançou com uma ação judicial contra o Governo cuja sentença lhe foi favorável.
E votou.
Foi a primeira mulher a fazê-lo. De imediato o Governo republicano alterou a lei eleitoral para impedir o voto das mulheres.
Outro caso é o de Ribeiro dos Reis, jogador de futebol do Benfica de 1913 a 1925, depois técnico e dirigente do mesmo clube, selecionador nacional jornalista e fundador do conhecido Jornal A Bola (juntamente com Cândido de Oliveira), um republicano que suscitou a desconfiança do Estado Novo pela isenção da reportagem que fez nos célebres jogos olímpicos de Berlim em 1939 (sinopse da sua biografia por Astregildo Silva), tendo-se constado que terá desempenhado ações de espionagem a favor dos aliados, durante a 2ª Guerra Mundial.
Episódio interessante é o de António Borges Coutinho, irmão de Duarte Borges Coutinho - ex-Presidente do Benfica de 1969 a 1977 e 4º Marquês da Praia e de Monforte.
António, advogado, adepto das ideias de António Sérgio e Agostinho da Silva, foi apoiante da candidatura de Humberto Delgado, conheceu o drama dos calabouços do Estado Novo - quando, em 1961, procurou alertar a opinião pública para as verdadeiras causas do sequestro do paquete Santa Maria.
Nesta ocasião tornou-se membro da Oposição Democrática pelo Distrito de São Miguel, sua terra natal, juntamente com Melo Antunes - o suposto ideólogo do MFA.
Não sendo marxista distinguiu-se como ativo seguidor do Partido Comunista, a partir de 1978 (wikipédia).
Há ainda o caso de Santana, célebre jogador da equipa de sessenta; o Benfica tê-lo-á livrado dos vários “contratempos” com a PIDE devido à ligação que tinha com a Frelimo.
Apesar de tudo isto, quando constatamos o crescendo de hostilidade que tem ocorrido, nas últimas décadas, no espaço público, relativamente ao Sport Lisboa e Benfica, percebemos que há algo errado.
Descontando os excessos, compreende-se que, perante a ascensão competitiva do Benfica, os dirigentes e alguns adeptos dos seus principais rivais se empenhem na guerra mediática em benefício próprio.
O que não se compreende é uma sistemática passividade das autoridades públicas perante os excessos; difamação e segregação desportiva e social de que têm sido alvo quer o Sport Lisboa e Benfica, quer os seus adeptos e apoiantes.
As próprias forças de segurança e outras autoridades têm revelado posturas diferenciadas, com episódios de violência extrema ante adeptos do Benfica.
Faz todo o sentido perguntarmo-nos o que pode haver de politicamente errado que possa justificar tal enviesamento institucional.
Capítulo 4
Há algo errado, sim.
O Sport Lisboa e Benfica representa a materialização microcósmica do projeto político do Estado Novo; o da construção de uma nação pluricontinental e multirracial.
O Benfica foi tudo isso, com a particularidade do enorme sucesso desportivo em que derramou pelos relvados do mundo a excelência da arte de jogar futebol suscitando o fascínio geral, até dos adversários.
EliminarDisso beneficiou o regime enquanto fator de propaganda do Portugal imperial. Que saiba, o único benefício que o Benfica e os seus adeptos e associados tiveram do regime de Salazar foi o do impedimento da saída do Eusébio para Itália.
Foi a visão e capacidade realizadora dos dirigentes do Benfica a partir dos anos cinquenta - década em que o Sporting Clube de Portugal dominou internamente com os seus famosos cinco violinos -, que catapultou o clube da Luz para o galarim do mundo nas décadas de sessenta e setenta.
Com o derrube do antigo regime em 74 e a ascensão duma democracia minimalista, de matriz socialista, em 76, o Sport Lisboa e Benfica, é visto por alguns setores políticos, como uma estrutura identitária conservadora, geradora de resistências à difusão das novas ideias de reconstrução das estruturas sociais, à semelhança do mundo rural, do catolicismo ou da família.
A nova matriz social - em marcha - implica o enfraquecimento dos elementos estruturantes da “velha ordem”.
Neste contexto um Benfica forte não é bem-vindo.
Pelo contrário, o seu enfraquecimento e a emergência do domínio desportivo dos rivais, pretensamente, evidenciará, no âmbito desportivo, a dinâmica do novo regime, pretensamente, rumo à prosperidade e à justiça social.
Fator político mais prosaico está relacionado com o assunto; a regionalização, uma prescrição constitucional não realizada.
É neste âmbito que o FC Porto exerce uma missão de natureza política porventura congeminada nos corredores do poder; a de definir geograficamente e socialmente a Região Norte, agregando os cidadãos da zona em torno do clube e trilhando o caminho do facto consumado, à “boa” maneira de Gene Sharp.
Neste contexto, o SLB, com a força agregadora que o caracteriza, representa o centralismo que urge enfraquecer.
Uma certa passividade das autoridades, forças de segurança e entidades administrativas e judiciais locais, perante sucessivos casos de perturbações de natureza social - ameaças, agressões e atos de vandalismo - por elementos ligados ao FCP, cria na opinião pública o sentimento de que, para aquelas bandas, a ordem pública tem natureza diferente da do resto do país.
Capítulo 5
É este contexto que legitima a suspeita de concertação, ou aliança implícita, entre os Dirigentes do FCPorto e alguns dos partidos defensores da regionalização.
Suspeita essa que sai reforçada com a frequente adesão, dissimulada, de alguns políticos, às causas daquele clube. E são figuras do Partido Socialista que, neste particular, mais se têm destacado. Pois não constou, nos idos de 82, que foi António Guterres a dissuadir Pinto da Costa de abandonar o futebol?
Sendo verdade, não é lícito admitir que, nessa altura, se terá estabelecido uma aliança de bastidores entre eles, que tem perdurado até aos dias de hoje?
EliminarNão foi José Sócrates, ainda Secretário de Estado do Governo de António Guterres, que, publicamente, afirmando-se benfiquista, declarou-se disponível para fechar o clube, quando este atravessava a maior crise da sua história?
Não foi Ana Gomes, deputada no Parlamento Europeu, que, há uns anos - talvez três - alertou a opinião pública para a necessidade de investigar o que se passava com um “raio” de um jogador sul-americano desconhecido, associando-o ao Benfica em qualquer transação alegadamente espúria?
Não foi Helena Roseta que, no consulado de António Costa, levantou o facho da revolta, no caso dos benefícios fiscais da CML (Câmara Municipal de Lisboa) atribuídos ao Sport Lisboa e Benfica em resultado da aplicação do protocolo estabelecido entre a autarquia e todos os clubes da cidade?
Este museu era uma antiga aspiração dos benfiquistas, prometida por várias Direções do clube e nunca concretizada!
Não é a história do Benfica relevante na história da cidade?
Não é o museu importante na dinamização social e económica da de Lisboa? Não beneficiam os lisbonenses de toda uma vasta panóplia de atividades desportivas proporcionada pelo Sport Lisboa e Benfica, contrastando com a escassa oferta pública municipal neste domínio?
Manifestou-se, aquela Vereadora, nalgum dos muitos casos polémicos de esbanjamento financeiro frequentemente noticiados pela comunicação social naquela autarquia? Não notei!
E é por isso que concluí que se tratou de um ato demagógico e persecutório, cuja motivação foi de natureza partidária.
Não é novamente Ana Gomes, ainda deputada no Parlamento Europeu, que está na berlinda por apoiar publicamente e exuberantemente na praça pública, um sujeito confesso adepto do Porto, preso à ordem do Tribunal por se ter apropriado ilicitamente de documentação confidencial de entidades ligadas ao desporto nacional e também da correspondência comercial e técnica do principal rival do seu clube, e cuja alegada motivação seria a de combater a corrupção no futebol?
Não foi Ana Gomes que se apresentou na cadeia de lenço azul a entregar ao pirata informático um prémio que ela própria promoveu em Bruxelas pelas criminosas façanhas?
Não foi Ana Gomes que disse nada perceber de futebol, justificando a sua falta de interesse nos episódios desportivos em curso indiciadores de corrupção desportiva efetiva?
Não têm os Deputados Europeus meios, disponibilizados pelo seu Parlamento, para contratar especialistas que os ajudem nos seus trabalhos?
Estará, efetivamente, Ana Gomes, interessada no combate à corrupção no futebol? Suspeito que a sua motivação seja de natureza político-partidária e consistirá numa estratégia de aproximação do seu Partido ao eleitorado portista e, por extensão, ao eleitorado portuense.
Porém, é possível que esteja, também, empenhada numa ação de militância clubista. Da fama não se livra.
Não é Fernando Gomes, militante histórico do Partido Socialista, ex-Presidente da CMP (Câmara Municipal do Porto), membro do Conselho de Administração da SAD do Porto?
E não é razoável admitir que, neste cargo, tem a função de servir de elo de ligação entre esta SAD e o seu Partido?
Finalmente, não há uma coincidência intrigante entre os ciclos políticos e os do futebol, em que, nos governos socialistas, geralmente, se verifica a ascensão desportiva do Porto?
Há! E eu acho que não é coincidência.
Capítulo 6 (conclusão)
EliminarAos clubes está legalmente vedado o exercício de atividade política. Mas não aos seus adeptos.
Contudo, aqueles têm o direito de cotejar as várias propostas de âmbito nacional na área do desporto com os seus próprios projetos e de, pelos meios legais, influenciar os promotores daqueles, mantendo informados os seus associados.
Quanto aos adeptos, podem e devem integrar a área desportiva no seu exercício de cidadania, de forma a perceberem quais as propostas que melhor garantem os direitos consignados constitucionalmente a todos os cidadãos, aplicados ao desporto.
Há, entre a classe política, uma espécie de nojo do mundo do futebol - exceto quando se trata de grandes celebrações -, atitude que, à mistura com uma certa promiscuidade de bastidores, tem contribuído para a degradação do desporto em Portugal, para o exacerbamento das rivalidades, para a emergência da violência e o abandono dos adeptos.
A classe política desistiu do futebol por considerar os adeptos uma espécie de subcidadãos indignos do seu empenho. Na verdade, quer a prática do desporto quer a fruição do espetáculo desportivo, fazem parte da vida, física e socialmente, saudável do ser humano e por isso, constituem um direito fundamental do Homem, vinculativo da ação das forças políticas.
Algo vai mal numa democracia quando se ouve um político de relevo - no caso, Rui Rio - aconselhar publicamente os seus congéneres a “não se meteram com o futebol”! Como se este fosse habitado por leprosos.
São episódios destes que definem a qualidade de um regime político e explicam o estado caótico do desporto em Portugal. Somos diferentes, ouço dizer por aí, aos adeptos do Benfica.
E não gosto. Não gosto, antes de mais porque parece significar que nós somos os bons e os outros os maus. E não é verdade; há maus entre nós e bons do outro lado.
Mas compreendo que se pretende aludir a limites comportamentais que nos recusamos a ultrapassar por ser essa a cultura do nosso clube. É certo que - pelo menos para mim -, o Benfica é sinónimo de arte, excelência, coragem e respeito pelos outros, valores que devem nortear o mundo benfiquista no dia-a-dia.
Mas é verdade que “somos diferentes” no sentido da militância;
por exemplo, do arrumador de carros ao magistrado, passando pelo agente das forças de segurança, pelo professor universitário, pelo político, pelo escritor, enfim, pelo profissional anónimo, os adeptos do Porto defendem, incondicionalmente, sistematicamente, o seu clube, cada um há sua maneira.
Nós somos diferentes de duas formas; em geral, temos um grau de militância comparativamente baixo, por outro lado concentramo-nos quase exclusivamente na crítica interna.
A nossa militância raramente vai além da refilice, do desabafo, do impropério; fazemos barulho inconsequentemente, apesar dalgumas iniciativas individuais mais afoitas, nunca efetuámos uma ação coletiva em defesa do nosso Benfica e, ou, dos seus Dirigentes.
O nosso Estádio foi alvo de sucessivas interdições - cinco ou sete? – ainda pendentes, nos processos judiciais em curso consta que o Ministério Público pede a suspensão do clube das competições desportivas entre 6 meses a 3 anos.
Isto demonstra que os inimigos do Benfica tudo têm feito para acabar com ele e têm sido secundados institucionalmente.
Devem ser levados a sério pois as instituições em causa têm poder para o efeito. Confiamos nelas e aguardamos, de braços cruzados, o desfecho dos processos, esperando que tais absurdos não cheguem a concretizar-se, por ocorrência dum acesso de bom senso em qualquer estádio do processo.
Não estou certo disso.
Não posso deixar de recordar que foi um juiz, ao que constou, dragão de ouro, que condenou Vale e Azevedo ao cúmulo jurídico de 17,5 anos de prisão - diz-se por aí que tem mais 10 anos para cumprir!
Um sério aviso à “nação benfiquista” do longo braço do rival do norte. Uma afirmação de poder institucional.
Recentemente, o assassino de um jovem adepto benfiquista foi condenado a 12 anos de prisão “por ofensas à integridade física agravadas por morte da vítima”! Em seis anos, ou menos, estará em liberdade condicional!
EliminarA Vale e Azevedo, perseguido como um animal raivoso, foi negado, desumanamente, esta prerrogativa geral, tendo cumprido toda a pena até ao último minuto!
De onde vem tanta raiva?
Se a filosofia penal moderna radica na reabilitação social do condenado, no caso do malogrado ex-Presidente do Benfica, a motivação é a vingança, o castigo, o desejo de fazer sofrer. É, acima de tudo, o Benfica que se pretende atingir.
Estou contra e acuso os fautores desta barbaridade.
Aldrabões muito piores, hoje mesmo, andam por aí a rir-se na cara dos representantes do povo na sequência de falcatruas muitíssimo mais avultadas, penalizadoras de todos os cidadãos honrados!
Alguns até foram agraciados com as mais altas condecorações da República! Que país este!
A não interdição dos estádios de Alvalade e do Dragão revela discricionariedade por parte da FPF, intenção de fazer mal ao Benfica - só os prejuízos de bilheteira situar-se-iam entre os 1,5 a 3,5 milhões de euros, acrescidos dos cerca de 500 mil euros de multas anuais; idênticos atos dos rivais foram “agraciados” com penas de multa marginais, ridículas.
Enquanto isso, os adeptos encarnados são implacavelmente esmifrados para ver o seu clube jogar, com a cumplicidade da LPFP! E, muitas vezes, impedidos de usar símbolos do clube e até de o apoiar de forma mais exuberante, como sucedeu recentemente em Braga!
E ninguém se escandaliza! Andam a gozar connosco.
Não tenho a menor dúvida de que, tivessem sido os rivais penalizados de igual forma, assistiríamos a vigílias à porta da FPF (Federação Portuguesa de Futebol e da LPFP (Liga Portuguesa de Futebol Profissional), manifestações, declarações públicas inflamadas de vários quadrantes na defesa das “vítimas”, e sabe-se lá que mais.
Nós aguardamos pacientemente que o sistema funcione apesar de sabermos que, ele, “o sistema” é contra o Benfica.
Temos gente qualificada entre nós, podemos, por exemplo, fazer um abaixo-assinado e, ou, uma petição para apresentar na FPF, na LPFP, até na Assembleia da República, denunciando as arbitrariedes praticadas sistematicamente, contra o clube do qual somos sócios, exigindo a demissão dos responsáveis implicados, fazer comunicados à imprensa, fazer manifestações pacíficas às portas da FPF e LPFP, etc..
Podíamos constituir um movimento cívico de apoio ao Sport Lisboa e Benfica. A nossa passividade é a força motriz dos inimigos do nosso clube.
Privilegiamos a crítica interna, muitas vezes irrefletidamente. Responsabilizamos os Dirigentes, em particular o Presidente, por tudo o que é negativo e exigimos-lhes, insensatamente, resposta a todas os casos e a superação de todas as adversidades, esquecendo, muitas vezes, que o seu êxito depende da qualidade do nosso apoio.
É certo que a crítica interna é, antes de mais, um recurso que um bom gestor não deve dispensar, apesar do inevitável desconforto que provoca. É dessa turbulência de ideias, mesmo as mais disparatadas, que surgem combinações donde brotam princípios de bons projetos.
Aliás é este o princípio da criação de sinergias, base da gestão moderna, que permite a ultrapassagem da decadência inerente aos ciclos naturais das instituições sujeitas à gestão tradicional. Crítica interna, sim, com ideias estruturadas ou amalucadas, sem dúvida, recusa do messianismo, sim, exigência máxima, sim, mas sem prejuízo do apoio institucional e da defesa externa do clube.
Muitos de nós, exercitamos a crítica interna como forma de fuga ao desconforto do confronto externo perante os detratores do nosso clube, havendo até casos, paradoxais, em que se chega ao ponto de elogiar sociopatas que fazem da disseminação do ódio ao Benfica o seu projeto de vida.
A dissidência interna não deve implicar ausência de solidariedade e, muito menos, implícita ou explicitamente, alinhar no jogo dos inimigos do Benfica. Por mim, não tenho dúvidas; rejeitando o messianismo, sem prejuízo do dever de dissidência, solidarizo-me com os órgãos do clube na defesa externa.
EliminarE, no âmbito político não perdoo; penalizarei nas urnas do voto os que prejudicam ou permitem que outros prejudiquem o meu clube.
Sei que não passo dum grão de areia, mas, como diz o poeta, também sei que: “l’areña es un puñadito…pero hay montañas de arenã!”
Peniche 15 de Maio de 2019
António Barreto
Voltando...soberbo Afonso de Melo. Não deixem de ler: http://oindefectivel.blogspot.com/2019/05/o-sumo-azedo-do-pontifice.html
ResponderEliminarmlm
Ó meus caros amigos benfiquistas, vamos lá ver se esclarecemos uma coisa. Eu sou do Porto, nascido e criado, mas benfiquista de coração devido ao meu pai e à sua maneira de ser nomeadamente com a corja.
ResponderEliminarPara quem não sabe, o velho Bufão controla quem quer e como quer dentro da cidade (de Valongo até Espinho vá lá). O Macaco e a sua escumalha são traficantes de droga e assassinos (p quem n sabe pesquisar "Noite Branca") e o resto é um bando de corruptos agarrados ao clube. Mas o mais interessante é a relação com a polícia(PSP principalmente) e em particular com a esquadra do Monte Aventino que fica mesmo ao lado do estádio do Cagao. Só para dar um exemplo,tenho um vizinho q faz TODOS os jogos no Cagao, n pq n há mais ninguém, mas pq os polícias são escolhidos a dedo (e ele é um dos preferidos-escusado será dizer q é um andrade doente). Para terem noção da corja q também são estes polícias, sempre q abre uma casa de putas (e na Fernão de Magalhães há bastantes daquelas casa q o chulo aluga e mete lá uma meia duzia delas a facturar) os PSP são logo os primeiros a aparecer.
A relação entre a PSP, o velho Bufão e o Macaco é muito mais do q corrupção. É crimes atrás de crimes, seja de tráfico ou violência de q a polícia está farta de saber, mas devido à subserviência perante esta escumalha ninguém faz nada. Para terminar quero só q tenham a noção de uma coisa: esta gente não é só criminosa no futebol. São verdadeiros gangsters a solta a quem ninguém deita a mão. E esse fdp desse macaco é muito pior do q as pessoas imaginam, no entanto, como têm a polícia na mão e um advogado poderosíssimo (Gil Moreira dos Santos-mafioso da pior espécie) ninguém faz ou diz nada pq quem tem cu tem medo pq estes gajos mandam mesmo na cidade e arredores. E por aqui me fico pq tinha mais p contar, mas acho q chega para ilustrar contra quem lutamos.
Um grande abraço de um Benfiquista do Porto.
Companheiro, o que este país precisa é de pessoas como você que denunciem essa podridão.
EliminarNão se coíba e fale!