A culpa é do boi!

O presidente do Vitória ficou assim, ressabiado e a raspar os cascos, desde que - refugiado atrás das tábuas dajantas - assistiu calado como um rato ao trabalho de Xistra e António Nobre, imaginado um boi a roubar-lhe os três pontos. Encontrou-o ontem, em Guimarães. Foi então o Rui Costa a expulsar o Tapsoba, logo aos quarenta segundos de jogo, deixando-o de cabeça inchada, calado como um rato, vendo a sua equipa terminar com nove jogadores, depois dos dois cartões amarelos mostrados a Davidson na mesma jogada; preferiu o dialogo com o árbitro em vez de, como ontem, se atirar de costas para cima dos defesas contrários à procura de um penalti. Insinuar que as tochas lançadas para o campo (as cadeiras e o fogo de artificio que os adeptos da casa arremessaram para o relvado também foram por ordem do Benfica?) tiveram a ver com a estratégia de jogo é tão reles que nem me apetece fazer piadas com o assunto.

O Rúben Dias é um tolo. Quando lhe aparecer, pela frente, um maduro a atirar-se para trás, em vez de se afastar para evitar a falta, deve espetar-lhe um pontapé na parte de trás da cabeça, sem querer. Se o fizer com um golpe de karaté tão perfeito como o que o Zé Luís aplicou na nuca de Nené, mandando-o para o hospital, vai ter a matilha matilha anti-Benfica não só a compreendê-lo como a aplaudir. Só precisa ser o primeiro maqueiro a chegar perto e a pedir-lhe desculpa. Encostar-se de propósito é que não. Faz doer imenso a cornadura!

Ivo Vieira, um dos homens mais competentes e correctos desta pocilga futeboleira, queixou-se que o Benfica escolheu perder algum tempo. Algum, é preciso reconhecer. Talvez que esse minuto ou dois a engonhar tenha acabado por lhe fazer tanta falta como os 37 dias (uma invasão de campo, dois golos ilegais, três ou quatro jogadores adormecidos e uma imensa filha da putice) que lhe roubaram os três pontos que tinha na algibeira antes de Vasco Santos (olha que menino!) dar por interrompido o Estoril-foculporto na Amoreira, em Fevereiro de 2018, para entregar em mãos o diploma de especialista das rachas ao eficiente injinheiro macaco.

Francisco traques é que não demorou muito tempo nas tábuas. Raspou os cascos e lançou-se desembestado ao ataque; «VAR estava a seguir o dérbi de Barcelona ou ficou encadeado com as tochas?» - guinchou o arguido insolvente director de comunicação do foculporto.

Nada disso, óh cabresto. O árbitro Rui Costa, do Porto, foi apenas levar fruta fresca a Carlos Xistra, Fábio VARíssimo e Vasco Santos que se encontravam a assistir aos jogos gravados do foculporto. Engasgou-se com uns dióspiros lançados por Carlos Xistra e António Nobre, aos quarenta segundos de jogo, ia tendo um enfarte com um caroço de abacaxi que lhe bateu em cheio no peito, arremessado por um braço do Rui Costa e a mão de Vasco Santos, directamente de Portimão, e sofreu como uma universsitária da Taverna do Infante ao levar com uma medalha de segundo classificado na marmita, oferta de Fábio VARíssimo, relembrando o Foculporto-Benfica da taça da liga.

Quem acabou por pegar, de caras, o boi do Jamor foi o valente treinador do Belenenses SAD. O sacana do bicho - desaparecido na mata desde que Pedro Ribeiro meteu nos entrefolhos a decência e a galhardia - em lugar de um soco na cara espetou-lhe sete ferros curtos (à moda do cavaleiro Amorim) na cobardia que lhe souberam que nem a ginjas! Vê-se que o moço ganhou o respeito da equipa! Só pode.