Champions League a dar de frosques...

Numa verdadeira onda de imbecilidade cognitiva/cultural, sempre que o Benfica tem um mau resultado desaguam aqui, no meu espaço, de espadas em riste a culpar-me pelos desaires. Se vos mostrasse a quantidade de verdadeiros "verdadeiros" que hoje, ufanos, encontrei na minha caixa de mensagens iriam perceber melhor a razão do verdadeiro nojo que nutro por esses personagens🤮🤮que apenas se sentem realizados quando as suas profecias catastróficas para o Benfica, no seu (deles) entendimento se realizam. 

Fui um dos 56 002 espectadores que, preferindo o estádio ao conforto do lar, saiu de casa com um temporal de meter medo, com a enxurrada a levantar as tampas de esgoto - habitat natural da canalha que me visita para me culpar das derrotas do campeão nacional - imbuído no espírito de sempre de, chova, faça frio ou brilhe o sol, sair de trás do teclado para apoiar incondicionalmente o Benfica. O papel que me cabe enquanto adepto privilegiado é esse, de apoiar incondicionalmente o meu clube. Há muitas formas de realização, umas sórdidas (que englobam os que batem pívias nas derrotas) outras não, cada um come as que quer. A minha é a de apoio incondicional ao meu Clube. Quem não o entender faça-me um favor, vá vomitar na porta ao lado onde não faltam punheteiros a sofrer do mesmo mal. 

No que interessa, o jogo, murro forte na nossa confiança, não há muito por onde fugir. Em linguagem que todos entendem, o Benfica não jogou nada. Numa partida em que Trubin (o guarda redes espanhol fez duas defesas de dificuldade similar) foi apenas uma vez posto à prova e, mesmo assim, nem se pode dizer que tenha feito algo de extraordinário, a verdade é que a equipa espanhola teve sempre o jogo controlado, muitas mais oportunidades de golo e mereceu sair de Lisboa com os três pontos na algibeira. Se eu já vi equipas a jogarem menos que o Benfica e a ganhar? Sim, muitas vezes com prejuízo próprio, assisti a momentos tão dolorosos como esses. 

Contudo, quando desde o minuto inicial se cometem tantos erros não provocados, com passes falhados a propósito de nada e se demonstra uma inexplicável desinspiração que só a espaços, nos mts finais, se conseguiram libertar João Neves, António Silva e Otamendi, há que reconhecer a superioridade do adversário que, mau grado a sua qualidade evidente, o mau jogo do Benfica fez parecer muito melhor, olhar para dentro e mudar o chip goleador que, nesta Champions, tem estado trancado sabe-se lá onde. Não é penas isso que está a falhar mas todos sabem o bem que faz marcar mesmo quando não se joga um peido, como ontem. Sábado lá estarei, no meu lugar habitual, disposto como sempre a fazer o que melhor sei. Apoiar incondicionalmente a minha equipa. E viva o Benfica, sempre.