Que semana boa para aprender com quem sabe da poda.

O cerco estava tão bem montado que apareceu no camarote 'Kuanto Kusta' uma personalidade que depois de sair de cena...nunca mais reentrara em cena. Uns só levaram para casa frustrações e um recuerdo de João Neves para emoldurar. A todos saiu-lhes um Tengstedt pela culatra. Tantas entrevistas sobre o trabalho de Rui Costa que se meteram na peida! Tantos ajustes de contas se enfiaram no recto. E nem têm conta as crónicas que se rasgaram, os posts metidos naquele sítio, as parangonas estragadas (a bolha, com a guerra no foculporto, demorou dois dias a encher a capa com o Gyokeres) e tantas, mas tantas, horas televisivas às voltas com a crise apocalíptica se perderam! Ficou mais agradecido ao Benfica o face rat Billas-Boas do que alguns mediáticos benfiquistas obrigados a guardar a artilharia para outra ocasião. Não fora a vitória - semiderrota a avaliar pelas conclusões dos especialistas - do Benfica e o foculporto estaria agora a navegar num mar de tranquilidade e não, em guerra fraticida, como até o rascord e o pasquim da fruta, onojo, reconhecem.

O destempero foi de tal ordem que, a coberto de uma azia indescritível, surgiram crónicas a apelar á xenofobia, como as do Serpa papa-croquetes em Abolha e de Bruno Prata no rascord, do mais rasca que vi publicadas até hoje. Perderam toda e qualquer compostura no afã de amesquinhar os profissionais do SLBenfica! Os treinadores são meros sacos de boxe e aos jogadores só lhes falta chamar lixo.

Nota-se a cada crítica, a cada palavra dos vendedores de banha da cobra - especialistas da especialidade - como a fantástica derrota dos sapos e a brilhante conferência de imprensa do Amorim lhes engrossou a cornadura. Há um "verdadeiro" acima da média que, só queria ver Darwin na equipa b a aprender a jogar à bola, que, na sua crónica de abolha, assume (pelo menos este assume) quanto lhe custou o aumentar da cornadura. Confessa/professa o amor assolapado por Saporim (os 10 desaires seguidos do Rúben em clássicos fascinam-no) e a intensão declarada de marrar (obrigado a rasgar a crónica previamente escrita) com o alemão que só a vitória do Benfica adiou.

Fui ouvir os golos do Benfica, na CMTV, e fiquei pasmo. O comentador benfiquista em vez de exultar o belo golo de João Neves escolheu o momento para se armar em juiz condenando o treinador que o meteu a fazer o corredor direito (não como defesa-direito como alarvemente sentenciou) como é do seu métier. Mais tarde vi outro benfiquista - preso a declarações de ejaculador precoce - ser comido vivo em directo por um troglodita foculportista vergastado pelo camião de azia que sentia. E quase foi obrigado a pedir desculpa pela vitória do Benfica! Fez-me pena mas apenas colheu aquilo que, levianamente, semeou. Muitos outros, na linha faca na liga, mas mais (muito mais) cautelosos, ainda foram a tempo de meterem os posts naquele sítio (de onde os tirarão tão logo surja o próximo empate) ando largas a uma alegria controlada que lhes dá o balanço que precisam até novas investidas. Ficar no meio da ponte, às vezes, dá resultado. Mas cuidado, o povo é sereno mas não dorme. E se cochilar podem contar comigo, doa a quem doer, para os relembrar. 

E porque uma mentira mil vezes contada não pode virar verdade desmascarei, até que me doam as falangetas, todas filhas da putice escritas e faladas para desvalorizar uma vitória que apenas pecou por escassa e - por mais que nos tenha sabido bem - demasiado tardia. Gonçalo Inácio no primeiro amarelo, aos 22 mts, fez o suficiente (Musa, no Bessa foi expulso por muito menos) para ir tomar banho mais cedo e bastava a arbitragem assinalar o penalti claro - tão claro que até o "tribunal" do Apito Dourado do pasquim da fruta o admitiu por unanimidade - consequência do pisão de Diomande (um craque a jogar com as mãos sem castigo) a Musa, logo aos 9 mts de jogo. 

E, se mesmo não assinalando esse (houve mais dois penaltis que dou de barato nestas contas) há um outro (aos 87 mts) descarado, por cotovelada  de Morita a Otamendi - nestes lances não se julgam intensões - que a crítica menos acéfala não teve dúvidas em reconhecer, que deixaria o Benfica com minutos suficientes (a julgar pelo que se viu mais tarde) para consumar a goleada. Só gente desqualificada, cega, surda e...muito burra, pode dizer que o campeão nacional não jogou o suficiente, contra 11 ou contra 10, para ganhar. Não teve oportunidades? dois golos concretizados, três bolas nos ferros (o lance de Di Maria, aos 40 mts, que desapareceu dos resumos, a ser golo, seria forçosamente validado pelo VAR), nenhum lance de dúvida a favorecer o Benfica, e, várias outras chances flagrantes são insuficientes para acamar o pito aos exigentes? Pois se a bitola de exigência para o Benfica é afirmar que o Di Maria não jogou um peido, quando o argentino campeão do Mundo chutou duas bolas que bateram no poste e na barra de Adán, participando decisivamente nas jogadas que deram origem aos golos do campeão nacional, então estamos conversados. Não pesco mesmo nada disto.

É como encher a bocarra com alarvidades como, Roger Schmidt não percebe nada do seu ofício, quando o treinador (campeão após 3 anos de seca absoluta, porra, ou já se esqueceram?) do Benfica segue o seu caminho com 3 vitórias (uma supertaça no bornal) e uma derrota frente ao boi do Jamor (nos últimos 4 clássicos/derbis leva 3 vitórias e 1 empate) mais dois empates e uma vitória frente ao campeão das conferências de imprensa. Sabendo nós - e como dolorosamente o sabemos - os anos/décadas que passamos a ver passar os navios. Anos/décadas em que três vitórias seguidas frente a sapos e clube da fruta nem os verdadeiros verdadeiros mais verdadeiros conseguirão retirar do fundo do baú! E fiquem lá com os fantásticos recordes do campeão das conferências de imprensa - 10 jogos sem ver o padeiro frente a Benfica a foculporto - que a mim, pelo menos enquanto pensar pela minha cabeça, prefiro os recordes negativos de Roger Schmidt, bem como o mau, horrível, intragável - como se viu no final de Domingo - futebol do Benfica.

Que semana boa para aprender com quem sabe da poda. Chavões como lutar até ao fim, raça, atitude competitiva, acreditar até ao último suspiro, antes quebrar do que torcer e ADN de campeão que, noutras paragens, tantas e tantas vezes foram enaltecidos pela MDCSDQT, afinal são fruto da sorte, de um mero acaso, de um bambúrruio - como afirma o australopithecus Bruno Pratas - ou por duas contingências do destino que, separadas por dois minutos, caíram do Céu em benefício de Roger Schmidt e do Benfica! Ora toma.