Especialismo da especialidade...

Porque não gosto me comam por lorpa e porque não permito que deitem as memórias que não lhes interessam ao lixo, eu recordo que, em Guimarães, a potência do Lumiar - com o melhor ponta de lança que se pode desejar e o treinador que os especialistas escolheram para endeusar - mesmo fazendo uma exibição extraordinária, daquelas a merecer uma taça de "vencedor de qualquer coisa" no museu das osgas, perdeu 3-2 frente ao Vitória com golos dos três Silvas, Tiago, André e Dani! Isto num relvado extraordinariamente bem tratado, propício ao melhor futebol do universo, ao contrário do 'aquaplaning' de domingo que originou mais um apocalipse do campeão nacional.

E de repente, à custa da borrasca de Guimarães, os especialistas da especialidade especializaram-se em catedráticos dos dilúvios e dos relvados empapados. Roger Schmidt que nasceu e fez toda a sua carreira de jogador na Alemanha, treinando em países onde não chove nada como a Alemanha, Áustria, China e Países Baixos antes de chegar ao Benfica, no entender desta chusma de notáveis especialistas é o único gajo que não percebe nada disto! O Benfica empatou em Guimarães por causa da falta do Arthur Cabral no 11 inicial? Foda-se! Estamos a falar do mesmo Arthur Cabral? Vou repetir a ver se não ensandeci: Acham mesmo que o Benfica empatou pela falta do Arthur Cabral no 11 inicial? E os sapos, com o estratosférico Gyokeres 90 minutos em campo e um treinador que conhece de cor e salteado todos os recantos do Afonso Henriques? Perdeu por causa do buraco do Ozónio ou foi o Roger a fazer a linha e a delinear a estratégia?

No foculporto percebe-se que lhe faz mais falta o macaco que o Taremi. Mesmo com esta condicionante, muito bem esteve o Ceição a descodificar as condições do relvado apostando em Evanílson ("ponta de lança às portas da selecção do Brasil") no 11 inicial. Liverpool Barcelona e Bayern, com olheiros em Arouca a avaliar as suas extraordinárias competências, já salivam com a possibilidade de o roubar ao foculporto antes do final da época. Na mesma linha de visão extraordinária esteve o melhor Diogo Costa em campo a parar os remates do Arouca apenas com o olhar. Além do melhor olhar da liga, o melhor olhar do melhor Diogo Costa em campo bate qualquer melhor olhar da Europa e arredores. Seguramente encantou ainda mais os grandes tubarões europeus que se acantonaram nas bancadas para o ver.

A rodinha da sorte do boneco está cada vez mais aprimorada. Quando eu olho para as exibições catastróficas do Benfica e vejo a eficácia da rodinha do boneco sou forçado a dar razão aos verdadeiros exigentes que tanto apreciam as competências do Sérgio. No mundo da frutaria é que está mais difícil convencê-los. Uma mão do arruaceiro Pepe dentro da área, de repente, passou a ser penalti e daí até à cabala entre Bilas-Boas (com o apoio do Benfica) e o treinador do Arouca (presente na candidatura do Bilas) que recusou fazer o triste papel de Basco Seabra e Paulo Sérgio, foi um instante. Não acreditam procurem nas redes sociais ligadas ao clube da fruta. Isto é tudo uma cabala para tramar Pinto da fruta. Ninguém tem dúvidas. Sem o macaco para defender o fugitivo de Vigo, quem salvará o foculporto?

Os sapos indignados (lembram-se?) com o Sporting de Braga por perder uma vez por 5-0 frente ao Benfica acham perfeitamente natural as três derrotas seguidas em que o mesmo Sp Braga encaixa 5 ameixas no alvalixo, frente à saparia! Não é linda a falta de memória?