Só faltou um penalti pró Gyokeres e um minutinho pró Quenda!

A malta não aprende. Ele é o futebol apresentado que não emprenha os especialistas da especialidade, ele são os flops comprados por atacado, ele são os avançados com dois tijolos nos pés, ele é o Otamendi que vai sair no inverno, ele é o António Silva que tem propostas de 25M€, ele é o Bah que está sempre lesionado, a espondilose que não larga o avô Renato, o Kaboré que não Fresneda e o treinador, terceira escolha de Rui Costa, após recusa dos treinadores desempregados. Mesmo assim, para contemplarem esta manta de retalhos, estiveram mais espectadores (56.094) a ver o Benfica 7-0 Estrela do que no resto dos estádios nacionais. Chegados de todos os lados, os adeptos, curiosos, talvez tenham corrido à luz para ver o reumatismo do Di Maria, o cansaço do Estrela e a ferrugem do Otamendi. 

Inspirado pela troca de campo com que o Bitó Bruno presenteou o Benfica na última jornada da liga, José Faria (natural de Matosinhos) terá dado ordens para o capitão seguir o exemplo que tanto resultado deu ao foculporto. Acertou em cheio como se viu. Ainda assim, endereço-lhe os parabéns por apresentar uma estratégia ambiciosa, optando por jogar o jogo pelo jogo, para não envergonhar a história do Estrela e os seus verdadeiros exigentes, como Bruno Lage e os seus jogadores (não) fizeram na terrível hecatombe (1-0) de Munique. 

Teve um pouco de tudo a festa da taça. Resmas de reumatismo, bicicletas livres das seringas W52-foculporto e alguns pedaços de bom futebol fruto do cansaço do Estrela da Amadora que se apresentou na Luz com a maior parte dos seus jogadores muito desgastados - este Estrela cansado pode ter sido o pior Amarante de sempre que o Benfica defrontou na Taça - pelas longas viagens e jogos a meio da semana ao serviço das diversas selecções. A picanha a dar com um pau ficou reservada para o fim. Só não acabou em beleza porque não houve um penalti pró Gyokeres e um minutinho pró Quenda. Pelo meu lado, que ponho a exigência acima de tudo, senti muito a falta dos habituais petardos mas devem ter rebentado nas patas dos especialistas da especialidade que, nas redações, já se preparavam para lançar outra vez o Arthur Cabral às feras. Foram duas picanhas, como podiam ser quatro ou cinco. Nenhuma de grande penalidade.

No estádio trocaram-se os aplausos a Arthur Cabral, pelo segundo remate certeiro, para se cantar os parabéns a Nené que no seu tempo muitas vezes foi severamente assobiado! A repetir com outros grandes vultos da história do Benfica. Com estes tributos - 10-0 ao Nacional da Madeira a homenagear Chalana e, 7-0 ao Estrela, parabenizando Nené - será uma pena que no próximo aniversário do grande Simões o Benfica não o possa consagrar com um 11-0 para o campeonato para não acentuar ainda mais a falta de competividade da liga.