Uma arbitragem permissiva - Miguel Nogueira, por possuir o pedigree de Carlos Xistra, Rosa Santos, Olegário Benquerença, está fadado para altos voos - à moda do Apito Dourado, permitiu aos caceteiros da casa fazer tudo o que lhes apeteceu. Pisar tendões de Aquiles (Lukebakio e Sudakov que o digam) era o alvo dos arruaceiros e as cotoveladas sem castigo completaram o prato do dia. Nogueira, natural de Braga, filiado em Lisboa (tática que não é nova mas sempre cola) não conseguiu fabricar o resultado mais esperado mas bem pode emoldurar o cartão vermelho que deixou no bolso recusando-se a exibi-lo (em várias oportunidades) a Varela (in)digno sucessor de outros arruaceiros do passado como burro Alves, Secretário, Paulinho Santos e comp. O cartão amarelo mostrado a Richard Ríos, olhando para as 'entradas' sem admoestação adequada dos arruaceiros da fruta, demonstra bem a massa que é feito o Miguel Bértolo de Braga.
Mourinho fez o que eu exaustivamente defendo e que os sucessivos Presidentes do Benfica, ao que parece, nunca irão compreender. No antro do crime organizado - até mais do que ganhar - é fundamental não perder. A mídia não gostou. E as capas da MDCSDQT mostram bem como os canetas de aluguer se irritaram com os empatas. Longe vão os tempos em que batiam pívias ao pragmatismo.
No alvalixo também houve sinfonia do apito. Cláudio Pereira, natural do Porto filiado na AF Aveiro (tática que não é nova mas sempre cola) foi o solista da orquestra que sustenta a saparia e mantém a harmonia. A aversão ao vermelho, dos jogos do Benfica, ficou bem patente ao perdoar um cartão da mesma cor e um penalti à saparia. Valeu uma moça de Braga que, ao contrario do Bruno Esteves, não passou o tempo todo na retrete. Já para lá dos 90 mts chamou o Claudinho a capítulo obrigando o sapo a assinalar o que tanto fez por evitar. Depois de vários penaltis perdoados (o do Jamor teria dado a taça ao Benfica) teve de ser uma mulher a mostrar a Hjulmand que (ainda) não vale tudo. A impunidade tem sido tanta que o dinamarquês joga dentro da área como se fosse o Bruce Lee. A Cláudia disse basta.
Potência do Lumiar em jogos de grau de dificuldade mais ou menos elevada: troféu perdido e derrota na supertaça frente a um Benfica, quase sem treinos, após 15 dias de férias. Derrota, 1-2 em casa, frente aos Fariolis do clube da fruta. Derrota em Nápoles 2-1. Empate 1-1 em casa com o Sp. Braga mesmo com o colinho do Cláudio. Nenhum, foculporto e sapos, conseguiu vencer o Benfica em crise.