Da autoria do companheiro e enorme benfiquista, José Albuquerque
AQUI: Contas? Vamos a elas ( Parte I )
Contas? Vamos a elas (parte II)!
Tal como prometido, aqui estou para abordar os assuntos que mais objeto foram dos comentários ao texto anterior e, ainda, para uma breve referência a algumas bacoradas que os anti Vieira têm tentado usar para menorizar os resultados económicos e financeiros da SAD, embora vá dar muito pouco espaço as estes últimos, até por respeito para com a decisão que esses tomaram, ao primar pela ausência nos comentários ao já referido texto anterior.
Transparência, ou falta dela,
Dizem-me que há Companheiros que‘acusam’ o CA da SAD de produzir R&C pouco transparentes, nomeadamente por não detalhar os valores de cada uma das aquisições e de todas as comissões decorrentes das transações com Atletas, dizem-me e eu … nem sei o que responder.
Por favor, sigam a minha insistente sugestão e leiam o R&C (são 80 páginas de densa informação), escrito com integral respeito pelas regras e Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS), nomeadamente a Norma IAS34 (Relato Financeiro Intercalar) e que termina com a competente validação pelo Auditor externo. Leiam e julguem por vocês próprios.
Na minha humilde opinião de profissional que já contribuiu para a execução de algumas centenas de R&C em mais de meia dúzia de ‘Bolsas’ deste mundo, considero os Nossos R&C absolutamente excelentes e muito, mas mesmo muito mais detalhados do que o mais detalhado que eu já produzi, facto que eu explico com a consciência que a SAD tem da exposição mediática (não profissional, entenda-se) que é dada a todos e cada um dos seus comunicados oficiais.
Um R&C destina-se a informar ‘o mercado’ e os pequenos Acionistas (os Acionistas de referência costumam receber informação mais detalhada) do decurso da Gestão naquele período. Ora eu pergunto: (1) mas o que é que interessa saber, com rigor ao cêntimo, quanto custou um certo Activo, ou (2) quais e por quanto (talvez com moradas e números de telefone) foram os que justificaram comissões nas Nossas transações de Atletas?
Em que medida é que esses detalhes podem influenciar a avaliação a fazer ás operações da Sociedade?
Trata-se de detalhes que não interessam para nada e a ninguém (exceto concorrentes) que não sejam os Auditores que, eles sim, devem verificar que, também nesses casos, vai sendo respeitada a legalidade e as normas de boa Gestão.
Acresce que andamos, quase todos e durante anos, a lamentar termos ‘paredes de vidro’ e ‘bufos’ que impediam que as Nossas operações fossem enquadradas por um secretismo eficiente, para termos, agora que esse objetivo foi conseguido (mais esse), Companheiros que se ‘queixam de falta de transparência’ … “il faut le faire”!
Quem tem o descaramento de alinhar este tipo de ‘acusação’ á SAD, antes de mais revela um profundo desconhecimento sobre Gestão, prova que não deve ter lido mais nenhum R&C em toda a vida (se é que chegaram a ler este) e, pior, revela uma atitude mesquinha e invejosa, de perfeito ‘fofoqueiro invejoso’ … no mínimo!
Infelizmente, ainda há pior: há os que promovem esta acusação e comparam o R&C da Nossa SAD com documentos semelhantes da sad do crac, uma sociedade internacionalmente reconhecida por, sistematicamente, tornar as transações dos seus atletas verdadeiros ‘espetáculos’ da fuga ao fisco, quase sempre envolvendo fundos em ‘off shore’ e comissões muito acima dos valores normais de mercado.
Eu tenho muita, muita dificuldade em compreender que quem assim procede seja meu Companheiro de Benfiquismo: mentir, omitir e confundir, sempre no intuito de denegrir a imagem do Clube, do Grupo, dos Nossos Órgãos Sociais e dos Administradores por eles escolhidos … não podem ser comportamentos Benfiquistas. Não podem!
Boa parte desse tipo de calúnias, também se tenta aproveitar e explorar, no pior sentido dos termos, dos eventuais valores de comissões pagos (concretamente á Gestifute), numa abordagem em muito semelhante á exploração do tema do sal á rio do Técnico ou da fortuna do Presidente.
Não cessam de me espantar, estes invejosos que só conseguem ser excelentes na perfídia e na mentira (que isto de trabalhar … cansa muito), pela forma como se preocupam com o que ganham aqueles que atingem o topo nas suas especialidades, preocupando-se ainda mais sempre que esses ‘excelentes’demonstram ter origens bem humildes e terem vencido sem a ajuda de privilégios.
Gente mesquinha, invejosa e incompetente!
Infelizmente e como tem sido provado á saciedade por vários escritos do Enorme Carlos Alberto (BENFILIADO), nos seus já famosos e hilários ‘telefonemas a xodona che eme be eme’, a dita CMVM deve considerar ‘transparentes’ todas aquelas transações do crac.
Infelizmente e como tem sido demonstrado pelo Enorme Guachos (GUACHOSVERMELHOS) em textos sucessivos de leitura obrigatória, estes Companheiros são como os do ‘bando dos petardos’ (a mim parecem-me piores), cujo Benfiquismo está na razão direta dos danos que infligem ao Clube, porque eles são “exigentes”, enquanto Nós somos “Benfiquinhas”.
Ola John, Benfica Stars Fundo (BSF) e financiamento.
Estamos a menos de 19 meses do fim do BSF e parece que as incompreensíveis preferências da UEFA vão determinar a sua não renovação/substituição.
Talvez por isso, ou porque a SAD e o Fundo não foram capazes de encontrar um valor pelo qual estivessem, ambas as partes, dispostas a partilhar o ‘passe’do Atleta, o que é um facto é que a SAD não encontrou no BSF o parceiro financiador da maioria das suas mais importantes aquisições desde setembro de 2009 (data de inicio do BSF), razão pela qual terá procurado uma alternativa (bem pior, na minha opinião) e, também neste caso, o R&C é de uma transparência meridiana, senão vejamos:
1 No trimestre anterior tinha informado que adquirira 100% do ‘passe’ do Atleta;
2 No final do segundo trimestre (primeiro semestre, ou seja neste R&C que estamos a comentar) informou que (1) detinha 50% do ‘passe’ do Atleta, mas (2) que mantinha a totalidade do valor contabilístico (e respetivas amortizações), porque o acordo de cedência dos restantes 50% não tinha representado uma ‘venda’.
Querem maior transparência?
Eu não sinto necessidade de mais nenhuma informação e interpreto estes dados tal qual eles são apresentados: foi encontrado um parceiro que aceitou emprestar algum dinheiro (não sei quanto, mas estou certo de que um estudo dos mapas permitia calculá-lo) numa operação que envolve a cedência temporária, a titulo de garantia, de 50% do passe do Atleta.
Parece-vos mal? Acham que há melhor alternativa? Então … para quando as sugestões?
Eu discordo em absoluto da posição do Sr., Platini, sobretudo quando ele argumenta que prefere “… que os lucros do futebol fiquem nos clubes de futebol…”. Quando o Benfica se financia junto da Banca, para onde julga o Sr. Platini que vão os lucros, pelo menos numa parte (cerca de 20ME por ano, no Nosso caso)?
Que a UEFA queira ver longe do futebol os especuladores (manhosos, na maioria) tipo “Kia Joorbachian”, tantos dos quais operando a partir de paraísos fiscais e com fundos de origem duvidosa, por isso mesmo capazes de envolvimentos em ações que condicionem a Verdade Desportiva, isso eu entendo e apoio, mas o BSF constitui o exato oposto disso: trata-se de um conjunto de investidores não especulativos (o prazo só não foi superior a 5 anos porque a CMVM não aceitou), reconhecidos e fiscalmente responsáveis, juntos num fundo administrado por uma entidade internacionalmente reconhecida.
Eu, com toda a sinceridade, não entendo que uma experiência tão correta (já copiada por tantos), cujos resultados se comprovaram benéficos para todas as partes envolvidas e que comprovou ter ‘pés para andar’, venha a ser afastada do catálogo de soluções de financiamento dos clubes em geral e do Benfica em particular.
Na minha humilde opinião, o BSF deveria ser alargado (a mais investidores igualmente credíveis), aumentado no valor e, sobretudo, no seu prazo, por forma a constituir-se como solução nos termos em que foi idealizado: como um ‘parceiro estruturante da SAD’.
A aparente erradicação, pela UEFA, deste tipo de instrumento financeiro, somada á longevidade da crise económica em Portugal, constituem as duas principais razões que me levam a advogar o que designei por “impulso aos Capitais Próprios”, como parte do processo de aumento dos Capitais Próprios da SAD que eu vou continuar a reclamar.
Continuando a falar de financiamento da SAD e desmentindo, objetivamente, tantas mentiras vomitadas pelos ‘petardeiros’ do costume, vou repetir que a próxima AG de Acionistas da SAD que, por certo, vai autorizar o CA a emitir empréstimos obrigacionistas e/ou operações de papel comercial até ao máximo de 80ME, não vai estar a caucionar o aumento do Passivo, pela simples razão (claramente expressa na Convocatória da AG) de que esses fundos se destinarão a operações de reestruturação do Passivo.
Ou seja e para que todos entendam bem, esses valores só podem ser usados para, pagando-os, substituir empréstimos anteriores, eventualmente mais onerosos em termos financeiros.
Que isto fique muito claro, já que ‘cambalachos’ são coisas que não fazem parte da vida da Benfica SAD, nunca fizeram e, estou certo, nunca farão!
A crise da osgalhada.
Com grande surpresa minha, provando que o BENFILIADO tinha razão para iniciar uma “campanha contra o perdão de divida”, não só fiquei a saber que o CA da Nossa SAD “está atento ao assunto”, como vários Companheiros me pediram opinião sobre se será possível o LOL de Portugal beneficiar de um qualquer tipo de benesse tipo Grécia.
Sem qualquer dúvida, não me parece que tal coisa seja possível, por mais que a ‘mascarassem’ demagogicamente e passo a explicar porquê:
1 Os credores principais são sociedades (Bancos, para ser claro) cuja gestão está sob constante e justificado escrutínio;
2 Nem com ‘perdão parcial’ ou ‘juros bonificados’ (e ‘bonificados’ por quem?) a osgalhada consegue lá ir, infelizmente; e
3 Apesar de suficientemente grande para provocar insolvência, o ‘buraco’ainda tem proporções muito modestas e não ‘obriga’ os credores a pedir a ajuda do Estado.
A situação da osgalhada, percebida numa rápida leitura do respetivo R&C, assume uma gravidade tal, que só existe uma solução (que me parece já ter sido anunciada por um dos candidatos): têm que ‘chegar’ com dinheiro (mas olhem que 30ME não chegam) e com a PJ!
Juntando sad e clubeco, alguém (Sócios, Beneméritos, etc.) vai ter de enterrar ali mais de 100ME e isto num cálculo grosseiro e otimista (estou a admitir que alguns empréstimos estejam garantidos por património pessoal de ex dirigentes). Caso este meu otimismo não se verifique correto, então 200ME não vão chegar!
Ora como eu não acredito que os adeptos da osgalhada sejam assim tao burros (chegou-se a um ponto em que, do ponto de vista da racionalidade económica, mais vale deixar o barco afundar e investir num barco novo), tenho afirmado que… o Sporting morreu!
Agora importa não escamotear que subsiste um problema, principalmente para os Administradores e Acionistas dos Bancos que aceitaram ‘sobre financiar’estes 2 últimos anos de uma gestão muito difícil de qualificar e que vão ser confrontados com perdas financeiras avultadas, com um WC muito, muito grande e uma ‘coisa’ lá para os lados de Alcochete.
Com a inapelável falência declarada e resolvida, a osgalhada, já sem sala de trofeus (vai ser tudo leiloado) para visitar com o Sr. Salvador, tentará fundar um novo clube e veremos se a FPF os vai autorizar a inscrever alguma equipa de futebol e, já agora, em que campeonato.
Entretanto, do lado dos Bancos envolvidos, vão rolar algumas cabeças (pode suceder que ‘pague o júlio pelo pescador’), talvez na razão inversa do desaparecimento do património dos que se ‘atravessaram’ com garantias pessoais. Finalmente, para esses 2 Bancos, os resultados de 2013 serão prova para os supersticiosos agravarem as manias e as cotações dos seus títulos sofrerão um mau período.
Para os que estiverem a pensar que eu sou um exagerado e que, certamente, os Sportinguistas (que ainda os há, eu sei) vão conseguir salvar aquele Clube histórico do qual o meu Pai era Adepto, eu sugiro que façam uma previsão sobre quantos treinadores ainda serão despedidos e quantas AG’s eleitorais ainda teremos de assistir até ao ‘dia do juízo’.
Quem tenta assemelhar este caso ao da divida soberana da Grécia, comete (muitos) erros injustificáveis. Este caso é semelhante ao de muitas Empresas que tiveram de ‘fechar as portas’ e viram executadas pelos Bancos as garantias dos empréstimos que não conseguiram pagar.
Quem tenta assemelhar este caso ao do Benfica da há uma década, ou ao crac de hoje, não faz nenhuma ideia da real situação da osgalhada.
Viva o Benfica!
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Escrito por: José Albuquerque.
É sempre na mesma vista mas eles fazem de conta que não usam pala.
ResponderEliminarMeu caro Albuquerque, na próxima afinfe-lhes na outra, pode ser que depois se assumem ceguetas de uma vez.
É um artigo fantástico sem qualquer dúvida, só possível de fazer por que sabe dessas coisas de contas.
ResponderEliminarEstá de parabéns o caro companheiro José Albuquerque.
Há quem não goste de levantar celeuma!
ResponderEliminarEu, pessoalmente não me importo mesmo não a procurando.
Mas verificar a reacção de alguns a este excelente texto, deixa-me agastado.
A que nível terá de se descer, para em comentário se atacar o que eu considero o blogue mais lúcido da blogosesfera?