“É difícil derrotar um Benfica forte e unido”

Ontem foi um dia em cheio para os taliban da internet, comunicação social adestrada, para a cofina e para todo o seu séquito do esgoto a céu aberto. Foi um fartote para o crime organizado, paineleiros aziados, especialistas da especialidade, azeiteiros e os seus malheiros, embaixadores do calor da noite e restante rafeirada do apito dourado. Começaram de véspera, com as motos da TBI e da CMTV a perseguir o autocarro do Benfica, desde o aeroporto até ao estádio, onde dos aguardados contestatários, apenas os esperavam um pequeno aglomerado de adestrados e salafrários. Saiu-lhes o tiro pela culatra. Ou falavam sozinhos ou só tinham pés-de-microfone para botar a boca no trombone!

Percebi que aquela não era a conferência de imprensa que o presidente Luís Filipe Vieira gostaria ter dado. Entendi das suas palavras que Rui Vitória esteve despedido, só não saindo por causa da toupeira dentro da estrutura que meteu a notícia a circular na CS. O bufo que terá tido a ousadia de ir dando a Paulto Futre, e à CMTV, os pormenores do andamento da reunião. A luz, que ele diz, que o iluminou durante a noite, eu acredito que terá sido o querer demonstrar a toda a gente que o Benfica continua a ser dirigido de dentro para fora. A ultima, mas não a menos importante, conclusão a que cheguei, foi que Luís Filipe Vieira, nesta sua decisão, está absolutamente sozinho. Como no passado esteve quando resolveu manter Jorge Jesus apesar do exercito de entendidos que o queriam exorcizar. No caso de Jorge Jesus eu entendi na altura que o presidente estava coberto de razão. No caso em apreço, a minha solidariedade mantém-se por todas as outras razões que lhe assistem. E que descubra o bufo e lhe dê um pontapé no traseiro tão logo lhe seja possível. 

O alvo de todos estes ataques, na minha opinião, não é nem nunca foi Rui Vitória, como no passado não era nem nunca chegou a ser Jorge Jesus. Rui Vitoria voltará a ser um grande treinador quando sair do Benfica como o labrego e inculto Jorge Jesus rapidamente se transfigurou em capa da revista Q tão logo assinou assinou pelos sapos. O alvo é, como sempre foi, Luís Filipe Vieira. Farão tudo o que for necessário para o fragilizar aos olhos dos sócios tentando evitar a todo o custo o continuado crescimento do poder económico do Benfica. 

Ou alguém tem a mais pequena dúvida que a esmagadora maioria dos que o criticaram pela decisão de manter Rui Vitória o criticariam ainda mais ferozmente se decidisse exactamente o contrário? Eu gosto de um presidente que não tenha medo de se assumir, concorde ou não com todas as suas opções. E é por isso que estarei sempre na primeira linha para lhe prestar toda a minha solidariedade. Se isso é ser Vieirista, então sim, Vieirista me confesso. De Rui Vitória e do quanto foi forçado a enfrentar, retive esta frase que me parece lapidar;
“É difícil derrotar um Benfica forte e unido”. Cabe a cada benfiquista, digo eu, perceber se vale a pena dividir para (ninguém) reinar!