Bando de ladrões

Odyseeas, Ferro, Gabriel, Grimaldo, Seferovic...5 toques e 14 segundos foram suficientes para deixar a bola no fundo da baliza do Cláudio Ramos, desataram um nó que parecia mais emaranhado que os cornos do rasteiro rui santos, evitaram o forrobodó que já se tinha instalado na merda de comunicação social que temos, e tiveram o condão de pôr a máfia futebolista a magicar numa maneira de invalidar golos do Benfica obtidos em tão pouco tempo. Foi a altura certa para eu matar as saudades de Samaris, quando o vi comemorar como um louco junto com todos os elementos do banco. Naquele abraço colectivo ficou a certeza que a máfia dos xistras, dos adoradores dos pintos, dos catões e afins, vai ter que redobrar os esforços para afastar o Benfica de um titulo que, a ser conseguido, será um dos mais importantes da história. Nunca, como esta época, se viu uma equipa tão roubada e vilipendiada em todos os jogos do campeonato!

No estádio fiquei com a impressão que o mundo podia perfeitamente acabar naquele momento, gritei de alivio (muito mais de raiva incontida) até ficar rouco, mal sabendo que ainda havia tempo para relembrar Bryan Ruiz, quando, Patrick, a um metro da baliza, rematou por cima, evocando esse momento tão feliz. Pelo meio, vimos Taarabt - que entrara para tapar o buraco aberto no meio campo com a saída de Samaris - mostrar classe e vontade para dar e vender, conquistar o terceiro anel, e, demonstrar (com aquele corte a meio campo) que a magia do terapeuta Seferovic é tão eficaz como a bruxaria do doutor milagres que curou o Marégua com injecções de baba de caracol e placenta de burro. Não fosse a receita do suíço e a esta hora o jogador do Tondela, que demorou menos que o golo do Benfica a curar as maleitas, ainda estaria a rebolar-se no chão. 

Benfica-foculporto da taça da liga. Eu sou de opinião que o presidente Vieira devia ter metido a equipa no autocarro no intervalo do jogo e rumar a Lisboa sem mais explicações. Chegar ao fim dos quarenta e cinco minutos a perder por 2-1 quando o que se passou em campo nos dizia que o resultado era de 2-0 a favor do Benfica, devia ser suficiente para acabar, ali mesmo, com as carreiras do Xistra e do Fábio VARissimo. A repercussão e o escândalo teriam sido suficientes, estou certo, para chamar até nós os olhos da imprensa internacional e afastar essa gentalha das decisões do futebol português. O VARríssimo descansou 15 dias e o Xistra ficou de molho até aparecer ontem na Luz a tempo de demonstrar toda a sua canalhice. A alegria de me ver livre do focinho deste biltre, quando largar o apito, só terá paralelo quando eu souber que o Jorge Sousa montou uma pastelaria no Porto, ao lado da doçaria do Artur Soares Dias. 

Hélder Malheiro é um traste que não larga as canelas do maior clube português. O VAR do Benfica-Belenenses, que não viu três mãos dentro da área da SAD sem clube, não duvidou em anular um golo ao Benfica por mão, num ressalto, de André Almeida. O penalti cometido sobre Samaris ter-lhe-á entrado pelo cu acima, saindo-lhe pela boca tão depressa que não demorou mais de 10 segundos a elucidar Xistra, que demorou menos tempo a decidir que não valia a pena perder um segundo a rever as imagens da falta. Este campeonato está ferido de morte. Ver futebol em Portugal é o mesmo que assistir a vários assaltos à mão armada. Três roubos descarados por semana, para ser mais exacto. Este sábado, aconteceram em Chaves, Braga e Lisboa, no estádio da Luz! É preciso estômago de aço para aguentar tanta merda de apito na boca!  Bando de ladrões. A máfia está de tal maneira instalada que eu só descansei hoje de manhã, após um sono cheio de inquietações, quando olhei para a classificação e percebi que o Malheiro e o Xistra não invalidaram o golo do Benfica, aproveitando a calada da noite!

Quando vemos a merda de comunicação social que temos, sem pudor, gastar quilolitros de lixívia a lavar as xistralhadas percebemos que não vão ficar por aqui. Eu sinto um asco sem limites por uma gentalha reles que ganha a vida a deturpar factos e a enganar os leitores.