Por vezes acerto, outras vezes …

                                                                                                                                                                 Por José Albuquerque

                           

… Esbardalho-me ao comprido, ahahah.

Lembram-se do meu último texto?

Aquele em que implorava à Nossa BTV para promover o cabal esclarecimento sobre o “Spin Off” da Catedral e da própria BTV da Nossa SAD para o Clube?

Pois é: eu estava em quase pânico pela campanha de desinformação que previa e, felizmente, isso teria dado demasiado trabalho aos anti, Taliban incluídos.

Ainda bem que, então, me enganei e que, agora, com o 37 no Museu, eles já perderam a oportunidade.

Mas e a propósito de previsões acertadas, quero regressar a um tema que julgo pertinente: as cotações da Nossa SAD.

Foi há anos que, enquanto os Taliban ainda agitavam a bandeira da “falência técnica” (não, não são ignaros … tratava-se de absoluta má fé), que comecei a escrever sobre a reconstituição dos Nossos Capitais Próprios e a alertar para os eventuais “espinhos” decorrentes de uma recuperação a ritmo “demasiado” rápido.

Por isso, sempre fui, sou e serei, um defensor militante dos investimentos estruturais, por considerar que as amortizações contabilísticas são o meu “custo preferido” (estou a pensar em investimentos reprodutivos, em infra estruturas desportivas, na internacionalização da Nossa Marca e na valorização de “Activos Incorpóreos”/Atletas, naturalmente), quando comparados com os que sublinham a falta de competitividade fiscal (salários) do país.

Por isso receei o surgimento de alguma eventual OPA hostil e continuo a receá-la.

Por isso aplaudi a avaliação rigorosa de várias alternativas de investimento constantes do Programa Eleitoral dos Nossos Corpos Sociais (CTF das modalidades, Benfica FM, abertura de mais lojas, Hotel Temático e, sobretudo, alargamento da Nossa “Fábrica”) e continuarei a aplaudir, contra todos os Taliban.

Por isso recomendei, com o máximo pudor, que os Companheiros aplicassem quaisquer “reservas suplementares” em acções da Nossa SAD (então cotadas a menos de 1€, contra os 2,75€ de hoje) e continuo a recomendar, no momento em que essas ações já têm de estar “grávidas” (quando é previsível que, porque a Situação Líquida da Sociedade ultrapassa o valor do seu Capital Social, se proceda à emissão de novas ações e correspondente atribuição aos titulares das anteriormente existentes).

Etecetera, etecetera, etecetera …

Estamos a pouco mais de um ano da Nossa próxima AG Eleitoral e eu, sinceramente, espero que as desejáveis listas alternativas não percam a oportunidade candente de discutir o Nosso futuro colectivo, resumindo-se a uma tão demagógica como falsa “competição” sobre “títulos europeus”, em vez de desafiarem, como deveriam, todos os Sócios (e os Adeptos) a equacionarem as diversas alternativas de investimento/crescimento do Glorioso.

Bem sei que, quando há um RGS que não fala de mais nada, até porque não tem nada mais para Nos dizer, o tema dos “títulos europeus” terá, impreterivelmente, lugar assegurado à mesa do debate, para mal dos Nossos pecados. E com um Presidente voluntarista como LFV, a coisa corre o risco de ultrapassar os limites do razoável.

Não sou, de todo, insensível ao papel que uma “bandeira” (nem de objectivo se pode falar) ambiciosa pode e deve ter no crescimento do Nosso Clube, mas entendo que a construção do Nosso futuro se fará, como tem sido feito, “degrau a degrau” e, tal como relativizo o Campeonato “Trapatoni”, também considero que ainda estamos longe de poder falar sobre a conquista da UEFA Champions League, especialmente quando vai estar em causa, essa sim concretamente, a Nossa participação efectiva no futuro “Campeonato Europeu de Clubes”.

Com tanto e de tão fundamental para discutirmos, planearmos e prosseguirmos, não Nos podemos distrair com a mais simplória “espuma dos dias”.

Viva o Benfica!