O futebol tem que saber expurgar-se!

Acreditemos. Apesar das terríveis ameaças que pairam sobre cada um de nós, o mundo - tal como o conhecemos - talvez nunca mais volte a ser o que era. Esta é uma soberana oportunidade de o mudarmos para melhor. Hoje já todos percebemos que muitos dos valores que professávamos estão, por esta altura da vida, absolutamente fora das necessidades, por mais importância que antes lhes déssemos. No meu feed notícias, embora muito menos, ainda passam alguns anúncios de Mercedes fantásticos e de maravilhosos Bentley's. Companheiros, é incrível a facilidade com que os ignoro! Quem não os trocaria por um cafézinho na esplanada ou um almoço de amigos? Reuniões familiares por video-conferência? Um topo de gama para ostentar? Nada substitui a saúde e o calor da amizade. Nada.

A importância que aprendemos a dar a um sem numero de pessoas e profissões, tantas e tantas vezes desprezadas pela classe politica, como o motorista do pesado que permite que continuemos a ter comida na mesa, o padeiro, o caixa do supermercado, o electricista, o homem do lixo, o médico, o enfermeiro e demais profissionais de saúde - a quem nunca conseguiremos agradecer tudo o que têm feito por nós - as forças de segurança (tantas vezes humilhadas na praça pública), professores, militares, bombeiros...nunca poderá ser esquecida! O maior erro da raça humana não são os atropelos à mãe natureza cometidos no passado. A maior calamidade não é o desprezo que muitas vezes, ainda que inadvertidamente, demonstramos pelos que tanto dependemos. O maior erro será se a humanidade não aproveitar este momento difícil para modificar o que urge alterar, corrigir o que fizemos de mal e salvar o muito que ainda há para salvar. 

Alguns acontecimentos positivos, como as águas transparentes dos canais de Veneza, onde os peixes, os cisnes e os patos voltaram a ter esperança de vida, a diminuição acentuada da poluição da China (e do mundo) e o ar geralmente menos poluído que, sem os programas ditos desportivos, se tem respirado nas diversas televisões portuguesas diz-nos que nada poderá ser igual depois da pandemia passar. Gentalha como o macaco madureira e o capanga catão têm de ser banidos do desporto nacional. Francisco traques, Mustfá, brunalgas e outros canalhas não podem ser as estrelas da merda de comunicação social desportiva que temos. A MDCSDQT (também a braços com a sua própria sobrevivência) que, ou arrepia rapidamente caminho, ou, num ápice, passará a merda de comunicação social desportiva que tínhamos. A MDCSDQue ainda temos a quem quase passou despercebida a doação de um milhão de euros para compra de equipamento médico de protecção que o maior clube português (SLB) doou ao Serviço Nacional de Saúde. A MDCSDQT que continua mais apostada em não perder pitada das compras e dos passeios fúteis da Georgina, nos intervalos da melhor quarentena do mundo.

Alguém tem saudades de Miguel Guedes, Manuel Serrão, Inácio, Rodolfo Reis, Rodrigo boquete, Paulo Baldaia, Manuel Fernandes, José Pina, Otávio Machado, Fernando linhas Mendes, Rui Gomes da Silva, Pedro Marques Lopes, Jorge Amaral, João Malheiro, Jorge Baptista, Rui Pedro Brás, David Borges, Ribeiro Cristóvão, Joaquim irrita, Nuno Encarnação, João Ferreira, Mariana Águas, Otávio gosma Lopes ou do rasteiro Rui Santos? O futebol tem que saber expurgar-se. Rui Rio e António Costa mostraram como se faz. É só aproveitar.