O futebol é o microcosmos da vida!

Luís Freitas Lobo. Estive a ler um trabalho (soberbo) do maior comentarista que a MDCSDQT cagou. Num artigo no pasquim da fruta, Luís Freitas bobo, faz das tripas coração para agradar à corrupção. Zangado com o mundo (Benfiquistão em linguagem de grunho) o rei dos memes online cresceu metro e meio só na quarentena. Desenganem-se caralhes. Vinte anos atrás já o lorpa fazia de borla o que o Benfica paga milhões para ter acesso a meras cópias dos tratados do mestre! Mas que raio terá mordido o Cristiano Rónalde do enredo?

Isso mesmo que estão a pensar. O Lobo ficou pior que uma bicha com uma entrevista de Pedro Ferreira, chefe do departamento de scouting do Benfica. Até chia! Andam por aí esses putos a pensar que descobriram a pólvora quando o autor de tratados literários como, «Foi o golo falhado mais bonito da Champios» ou «é preciso ter classe para falhar um golo assim» já em 1866 tinha um Nobel na estante por inventar a dinamite! Gajos (do Benfica) a "falar em "equipas-sombra" como uma ideia-elixir, quando esta já existe há quase duas décadas em qualquer clube médio com alguém (como o Luís Bobo) que pense dentro".

"Equipas-sombra" que agora aparecem "em escritórios de empresários hoje famosos (então a começar) em arquivos de recortes desse tempo", já o criador da «busca de espaço com o pé trocado» "as fazia antes do Wyscout ou do YouTube (neste «o onojo» e noutros jornais) com jogadores de todo o mundo". E tudo sem sair de casa assistindo aos jogos em "canais da parabólica, nos quais gastava fortunas". Nem o filho do Virgolino, apesar de passar as noites agarrado ao PFC, conseguiu caminhar tão rápido. Nem com o «pé mentiroso»!

«Jogador com cheiro a rua» ao comentarista que a MDCSDQT cagou, tudo isto (entrevista do chief-scout do Futebol Profissional do Benfica) o faz "ironicamente, sentir divertido e velho". Preso no emaranhado de uma "combinação confusa", confessa-se «capaz de morrer e depois ressuscitar» "como os tempos que vivemos, afinal". "Mourinho definiu na perfeição esta nova geração (do Benfica): a geração "copy-paste". Mas nem tudo está perdido! "Há, atenção, muita gente válida, mas, confesso, faz-me confusão ver a babilónia incaracterística em que se torna a cada época o onze/plantel do Sporting, ou como o FC Porto não consegue contratar um lateral-direito de excelência, e vai de Janko a João Pedro até Manafá". Além da bazófia o tratado linguístico; "babilónia incaracterística". Que mestre!

O Luís é uma fera. Um lobo, por assim dizer. Nasceu com o dom da palavra e da escrita e não há nada a fazer. Um vozeirão na televisão, mete num canto o doce guinchar do Manel José, dá água pela barba a Jesus na gramática e um farfalhudo bigode ao professor doutor Jorge Amaral (com quem partilha o porte aristocrata e a beleza congénita) se o assunto descambar para OPAS chumbadas, empréstimos obrigacionistas, e-mails truncados e deliberações jurídicas. Cheira (como o Fernando linhas Mendes) craques ainda nos tomates das tias e detecta talentos muito antes do reinventor do Falamengue os transformar em defesas esquerdos famosos...

Se o mestre fosse louça seria um bidé; do francisco. Traques só cheirosos como os do padrinho da costa. Se fosse um Titã seria o rui santos! Se nascesse avião voava para Marrocos. Se fosse um cantor só seria o Zé cabra. Na poesia um (João) Malheiro...no fado, a Katia Aveiro. Numa pauta seria a semifusa e na (rua) Madalena uma puta confusa. Mas com tusa. Um CR7 da comunicação, Gabriel Alves das novas oportunidades, Mário Centeno dos cifrões. Este homem é um mister! É o Globetrotter da chincha, o Saramago do ponto e virgula, o Houdini da defesa trancada, chave do trinco basculante e do ferrolho invertido. Visionário da escrita, criador da desdita; poeta. E pateta.

Para não me esticar ainda mais, retive apenas estes dois pedaços de prosa (versando sapos e clube da fruta) que, humildemente partilho, reveladores da sua veia artística e o pulsar escorreito de como aceita expor a sensibilidade, a delicadeza (o traseiro) e a alma!...

"Fábio Vieira, que jogador! Com o presente parado, é ideal projectar o futuro. Olho o mundo FC Porto, vejo a classe de condução construtiva de Vítor Ferreira, médio de "corte e cola sem tesoura", mas onde fico mesmo alucinado é quando, de qualquer lado, Fábio Vieira (clube ou selecção) olha para o jogo e depois trata a bola e o passe. No fundo, tudo junto, como trata o jogo. O seu, com olhos por todo o corpo e de longo alcance, e os da equipa, que se ilumina toda quando ele joga e faz jogar. Craque de futuro perfeito"...

"Joelson: Travessura. Olho para ele e vejo mais um protótipo da formação do Sporting, os extremos truculentos, muitos (como Joelson) com genes africanos, uns com visão de movimentos, outros de impulsos. Uns foram longe na carreira, outros não. Joelson tem o primeiro traço da travessura. Aos 17 anos, teria de começar assim. Para saltar para a primeira equipa, necessita do resto. Que é muito. Passar o jogo dos pés para a cabeça. Não adianta colocá-lo na Lua sem antes ter os pés a fintar e correr na terra, com critério". Lindo de morrer!

Humilde admirador da genialidade do Lobo, tentei - presunçosamente eu bem sei - compilar uma pequena resenha, centelhas do génio, das milhentas pérolas espalhadas pela net, transformando-as numa espécie de tributo à sapiência e clarividência do mestre. Deu nisto...

Porque «a defesa da Itália é uma parede de cimento táctica» «este golo é perfeito para guardar e emoldurar». «os adeptos sugaram a bola para dentro da baliza» e «Jorge Jesus quer que ele (Bruno César) ajude a defender e atacar, mas ele só está habituado a fazer uma coisa, que é a ajudar... e a atacar». «Deixou de ser um jogo já é uma aula». «Acima disto não há mais nada» mas com «o arbitro a descobrir uma falta subterrânea, daquelas que são cometidas debaixo da relva», «Nolito vai para cima dos defesas, Gaitan vai para cima dos espaços». «Muito bem agora o Alan John... Alan John, que jogava na direita, para enfiar na esquerda, porque é destro», «feito de transição entre linhas» quando «a ideia é a base de tudo» para criar «Uma casa tácita desabitada; a caixa negra do jogo, a nave espacial, outro mundo».

"Lucas é um jogador que bate à porta da selecção do Brasil, e até já a arrombou." «Feito bola, jogado sobre papel quadricular», Luís Freitas Bobo, «que corre caminhos», «que acaricia a bola» e «age como um bisturi cirúrgico»...«Que fechou a porta e deixou a chave de fora», sente «a qualidade no corpo todo», «capaz de morrer e depois ressuscitar», jura que «um anãozinho saiu da relva e com a cabeça desviou o remate do Ribery». «Que sente o cheiro do couro» porque «este é um jogo em forma de xanax», que apenas «Mangala, um arranha-céus em forma de jogador de futebol» pode captar. E porque o «James Rodríguez tem que jogar a número 10. É ali a casa dele, onde ele pode receber as pessoas e dar jantares aos amigos» apenas José «Mourinho com a sua imagem de marca, a barba de 1,2 dias» consegue entender que «neste jogo assiste-se a um fenómeno de multiplicação de Pepes» («Aqui já é mais do que um anãozinho... Já são dois») ou que o «Diego Milito fez um grande jogo apesar de não ter tocado na bola»...

«Muito bem Di Maria a falhar o passe», «a loucura com duas pernas» que «age como um bisturi cirúrgico» e lá começa «o Rio Ave a encher o meio campo de médios». «Vemos o circuito sanguíneo do ponta-de-lança» e, porque quem tem um «jogador com cheiro a rua» tem tudo, «abre-se um latifúndio» para se «ver a alma dos jogadores». «Muito bem agora o Alan John... Alan John, que jogava na direita, para enfiar na esquerda, porque é destro» e «a bola não percebeu o que o Iniesta quis fazer». «O futebol é o microcosmos da vida»