Direitos televisivos, o rolha, a liga de clubes e uma estátua a Rui Pinto.

Aproveitando a efeméride do prestigiado autogolo de Manaca - fama que Jorge Costa também podia reclamar como parte de um currículo injustamente apagado - e o momento de grandes movimentações patrióticas pelo bem estar dos clubes profissionais de futebol, comecei a alinhavar um programa eleitoral tentando ajudar na questão da centralização dos direitos televisivos que estão na mente de todos os que lutam por uma liga mais justa e mais equilibrada para todos. Uma liga onde potencias de enorme dimensão, como o sporting e o clube da fruta, possam liderar as negociações dos milhões televisivos, pugnando pelo fortalecimento do futebol indígena e pela verdade desportiva.

Sanear o brilhantinas parece um fim inevitável mas o mesmo não posso dizer do movimento a favor do lagarto Couceiro. Descendente de uma linhagem de fazer inveja ao aristocrata Brunalgas Miguel Azevedo Gaspar de Carvalho não creio que José Júlio de Carvalho Peyroteo Martins Couceiro, sobrinho-neto do quadruplo vencedor que acabou com a seca dos sapos cinquenta anos depois, ex-jogador e ex-presidente do Sindicato dos jogadores, ex-treinador do Alverca e da selecção Lituana, ex-novo José Mourinho, ex-treinador dos lagartos e do clube da fruta, ex-director geral, ex-administrador e múltiplo candidato a presidente dos sapos, ex-seleccionador sub-20 e sub-21 e actual director técnico nacional da federação do Rónalde onde exerce com o brilhantismo de sempre o cargo de supervisor das Selecções Nacionais da Formação e a coordenação dos responsáveis técnicos de cada associação distrital de futebol, José Peyroteo - Couceiro de sua graça, Martins de Carvalho de ascendência - não me parece possuir um currículo suficientemente sólido para garantir continuidade do legado do rolha. Está longe de reunir o pedigee necessário, anti-Benfica raivoso, para almejar tão elevada função.

Erguer uma estátua a Rui Pinto, recuperar Guilherme alguidar para o lugar do querido, manter a badalhoca Carneiro no cargo directora executiva, com poderes reforçados, restituindo-lhe a liberdade dos momentos de lazer no facebook a gozar com o Benfica é crucial para o futuro das competições. Mandar instalar o GPS da Rua da Madalena em todas as viaturas da liga, precavendo os inevitáveis problemas conjugais do árbitros, tem de ser desígnio nacional. É tão fundamental para recuperar a fluidez e a antiga imparcialidade da arbitragem como mudar rapidamente a sede da liga para o Calor da Noite e os congressos do futebol português para a Taverna do Infante. 

Reunir os clubes de emergência e entregar a gestão definitiva dos direitos televisivos à olivedesportos, de onde nunca deveriam ter saído. Adjudicar à CMTV a exclusividade dos furos jornalísticos e reactivar quanto antes o blog "mercado de Benfica" tornando-o no esgoto a céu aberto oficial da liga e o grande garante do equilíbrio e da verdade desportiva. Legitimar o frutacanal como televisão oficial dos e-mails truncados da liga, manter Juca Magalhães com o exclusivo das entrevistas estatais e francisco traques como acusador, juiz e carrasco das causas publicas. Internacionalizar o espaço kelvin. Como medida fulcral, tornar o museu da fruta visita obrigatória nos congressos da liga, única forma de combater a imparável onda do Benfiquistão e a evangelização benfiquista. Erguer uma estátua a Rui Pinto.

Nacionalizar as arcas frigoríficas do Reinaldo Teles. Transformar o bunker onde apenas francisco traques, pedro bragança e o fedelho faria tinham acesso aos e-mails roubados ao Benfica num salutar exemplo de cidadania e leal concorrência, fonte inspiradora da MDCSDQT, da CMVM, da hiena Gomes, do implacável Meirim e das futuras gerações de justiceiros da liga. Erguer outra estátua ao Rui Pinto.

Consultores oficiais: Tânia do arranjo nas demandas judiciais, otávio lopes na hidrofobia, Rogério Alves em etiquetas jurídicas, Rui Alves e Carlos Pereira na disseminação de pandemias. Rui Gomes da Silva para casos extremos de aguda diarreia verbal, Otávio machado no alcoolímetro, Fernando Mendes no controle das linhas e o prof. dr. Jorge Amaral como coordenador das especialidades dos especialistas. 

Contactar a ''foculporto média'', perita em sacar apoios estatais, mandatando-a para a obtenção de receitas que não ultrapassem € 23 270,27 visando tapar o buraco do patrocínio da liga provocado pelo abandono da NOS. Manter a Unilabs como parceira privilegiada da liga para o COVI-199 e elaborar um calendário para os próximos dez anos nos mesmos moldes dos últimos dez jogos. Exorcizar o boi e fechar definitivamente o Jamor. Final da Taça de Portugal disputada obrigatoriamente no campo do Coimbrões em alternativa ao estádio do Canelas 2010. Institucionalizar Fábio Silva como o melhor Bruno Fernandes em campo enquanto o Dumbo não regressar ao alvalixo. Colaborar nos estatutos de um grupo de adeptos legalizados, especializados em rachas e invasões de campo, de apoio às selecções nacionais, liderados pelo inginheiro macaco e pelo doutor manafá da casinha. Erguer uma estátua a Rui Pinto.

Com o mártir da pátria em patriótico retiro domiciliário nos calabouços da PJ, pagar mais 100 mil euros de indemnização a Andreia Couto (agora para regressar ao activo), ex-directora jurídica, directora executiva e presidente interina, despedida sem justa causa e alvo de uma queixa-crime por suspeitas de divulgação de documentação confidencial e acesso indevido à mesma. Não interessa o cargo desde que os contratos dos jogadores do Benfica comecem outra vez a chegar à MDCSDQT e ao mercado de Benfica, mantendo o circo a flamejar.

Sem mexer muito nos órgãos superiores da liga - para descanso da MDCSDQT, do PAN, do meio bilhete Marques Mendes e para acabar definitivamente com as preferências clubistas dos magistrados do Benfica - substituir o Juiz conselheiro do Supremo Tribunal Administrativo, Américo Joaquim Pires Esteves e nomear a impoluta hiena Gomes para o cargo de presidente do Conselho Jurisdicional. Na mesma onda de justiça mediática patrocinar o regresso de José Gomes Mendes, anterior presidente da AG que renunciou ao cargo para passar a integrar o actual Governo como Secretário de Estado do Planeamento. Erguer mais uma estátua a Rui Pinto