Carlos Azelha, porta-voz dos especialistas da especialidade.

Começam a ficar claras as expectativas geradas nesta pausa mundialista. Quando se disse que sapos e clube da fruta iriam aproveitar para encurtar distâncias no regresso, ninguém estava a brincar. Isto é que tem sido acelerar! O foculporto, depois de marcar dois golos ao Chaves em apenas quatro minutos, nos últimos três jogos marcou no primeiro minuto ao Vizela, facturou antes dos três ao Gil Vicente e aos 22 segundos já tinha carimbado o Arouca! Para não ficar atrás, o Sporting, com a preciosa ajuda (caputa de frango mais manhoso!) de Jordi - existem guarda-redes que parecem escolhidos a dedo - antes dos três minutos também já ganhava ao Paços de Ferreira! Anteriormente, com o Marítimo, marcou no primeiro minuto, e com o Braga aos quatro, aos sete e aos vinte (5-0 ao intervalo)! Tem sido um fartote!

O pasquim abolha, cada vez mais parecido com o onojo, escolheu o aselha Carlos Azenha para esmiuçar a actual e as futuras crise do Benfica. Azelha «treinador de futebol afastado, por opção, do jogo e da competição» abriu o manual dos especialistas da especialidade para nos explicar como vê o Benfica a depender muito do David Neres (este sim, o salvador do SL Benfica) e, claro, como não tem duvidas que o cansaço de Enzo, que já jogava cansado do River Plate, que chegou cansado ao Benfica, foi cansado para o Catar, jogou cansado no Catar e chega do Catar («vai ser importante perceber como vem do mundial») mais cansado que o William Carvalho que é cansado de nascença. Enzo Fernández, aliás, é daqueles jogadores capaz de transformar o fetiche do Fernando da Femacosa num vertiginoso formula 1! 

Garante o cientista que, depois do sucesso e dos títulos todos que ganhou no mundial, vai ser o diabo chamar à terra o Enzo Fernández. Pelo que me apercebo, seria muito melhor para o Benfica e para Roger Schmidt se o Enzo não fosse chamado ao mundial ou, estando lá, que tivesse o mesmo rendimento - “à prova de cansaço” - do Eustáquio. Nesta altura estaria o foculporto em crise, sem saber para onde se virar com propostas de venda de fazer perder a cabeça ao mais frutado, e o Benfica, tranquilíssimo da vida, sem qualquer tipo de pressão acrescida, pronto a agradar aos aselhas desta vida!

Adiante, que este especialista - «treinador de futebol afastado, por opção, do jogo e da competição» - regressou ao activo imparável! Alerta! O «Plantel do Benfica precisa ser repensado». «Existe um onze forte (sem o Neres é uma autentica desgraça como já se percebeu) mas não um banco à altura das necessidades», um clássico dos verdadeiros ''verdadeiros'' onde o especialista Azelha bebe, estou convicto, grande parte da sua sagacidade futeboleira. Garante o azelha Carlos que «o plantel não é assim tão equilibrado» - outro clássico que nunca falha em alturas de crise como a que vivemos - mas que «os resultados disfarçam»! Os resultados, esses malvados, que sem qualquer tipo de disfarces, mantêm os sapos a 9 pontos do Benfica e o clube da fruta a cinco, ambos com mais um jogo disputado! 

E é esta distância para os rivais - o S. Braga segue a nove com o mesmo numero de jogos - que, segundo o especialista Azelha, obrigará o Benfica a entrar sob pressão em Braga, ao contrario do Sporting local «que nada tem a perder» (excepto o segundo ou o terceiro lugar que dá acesso à Champions League)! Este jogo, ao Braga, segundo o catedrático de abolha, é que não podia surgir em melhor altura. Enfrentar a melhor equipa portuguesa, logo depois de enfardar 5 batatas dos sapos, diz que é o melhor que lhe podia acontecer! Ah, valente! A dieta destes gajos começa por comer merda às mãos cheias ao pequeno almoço! Só pode.

Outra coisa que o Azelha não está a conseguir lidar é com o numero de centrais do Benfica. Incomodado com a fartura, por ele, despachava o campeão do mundo Otamendi para aliviar a cornadura. Arguto como poucos (o manual dos especialistas da especialidade ajuda muito) o especialista também detectou que as maiores fragilidades do sistema de Roger Schmidt (que o Azelha tirou de letra) estão centradas nas «transições defensivas» que urge «trabalhar um pouco mais». Uma evidência se olharmos aos 7 golos sofridos pelo Benfica na liga, comparados com os 10 do foculporto, 12 do Braga e 15 dos sapos. E que ninguém pode esquecer que, ao contrario dos sapos e do clube da fruta, o Benfica ainda «tem um longo caminho a percorrer (a esperança dos especialistas é a ultima a morrer) e «não é por ter feito um trabalho bom (a tal chatice dos resultados a disfarçar...) no primeiro terço da época que tem de ser tudo bom». 

Carlos Azelha, porta-voz dos especialistas da especialidade.