sábado, 10 de dezembro de 2022

Vai ser uma selecção de top ou uma enorme 'regufada'?

Essa ideia de que contra Marrocos até com Rónalde dá para ganhar pode acabar com toda a gente a chorar. Com a entrada de Gonçalo Ramos para o onze inicial não foi apenas a selecção que ganhou uma vida nova. Muitos adeptos do futebol, que há muito se afastaram da coutada do Rónalde, regressaram esperançados numa nova realidade. Os indícios de um retrocesso, infelizmente, estão aí por todo o lado. O poderio da marca Ronaldo sobrepor-se-á, mais uma vez, aos interesses da selecção? Tirar Gonçalo Ramos será, aos olhos dos portugueses, visto como uma emporcalhada canalhice. Não saindo Ramos e com João Felix a jogar àquele nível, só vejo Bernardo Silva como o cordeiro a crucificar. Têm a palavra a Nike, os recordes do Rónalde e...o amigue Ricardo Regufe. Vai ser uma selecção de top ou uma enorme 'regufada'? Dica: se muito antes do jogo as manas azeiteiras forem filmadas nas bancadas aí estará a resposta antecipada.

O regresso dos empatas. A Croácia, o maior empata-fodas deste mundial, segue em frente à custa de um Brasil incomparavelmente superior. Castigo cruel para o génio de Neymar, justo correctivo para um Tite de tração atrás, treinador que lidera (lado a lado com Van Gaal) a lista dos selecionadores mais ridículos deste, apesar de tudo, competitivo mundial. É preciso estar muito zangado com o futebol para se conseguir transformar duas selecções onde talento (como só vejo em Portugal e na França) abunda às pazadas em duas equipas medrosas, amarradas a jogadores pés de chumbo. Val Gaal (treinador completamente ultrapassado) só deixa a Holanda respirar quando sai em contra-ataque. Depois do génio de Neymar desatar um jogo de empata-fodas, esquecido das danças onde participou contra uma equipa que se encontrava no chão, Tite enviou para dentro do campo todos os trincos e ferrolhos que ainda lhe restavam no banco! 

Não é por acaso que os treinadores portugueses têm tido tanto sucesso no campeonato brasileiro! A selecção do Brasil deu sempre a ideia de passar mais tempo no cabeleireiro e a preparar a dança do pombo (que só podia dar merda) do que a estudar o adversário. Tradicionalmente com laterais muito ofensivos (o único, com 39 anos, joga no México e não saiu do banco de suplentes) Tite apresentou um defesa esquerdo que não passa de um lateral direito de nível médio (Portugal tem dois - Dalot e Cancelo - incomparavelmente superiores) na Europa e, na direita, impôs um central adaptado (confrangedor a atacar) de reduzida qualidade! Qualquer equipa de top dos melhores campeonatos tem melhores laterais como segundas e terceiras opções. Com as asas cortadas o Brasil apresentou um futebol espartilhado, e a funcionar por secções, como nos tempos da Maria Cachucha. Os defesas só sabem defender, os médios raramente chegam à grande área (depois do golo de Neymar, com os trincos e os ferrolhos, quase não passaram do meio campo) e os avançados, todos bons de bola, só sabem atacar. Fernando Santos ao pé deste Tite empata-fodas tem laivos de Pepe Guardiola!

Argentina 2-2 Holanda. Apesar da altíssima competividade foi um jogo enfadonho na maior parte do tempo. Se lhes faltar tacho pós mundial, Van Gaal e Scaloni podem fazer carreira a publicitar marcas de soporíficos. Avie-me uma embalagem de Scaloni's para baixar a minha tusa. Dê-me duas caixas de Van Gaal que há duas noites que não durmo! Ainda valeu o génio de Messi mas muita sorte a da Argentina, e quem gosta de futebol bem jogado, o cartão amarelo que tira Acuña - jogador básico (corre para a frente até bater contra a parede) tão do agrado dos treinadores empata-fodas - do próximo jogo contra a Croácia. Scaloni é Scaloni e o seu curriculum fala por si. Não será tão tacanho (ninguém é, se excluirmos o boneco Ceição da equação) como o Simeone do Atlético de Madrid mas ninguém o pode acusar de não se esforçar muito para o tentar ultrapassar. Grandes exibições (não merecia ter falhado a grande penalidade) de Enzo Fernández - sobretudo quando largou o ferrolho para actuar no seu verdadeiro lugar - e de Otamendi, com 120 minutos sempre a bombar. Em Portugal dizem que o Enzo já nasceu cansado. No Catar joga como se se estivesse a estrear.

Capitães exemplares. Virgil van Dijk e Messi (borrifando-se para os holofotes) assumiram, cada um pela sua selecção, bater a primeira grande penalidade. Neymar, à imagem do Rónalde, focado no tamanho do umbigo, entendeu que era melhor mostrar o penteado branco só no fim. Como o filho da melhor Dolores do mundo - contra a Espanha no europeu 2012 - não chegou a bater o seu, que seria capa de jornais em todo o planeta. Por isso é que há uns que serão sempre adorados e os outros...que só pensam neles.

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