A chama não se apagou. Continua imensa a brilhar!

Têm sido dias difíceis para quem já não estava habituado a não ganhar. Nenhum benfiquista estava preparado para dois desaires consecutivos, paridos de duas exibições nada condizentes com o percurso quase 100% vitorioso até agora, no local tantos momentos bons temos vivido esta época. Pode custar muito, e custa com toda a certeza, mas garanto a todos que existem perdas na vida, como há bem pouco tempo experenciei, que custam mil milhões de vezes mais que um resultado adverso de uma eliminatória importante mas que apenas vai a meio. As expectativas de recuperarmos o titulo nacional mantêm-se intactas e eu diria que muito acima do que no arranque da época ousaríamos esperar por esta altura. Se em vez de perder com o clube das putas, reduzindo de 10 para 7 a vantagem pontual, o Benfica tivesse ganho o jogo passando de 4 para 7, estaríamos todos entusiasmados a pensar que o titulo estava mesmo ao virar da esquina. Pois é ali mesmo, ao virar da esquina, que o titulo se encontra. As visões catastróficas que ensombram a visão dos mais descrentes estão, necessariamente, demasiado empoladas pelo que de mal - e foi tudo, é verdade - desde sexta-feira nos aconteceu. 

Na mesma linha o jogo de ontem. As expectativas, ainda que tremendamente abaladas pelo último resultado, estavam, ainda assim e, como amargamente se comprovou, demasiado elevadas pelo empolamento de uma imprensa acéfala que, para agradar ao clube das putas, transformou o clube italiano numa espécie de chafarrica a cair aos bocados a quem o Benfica esmagaria com extrema facilidade. O inter ganhou como quis ao foculporto - os italianos cagam na posse da bola e sofrer nos últimos minutos a pressão do adversário em defesa do resultado é para o lado que melhor dormem - e venceu o Benfica num jogo de oportunidades repartidas que, a ser assinalado um penalti sobre Gonçalo Ramos, podia cair para qualquer lado. Mais do que defender bem, o Inter demonstrou, durante todo o jogo, a enorme capacidade do seu plantel. E foi na qualidade da posse de bola, ao contrario do que ouvi por aí, onde mais foi evidente.  

Periodicamente aparece-nos o traste reles da ordem a puxar-nos para baixo. O árbitro inglês teve 90 minutos (os 4 que concedeu de descontos gastou-os ele a observar o penalti que assinalou a João Mário) de decisões sistemáticas a favor do Inter. Não por gostar especialmente de italianos, como no parágrafo seguinte demonstrarei, mas porque me pareceu um daqueles jovens lobos, árbitros da serie Felix Brych, que a UEFA deita mão sempre que quer deixar alguém de fora. Palpita-me que o sonho dos Čeferins é garantir na final de Istambul um docinho (a sair de duas equipas italianas na meia-final) à medida da 15ª orelhuda do Real Madrid. 5 minutos depois do golo do Inter, Gonçalo Ramos foi atropelado na área de rigor. O inglês mandou seguir, o juiz de linha desse lado (sempre alinhado com os interesses dos italianos) andava às voltas com um cisco em cada olho e o VAR tinha saído para cagar. Regressou a tempo de ver um penalti de João Mário que poucos árbitros decentes, sobretudo depois do lance de Gonçalo Ramos, teriam o descaramento de marcar. 

Em Abril de 2018, este Michael Oliver que, quase que aposto, é parceiro de putas do Tiago Craveiro, depois da Juventus perder em casa 0-3 com o Real Madrid, com o resultado em 0-3 a seu favor em Madrid, assinalou aos 90+7 minutos um penalti a favor dos madrilenos que nem de perto nem de longe foi tão evidente como sofrido pelo avançado do Benfica. Cartão vermelho para Bufon por protestos, o filho da melhor Dolores do mundo não falhou e os italianos, furiosos, regressaram a Turim a chuchar no dedo no meio de grande confusão.

A chama não se apagou. Continua imensa a brilhar! No lugar dos alegres festivaleiros - e foram muitos os que festejaram ontem à noite - eu seria muito prudente antes de esgotar o stock de foguetes. Muita atenção que podem estourar-vos nas patas. Os que, mesmo assim, os lançaram para o ar, cuidado que daqui a uma semana podem perfeitamente cair-vos em cheio, em cima das alegres cornaduras. Até lá.