Mais três pontos pró Sporting!

Os escaparates dos pasquins desportivos mostram bem a massa de que são feitos. Na época passada, por esta altura, marravam com a falta de adversários à altura do Benfica para justificarem um percurso limpo, isento de maus resultados. Hoje, exultam de patriotismo bacoco com os feitos do filho da melhor Dolores do mundo que, sem um pinguinho de piedade, exterminou a Eslováquia, Liechtenstein, Luxemburgo, Islândia e Bósnia-Herzegovina! Só faltaram as Ilhas Faroé para o feito ser maior! Lembram-se de, nos últimos anos, o Benfica vencer, ou não perder, frente ao pior Barcelona da história, ao Liverpool de pacotilha, Ajax de trazer por casa, a mais horrível Juventus que há memória e o fraco PSG de Messi, Neymar, Bitinha e Mbappé? Comparem-nos com um Liechtenstein de primeiríssima qualidade, a melhor Eslováquia de sempre e um Luxemburgo de excelência. E juntem-lhes a mais formidável Islândia que o mundo já viu e uma Bósnia-Herzegovina como nunca ninguém viu para perceberem a diferença. Ainda por cima, no Benfica, são todos flops...

Ontem, excepcionalmente, e sem grandes opções pela frente, venci a repugnância pelo otávio de quinas ao peito, e resolvi ver o Rónalde frente aos fortes e espadaúdos islandeses. É de arrepiar! Homens respeitados, idolatrados por esse mundo fora, craques de nivel mundial, titulares nos principais clubes do mundo - geração de inacreditável de talento - continuam subjugados pela birras de um fedelho mimado!

Tanta jogada desperdiçada, tanto cruzamento esbanjado, tanto bom futebol estragado só porque um fedelho parvo, mesmo com quatro companheiros desmarcados, remata (para fora) sempre de qualquer lado. E quando, milagrosamente, ainda sai lhe um piço - apesar de não jogar um peido - da cartola, ocupa as capas dos jornais durante três quinze dias! Caputa de nojo! Só joga para ele e para os recordes da treta, pede a bola de segundo a segundo, faz birrinhas com os colegas a cada instante e passa o resto do tempo a barafustar com os árbitros e os adversários que se atrevem a contrariá-lo. Ai de quem não lhe estenda a passadeira! E, filha da putice suprema, quando um colega factura, no caso, Bruno Fernandes, a sua primeira reação é de imediato desagrado. Fica em campo os 90, ou mais, minutos que lhe apetece e já perto do fim, quando a bola lhe pesava toneladas, até um canto conseguiu estragar (tinha sido Bruno Fernandes a marcar todos até então) obrigando a equipa toda a correr atrás do contra-ataque ficando de cadeirinha a observar. Valeu que nas melhores jogadas da partida, onde não foi visto nem achado, a todos favoreceu com a sua ausência. Não me recordo de um empecilho tão grande na seleção desde que o Diego Sousa foi vendido para a China. Nas bancadas brilha a melhor Dolores do mundo (faltam-me notícias do Cristianinho a bater uns penaltis no fim do jogo). O azeite jorra a rodos. Triste pagode que só serve para abanar a cauda à comandita.

7 dias! Nem um a mais demorou a saparia para recuperar os três pontos, e a bazófia, depois de devidamente assoprados por Roger Schmidt, João Neves, Tengstedt & Comp. Já meio ressarcidos com o mega sucesso da gala «miados do gato», nada como uma vitória sublime e três pontos na algibeira, frente à Islândia do seu, deles, contentamento. Digam os invejosos o que disserem, os três pontos foram conquistados pelo Rónalde (que tinha recebido uma camisola dos sapos) foram ganhos no alvalixo, logo, são pertença dos sapos. Sapos, não fiquem incomodados se um senhor qualquer vos quiser convencer do contrário. Façam como aos quatro titalos Peyroteo do brunalgas. Perpectuem o momento, com uma fotografia do Maqueiro colado ao Rónalde, nos autocarros e nas paredes do estádio. 

Acabou tudo em festa e, pasme-se - nenhum sapo levou a mal a natural alegria dos vencedores! Saparia e MDCSDQT exultaram - só ao Benfica não lhe é permitido festejar porque ainda (e mesmo assim...) não ganhou nada - com a vitória do Rónalde, que já começara a facturar ainda antes do inicio da partida. A oferta de uma camisola (se fosse uma do Jonas amanhã tinha o CM e a judiciária à porta de casa) foi-lhe entregue por um senhor qualquer. A farra, reconheça-se, é que ficou bués incompleta sem «O mundo sabe» inicial e o «We are the Champions» final - junte-se-lhe a ausência da marcha de Maria José Valério ao intervalo - que deveria encerrar as festividades.