Noite de arromba estragada pela ausência de Taynan!

Veja-se a sapiência dos cientistas da bola e dos especialistas da especialidade. Andam há meses a afirmar que o Sp. Braga não faz pontos, ou não ganha, frente aos que eles denominam três grandes e vai-se a ver, dos três que eles denominam grandes, o único com quem o Sp. Braga não perdeu, e até ganhou - um empate e uma vitória - foi a potência do Lumiar que tanto tem maravilhado a MDCSDQT, barbearias, cabeleireiros e tascas, e o mundo inteiro e a galáxia de uma forma geral. Do resto sim, tem sido sempre a aviar. Duas derrotas com um Benfica sempre em crise e três pontos a voar frente ao clube da fruta. Consequência disso - e que bem soube ver o desespero dos cientistas da bola às voltas com um Sp. Braga encolhido para as suas (deles) expectativas - foi vê-los em palpos-de-aranha tentando encontrar uma explicação lógica para um adversário que esperou os sapos lá atrás em vez de avançar corajosamente no terreno, como fizeram o Estoril Praia, o Tondela, Chaves e Vizela. É verdade que com dois centralões, um de 40 anos e outro (de 32) habitualmente suplente, não foi difícil aos sapos criarem embaraços junto à baliza de Matheus. O pior, e isso é que deixou os catedráticos desesperados, é que o fenómeno Gyokeres, habituado às grandes avenidas, ficou meio baralhado/bloqueado com o tráfego. 

O ambiente fúnebre na SIC, na SPORTTV e na RTP e os velórios condoídos nos esgotos da CNN e do CMTV não deixaram margem para dúvidas. Pode parecer apenas um pormenor mas foi isso - robocop sem espaço é foda - a estragar uma noite de arromba! É que no resto foi perfeita! O Sporting do Lumiar esteve mais uma vez deslumbrante, o fenómeno Gyokeres, mesmo que não pareça, voltou a espantar o universo e desde que os sapos aniquilaram o Benfica, na catedral da Luz, que não se via uma superioridade tão grande! Foi o máximo!...

Muito bem a potência a esmagar o Sp. Braga. Bem Rúben Amorim na escolha do guarda-redes, a encantar nas conferencias de imprensa e a arrasar Roger Schmidt na escolha da tática, da estratégia e no timing das substituições. Bem o Gyokeres a oferecer o segundo título aos sapos (o primeiro dera-o na luz frente ao Benfica). Bem os adeptos sapolinos que já tinham comprado o ingresso para a final. Bem as trivelas do Puskas e do Pedro Gonçalves. Bem o Nuno Almeida a perdoar a expulsão a Quaresma aos 15 mts e o penalti claro de Matheus Reis aos 68. Bem o museu das osgas a substituir a taça da carica por quatro títulos de subbuteo. Bem o maqueiro Vagandas por outro motivo qualquer. Bem a MDCSDQT nas previsões da vitória antecipada dos sapos. E finalmente, muito bem os olheiros dos grandes tubarões da Europa que saíram de Leiria completamente convencidos do talento único do fenomenal Gyokeres! Só faltou a colaboração do Artur Jorge, mandando avançar as suas linhas, e o talentoso Taynan para roubar a bola a  Abel Ruiz evitando a vitória do Sp. Braga.

Pedro Moreira, treinador do Casa Pia, próximo a sentir a fome da potência, já sabe. Se quiser receber os favores dos cientistas da bola, dos especialistas da especialidade e da MDCSDQT, meta a sua equipa a jogar corajosamente, olhos nos olhos, adiantando a sua linha defensiva para perto da linha do meio campo, deixando nas costas as avenidas que o fenómeno se alimenta. Inspire-se nos treinadores do Tondela, Chaves, Estoril Praia e Arouca e nunca no do Sp. Braga que, como ontem se viu, só lhe pode trazer graves embaraços.

As bolas aos ferros, bem as bolas aos ferros...grandes penalidades claras à parte que o Soares Dias não assinalou contra os sapos e os dois golos que selaram a vitória do Benfica que (segundo as contas da MDCSDQT) também não contaram como oportunidades de golo, eu recordo os três remates aos ferros da baliza de Adán no mais recente Benfica 2-1 Sporting que passaram completamente ao lado das análises dos cientistas da bola. Remates aos postes só contam como oportunidades de golo se forem em prejuízo dos sapos?