Taça Marrecos!

A Taça de Portugal, oportunidade de uma vida onde os jogadores, as equipas e os treinadores de menor nomeada têm oportunidade de se mostrarem à imprensa, aos empresários, aos especialistas da especialidade, aos adeptos e ao país futebolistico - ai e tal que nas divisões inferiores há muita qualidade que merece ser olhada de outra forma - à luz de que visão vanguardista se podem enquadrar estas declarações do Marreco, treinador do Tondela. "Sabia que teria de alterar e dar minutos a muitos jogadores que têm tido poucos minutos. E a ideia era dar oportunidades a quem tem jogado menos, para toda a gente tentar ficar ao mesmo nível" (...) "o objetivo principal era chegar ao final do jogo, como chegámos, e poder dizer que ninguém se aleijou e que agora podemos preparar de forma normal o jogo com o AVS". E é isto! Num jogo a eliminar onde tudo pode acontecer, frente à potência do Lumiar, Marreco nem precisava dizer nada aos seus jogadores para os motivar. Em vez disso aproveitou para rodar os menos utilizados com o objectivo máximo de ninguém se aleijar! Terá sido por isto, finalizando o seu triste depoimento - "nós demos este jogo de bandeja" - que os seus jogadores lhe fizeram a vontade? E o que é mais estranho, ou talvez não, a MDCSDQT aceitar e não condenar liminarmente as declarações da bizarra personagem!

No Estoril não foram preciso os préstimos do macaco. O papel de injinheiro das rachas ficou bem entregue ao treinador da casa. Quem precisa do burrié quando basta esperar que o Vasco se abra? Inspirado nas poupanças do genial Marreco, Se-abra não lhe quis ficar atrás. Recordando que, na sexta-feira passada, no alvalixo, o treinador do Estoril apostara na defesa subida, encostada à linha de meio campo, contrariando as características do melhor Gyokeres da liga que, como é sabido, detesta espaço nas costas das defesas contrárias, Se-abra aproveitou a vista do clube da fruta para fazer descansar mais de meia equipa jogando bem aberto, a toda a largura do campo, dificultando ao máximo a vida dos avançados do foculporto que, como é sabido, só se dão bem com equipas bem fechadinhas lá atrás. 

Um génio, este rapaz. Fez descansar 7 titulares (chupa Tozé Marreco) falhando por um triz os recordes do ex-forcado Paulo Sérgio frente ao clube da fruta. Jogou mais aberto (viram a explicação dele com os dedinhos?) que a doce Carolina e a universitária Naundinha e o Mãogala (que coelho tirado da cartola!) é mesmo um craque do catano! Foi pena, tamanho estava a ser o seu acerto, que o rápido e concentrado central só tenha aguentado em campo até aos 67mts quando, neste momento de forma, só mesmo David Carmo é que o pode ofuscar. Para o duelo das 'meias' da Taça da Liga frente ao o Benfica, ficam guardadas a agressividade, poupanças nem vê-las e dois ou três autocarros estacionados à frente da baliza. O sorriso com que, no final, apareceu aos pés-de-microfone é um poema.

O fruteiro Artur Jorge, que nem uma lágrima verteu quando defrontou a potência do Lumiar e os 22,2 milhões (pode chegar aos 26) do melhor Gyokeres da liga e os 18 de Hjulmand (pode chegar aos 21), em vez de ficar feliz da vida com os falhanços de mercado do campeão nacional - Cabral (20M) é a chacota perdilecta dos especialistas e Marcos Leonardo (18M) tem apenas dois dias de treino após um mês sem jogar - sacou do guião de algibeira para se queixar dos milhões das contratações do Benfica. Um que não marca golos e outro que ainda não jogou um minuto. Esqueceu-se que no seu plantel tem um jogador de, pelo menos, menos 17,5M€, quantia que o Braga recusou do campeão nacional por Ricardo Horta. Dentro de dias vai defrontar o clube da fruta que mantém na equipa b dois centrais - David Carmo 20,28M e Roman Correia 11,5M - que custaram 31,78M€ ao foculporto. Não abrirá o bico. As poupanças, que lhe custaram dois pontos, fê-las no jogo anterior, no derbi minhoto, frente ao arqui-rival Vitória de Guimarães. Veremos frente ao foculporto...