quinta-feira, 24 de outubro de 2024

Fair play da treta

Não há muito a dizer sobre justiça da vitória do Feyenoord que nunca deu a sensação de estar em causa. O Benfica não jogou um traque, a estratégia foi uma lastima - uma primeira parte inteira com os centrais a chutar a bola lá para a frente, com o meio campo a ver os aviões, pareceu-me tudo menos estudar bem o adversário - e, a começar pelo capitão Otamendi, com uma exibição horrível, não se viu um fogacho individual que disfarçasse (também houve, obviamente, dois ou três momentos de azar) a medíocre exibição colectiva. 

Com o árbitro Umut Meler a cumprir na perfeição tudo o que eu esperava dele - não fora o VAR e o Benfica sairia deste jogo severamente castigado - foi relativamente fácil aos neerlandeses manter o Benfica manietado e controlado. Bastou ao treinador adversário observar o Pevidém-Benfica aplicando, com melhores interpretes, quase todos os pressupostos, inclusive os de arbitragem, que vingaram nesse jogo. Não se riram dos espectadores como os jogadores do Pevidém mas na manha e no antijogo permitido pelos árbitros andou pelos cinquenta cinquenta. O ridículo movimento do turco de meia tigela a correr desenfreadamente para ameaçar, ainda na primeira parte, um neerlandês pelo continuado gozo de queimar tempo valeu tanto como o cartão amarelo que nunca lhe saiu do bolso até ao fim do jogo. 

No final, sem minimamente questionar a justiça do resultado - tenho a certeza absoluta que com um VAR nacional a derrota seria muito, mas muito mais pesada - a minha estupefacção é mais no sentido de sair do estádio com a sensação que, se o treinador do Feyenoord passou a semana a estudar o Pevidém-Benfica, o nosso treinador parece ter passado os últimos dias a ver filmes de gatinhos com os seus jogadores e, em casa, só assistiu ao canal Panda. Chamem-me o que quiserem mas, perante uma equipa que, para além da eficácia e de ter dissecado muito bem as fragilidades do SLB, passou grande parte do jogo a queimar tempo, oferecer-lhe por duas vezes a bola - perante o meu e o desespero das bancadas - não é apenas ser anjinho. É não ter noção do respeito que é devido aos mais de 61 mil espectadores. O anti-jogo não pode ser brindado com o fair-play da treta. Ainda mais com claro e óbvio prejuízo do Benfica.  

Como não questiono as opções dos treinadores, presumo que a saída de Di Maria, aos 64 mts (mais 4 do que exigem os especialistas) tenha resultado em pleno e que a entrada de Schjelderup, aos 88, foi no vinte para dizimar o que restava do adversário. Kökçü, substituído aos 72 mts, a olhar pela sua cara de felicidade no banco de suplentes, deu ideia de pensar - "Agora posso dizer que adoro jogar futebol".

1 comentário:

  1. Qualquer derrota é uma desilusão para os benfiquistas. Havia a esperança de um grande resultado mas infelizmente não aconteceu.
    Concordo com o Guachos, o árbitro de ontem não é de confiança. O que fez o ano passado na Luz e ontem mostra bem o medriocre que é.
    Que a derrota de ontem seja uma grande lição para todos nós .

    Força BENFICA

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Se pertenceres aos adoradores do putedo e da corrupção não percas tempo...faz-te à vida malandro. Sapos e verdadeiros trauliteiros, o curral é na porta seguinte.