Cum Catamo!

Riram-se muito - tanto que até esgotaram o stock de balões, foguetes e serpentinas - com o mau resultado do SLB, à 4ª jornada, que lhes permitiu pôr o Benfica a ferro e fogo, esquecendo-se que não é qualquer um que vai a Moreira de Cónegos empatar com o Moreirense. Primeiro - no meio de uma série de quatro jogos sem ganhar - foi o clube da fruta, no mesmo local, a ser escorraçado da Taça. Ontem foi a potência mundial a apanhar o resto das canas, totalizando três partidas sem meter a mão ao prato. 

Inchados de soberba, ao colinho mesquinho da imprensa, os viscondes passaram a semana a fuçar nos putativos trilhões de penaltis não assinalados - só nos últimos 7 jogos a potência beneficiou de 6 - desligando-se da realidade e dos méritos do Santa Clara. Ajudados pela MDCSDQT, prepararam o Moreirense da forma lerda que redundou nos dois golos do Moreirense, o segundo que nem nos infantis é compreensível. O melhor  shisha do mundo é que não falha. Pode não jogar um traque e passar 90 minutos a candidatar-se ao prémio de melhor Taremi em campo, mas, a verdade é que, nos mesmos últimos 7 jogos da potência, Gyokeres marcou 5 golos de penalti aguçando o apetite dos grandes tubaralhos europeus que não largam as canelas do maqueiro. Maqueiro que, estranhamente, depois dos tacos cagados na apresentação do João Mandão, ainda não veio reclamar para si os méritos dos resultados. Mais estranho é a MDCSDQT não ter à mão o contacto de Varandas para o questionar, nem que seja para lhe dar os parabéns, pelo coelho da cartola que sacou. 

Os especialistas da especialidade esgadanham-se para tentar encontrar uma explicação! Foi outra vez o árbitro? Foi o Benfica (não é Rodrigo boquette?) que depois do Marcelo e do José Fontán também comprou o Catamo? Terá sido o mesmo cansaço que atrapalhou o foculporto? Quiçá os falhanços do Arthur Cabral? Foi o Moreirense que não colaborou, foi? Andaram nisto a noite toda. Depois da goleada ao Amarante, recordam-se? - «Marcus De Continuidade» «Leão Comilão» «Tudo Como Antes» - não está fácil ocultar os cabeções.  

Para disfarçar as cornaduras, os cientistas que, desde a primeira jornada, venderam a potência como a 8ª maravilha do mundo, fingem agora um entusiasmo do carrillo aplicando o chavão do «vamos ter um campeonato disputado a 3 (alguns juram que são 4) até ao fim». Eu, olhando para o que se passa à minha volta, não penso nada assim. Como acontece na esmagadora maioria dos campeonatos, haverá um aspirante ao titulo - a partir de Março ligado à máquina do «enquanto matematicamente for possível» - a fazer papel de observador, e dois pretendentes que vão entreter a MDCSDQT até perto do fim, sim, embora se perceba que um deles - o do «não atiramos a toalha ao chão» - pouco mais fará do que o papel (para vender papel) de corpo presente. Cum Catamo! Foi sempre assim desde que me lembro.