Que tal falar menos e resolver a questão da tendência para o disparate!

Quem não viu o Estrela-Benfica teve oportunidade de o 'rever' assistindo ao Benfica-Moreirense. Com a qualidade da fotocopiadora da Luz o Benfica fez questão de o mostrar na sua plenitude. Desde a tendência para o disparate, da marcha do marcador ao resultado final tudo foi igual. A única diferença foi Pavlidis que, ontem, como na Amadora, voltou a marcar dois golos sem a liga lhe roubar nenhum. Respaldado nos conselhos do Diogo das garagens nota-se que Bruno Lage está a conseguir passar a mensagem aos jogadores. Há cada vez mais candidatos ao prémio de melhor pateta do jogo. Depois de Bah, na meia hora que esteve em campo, passar a bola aos adversários em lançamentos da linha lateral quatro vezes de enfiada, foi uma disputa danada até ao fim para ver quem cometia o maior disparate. Apesar da excelência da concorrência, caberia a Carreras, que até estava bem no jogo, receber com distinção o prémio de melhor pateta do jogo.

Do outro lado também houve bons candidatos mas o Benfica recusou-se a aproveitar. Com o Estrela-Benfica na memória havia que não estragar a fotocópia. César Peixoto, um dos muitos borra-botas que já vestiram a camisola do Benfica, não conteve a verborreia/caganeira comum a este tipo de indigente. Contudo, para além do vendido Marcelo, que, apesar dos esforços, não conseguiu enviar Schjelderup para a enfermaria, teve um central de enorme categoria ao seu serviço. Bruno Costa, injinheiro da AF V.Castelo, exibiu-se ao mais alto nível na segunda parte. Concentrado em parar todas as chegadas perigosas do SLB à área do Moreirense, destacou-se num lance aos 79 minutos, placando Bruma, que apesar de sofrer falta, partia como uma flecha, isolado, em direcção à baliza do desamparado Kewin Silva. O ponto alto foi a cara de nojo com que regressou (4 minutos passados) de visionar o lance na área do Moreirense, obrigado pelo VAR a apontar para a marca de grande penalidade. Quando tens cara de fruteiro, fedes🤮a fruteiro e te comportas como um fruteiro, tens de ser fruteiro. E muito promissor. Com apenas 34 anos, Bruno Costa é bem capaz de fazer melhor carreira que o Marcelo a vender dióspiros. 

Não há muito mais a dizer. Com duas lesões graves em 2 minutos, as patetices do costume e o Bruno Costa no apito, tudo o que pode correr mal tem tudo para correr mal. Menos o resultado que é o que mais importa no final. E se com tantas condicionantes acabou por ser uma jornada positiva, o melhor só pode mesmo estar para vir. É verdade que o clube da fruta e a potência do Lumiar - como demonstrou o empate e, sobretudo, a excelência de Rui Borjão e Anselmi Amorim - com o mercado de inverno estão cada vez mais fortes, mas, resolvida a questão da tendência para o disparate, o SL Benfica tem tudo para fazer a vida negra aos Brunos José Costas desta liga.