
A montanha pariu um rato. Melhor, o galo não passou de um pintainho. Ainda melhor, a águia devorou o pequeno Adamastor que em casa havia empatado os potência do Lumiar e fecundado o gigante foculporto. Os catedráticos dos calendários arranjam sempre um Adamastor para complicar a vida ao Benfica. Ora é o Otamendi que está terrivelmente cansado - ontem dei por ele a tirar um bom cochilo tamanha foi a limpeza com que o Benfica passeou a sua superioridade em Barcelos - ora é a escassez de defesas centrais, ora são os adversários, sempre mais complicados que os dos sapos, que lhe vão aparecendo pela frente. Tenho para mim, e há muito que o digo, que as dificuldades dos adversários são como o tamanho dos melões dos especialistas da especialidade. Só depois de abertos saberemos se lá estão dentro um Fabio Veríssimo ou um VAR aberto numa torre de um estádio. A única vantagem dos calendários, mesmo os condicionados/manipulados como os da liga da farsa, é que, no fim, jogam todos contra todos. E no todos contra todos, os sapos encostaram em Barcelos, o clube da fruta levou 3 batatas para casa e o Otamendi fez um treino de recuperação mais ou menos animado.
Foi um Benfica desempoeirado, sem medo dos calendários condicionados/manipulados, dominando de fio a pavio o terrível adversário. Depois de um período verdadeiramente difícil (derrotas com sapos, Braga, Casa Pia) a máquina goleadora está agora muito bem afinada: 7 vitórias no últimos 7 jogos, chapa 3 em 6 deles. Eu, que dependo dos especialistas da especialidade para entender o fenómeno, ainda estou para perceber como é que uma equipa tão cheia de fragilidades consegue, mesmo assim, deixar para trás o clube da fruta e morder os calcanhares à potência. Pois, eu estou marreco de saber que a liga da farsa é tão fraca que até o Benfica de Bruno Lage é capaz de, aqui e ali, me enganar. Mas, cumcaralho, se é fraca para o Benfica não é fraca (vide os jogos de Barcelos) para os outros?
Bom, numa coisa nem eu nem ninguém pode criticar os catedráticos das contratações. Arrasada no mercado de janeiro, a política de contratações do Benfica a cada jornada que passa dá razão aos indignados verdadeiros e aos especialistas da especialidade. Sem rumo e à deriva - lembram-se verdadeiros verdadeiros? - Belotti, Bruma e Samuel Dahl confirmam-se como flops anunciados e nem Manu Silva, lesionado gravemente e o único que mais ou menos pouparam, escapou ao completo descalabro.
Esta época nunca a MDCSDQT tinha falado de penaltis. Bastou o Benfica ultrapassar os sapos - tem agora mais um que a potência marcado no ultimo minuto com o SLB a vencer 2-0 - para imediatamente começar a berraria. Dizem-me que o Manuel Queiroz lançou a lebre na canalhadas TV, ainda o jogo estava quente, e, imediatamente, toda a corja mediática correu a juntar-se ao fruteiro bisgarolho. Do que eu me lembro, o único penalti que, diretamente, resultou em pontos (1, em Moreira de Cónegos) para o Benfica, foi marcado por Marcos Leonardo (lembram-se?) na longínqua 4ª jornada. Roger Schmidt, saco de pancada da MDCSDQT, era pasto dos especialistas da especialidade e o treinador do Moreirense era o "Jet set" que ontem sentou a mediática seira no banco de suplentes do Gil Vicente.
Vejamos então, o trabalho do safardana (aqui até estou de acordo com o fruteiro bisgarolho) que permitiu ao Benfica ultrapassar os sapos em grande penalidades a favor. O penalti assinalado sobre Di Maria só foi possível por ter dado, injustificadamente, 6 minutos de desconto. Não daria mais de 3 se o Benfica estivesse a perder. Aos 43 minutos, com medo que a bola entrasse, assinalou falta a um remate de Bruma, decisão bizarra à luz de todas as regras futebolísticas. Perdoou o vermelho directo a Bamba (pontapé pelas costas a Amdouni sem nenhuma hipótese de jogar a bola) e deixou na algibeira um amarelo a Santi Garcia, falta grosseira sobre Amdouni, que mais tarde viu aquele que seria o segundo. Comparado com cartões (para não falar da arrogância) mostrados a Florentino, que nem falta fez, e a Aktürkoğlu, por um derrube igual a tantos outras sem castigo, mete nojo. A cereja em cima do bolo foi o livre directo de Di Maria, quando virou as costas de propósito para facilitar o avanço da barreira, forçado a rematar com os adversários a uns 6 metros de distância. Num lande idêntico minutos antes obrigara a barreira do Benfica a posicionar-se muitos para lá dos 9,15 cm regulamentares.