Sei que é chato lembrar o que se quer a todo custo fazer esquecer, sei que é chato ter memória, mas as coisas são como são, e não haverá 'boiola' que me faça desviar do caminho que pretendo seguir - mesmo que o 'boiola' tenha enfiados no sítio onde gostava de poder sentar-se sem dor, ramos de
silveiras, pequeninas - com espinhos...
As memórias, as minhas, que estão neste blog, não são trambiqueiras, não gostam hoje para odiar amanhã, não mudam de cor à medida das vitórias com que não contavam; não enganam - os textos nem sempre acertam, é certo, muitas vezes se equivocam - também é certo.
As convicções são como punhais - duras, acutilantes, sem cedências, sem quebras de personalidade, sem amuos, sem (meias) voltas de 180 graus...
Hoje, saiu-nos na roleta da UEFA o Fenerbahçe...
Apenas por curiosidade, foi este Fenerbahçe que eliminou a Lazio de Roma, que no sorteio anterior todos diziam ser um adversário a evitar pelo Benfica!
Lá está; as memórias - as memórias que tantos gostam de fingir não existirem...
Não tarda, lá teremos os de sempre, tentando menorizar o Fenerbahçe...
Desta feita, não se falará da classificação e jamais ouviremos falar no ''segundo classificado'' do campeonato turco, mas, a choradeira, as lesões nos jogadores que o Fenerbahçe poderia usar contra o Benfica, não fossem perseguidos pelo azar desde que foi conhecido o resultado do sorteio, não tarda nada farão parte do cardápio diário da imprensa desportiva...
Ontem falei da importância de Jesus, hoje quero falar da importância de alguns jogadores, desprezados por uma série de gente pequenina, que de rabo a dar a dar, tentam hoje, por todos os meios, apanhar o comboio dos títulos - recomenda-se calma, muita calma, que nada ainda está ganho...
Começo pela lateral esquerda, onde Melgarejo tem feito uma época fantástica!
Depois da tentativa de morte por antecipação, passou-se ao fuzilamento público que se seguiu ao primeiro jogo do campeonato!
Branqueando o golo limpo anulado a Cardozo que nos daria a vitória e os três pontos, foram milhares os justiceiros, que ainda hoje, marram, marram, mesmo que os números lhes entrem pelo olho dentro - aconselho vaselina, nos casos mais graves.
Depois, Matic - que não, que o moço jamais seria trinco - e marraram, marraram, até que hoje, 'esquecidos' e sem vergonha, embalados pelas longas pernas do sérvio, já só lhes falta ajoelhar...será?
As memórias, as 'caganças' de experts infalíveis, as ofensas, as calinadas, as burrices escritas e faladas, jazem, hoje, nos mais recônditos buracos...
A seguir, Enzo Perez - que não, que o rapaz era extremo, que jamais seria um oito, ainda menos teria capacidade física e mental para aguentar o lugar...só na cabeça de um teimoso - as famosas invenções do profeta!
Para mais, na Argentina é que estava bem e não passava de (mais) um fiasco de Vieira e Jesus - um negócio ruinoso!
Sálvio - para quê tantos extremos? tanto dinheiro deitado à rua, quando havia toneladas de grandes e magníficos jogadores capazes de dar conta do recado!
Gaitan - queeeeê? esse gajo que adormece a ver os treinos? que passa o tempo a coçar o cu durante os jogos? na equipa B, em Agosto, havia uns 59 gajos mais competentes...
Lima - o Salvador é que a sabe toda! comeu mais 4 milhões ao amigo Vieira quando tínhamos o Nelson Oliveira...
Que fiasco!
Há mais, muito mais, mas como o melhor ainda está para vir, é melhor correr a marcar lugar no avião para Amesterdão, não vão encontrar o dito cheio de ramos de
silvas, de silveiras, (pequeninas) entaladas, com espinhos...sem espinhas!
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Enviei uma mensagem aos meus queridos pais, que há muito partiram para um sítio melhor, um sítio sem petardos, sem petardeiros com as mãos sujas da tinta que usaram para conspurcar as paredes circundantes ao estádio da luz, as mesmas que usam para ajustar as palas que ostentam no focinho, pedindo-lhes ajuda para decifrar a «falta de educação congénita»
Mostrando-se compreensivos, mesmo que conhecedores do jumento que ousara ofendê-los, responderam-me que afinal, «vozes de burro não chegam ao Céu»!
Mas - insisti, temeroso que não tivessem entendido o zurrar do animal - e o congénito? - oh meu Deus, o congénito!
Congénito - responderam-me compreensivos e tolerantes - não é, seguramente, a "doença" que afecta o jumento petardeiro - o seu problema, localiza-se atrás, um pouco abaixo da cintura, no lugar que ele usaria para sentar-se, não fossem as dores pelo uso indevido - lamentavelmente, com reflexos no que pensa, no que diz - no que escreve...
Espantado com tanta sapiência - será congénita? fechei os olhos, e vi-o...o jumento - de pé, dorido, apertado, por trás, babando, olhando, o espelho, negro, cor da alma, ofendendo, mesquinho, desonesto - burro, com palas, com dores, muitas, atrás...