Abriu a caça a João Félix!

João Félix nasceu no país errado. Predestinado para o jogo da bola, o génio que o clube da fruta um dia rejeitou, veio ao mundo num país que, por muito que digam o contrario, detesta futebol. Nasceu num país em que que alargar o "assento" da Mayorga é visto como um acto de grande exaltação patriótica e que pagar 18,8 milhões de euros ao fisco espanhol para escapar à cadeia é considerado pelos especialistas do patrioteirismo bacoco com um fascinante e sublime feito heróico. Ronaldetes à parte, em Portugal a única coisa que os adeptos da bola gostam é dos seus clubes. O que a merda de comunicação social que temos gosta, é de clics, sangue e de vendas. Os paineleiros não gostam de merda nenhuma e aos especialistas da especialidade o que mais lhes dá gozo são os peidinhos do filho da melhor Dolores do Mundo (não raras vezes os ventinhos saídos da própria Dolores). Ponto final.

Dois anos atrás o Benfica dava a conhecer ao mundo um talento disputado pelos grandes clubes da bola. Campeão da Europa, arrasando as opiniões dos especialistas da especialidade que se tinham abespinhado contra a sua convocatória, acabaria contratado pelo gigante Bayern de Munique. Em Portugal, discutia-se o BI de Renato Sanches, o tamanho das rastas, uma falta (que abespinhou o mundo dos batráquios) no alvalixo e o seu desmesurado mamilo direito. Agora o país está em suspenso para conseguir travar o João Félix. Não há especialista em distribuir bordoada que não se tenha chegado à frente para explicar a melhor forma de pisar o miúdo. A última alimária a fazê-lo foi uma besta (Jorge Andrade) que aproveitou a antena da televisão do estado para, no meio de outros alarves, explicar o "modus operandi" do clube das putas, onde tirou o curso de caceteiro encartado. "Dava-lhe um pisão e não havia mais João Félix".  

O árbitro Luís Godinho ouviu e registou com agrado. Bruno Fernandes - que já é um dos maiores especialistas de arbitragem em Portugal (basta ver a forma escorreita como domina e controla as decisões dos árbitros) - e  Acuña, especialmente estes, também. Paulinho Santos, Fernando Couto e Jorge Costa já têm sucessores à altura. Se os pés (a cabeça, o tronco e os membros) de João Félix foram feitos para pisar, pois então que se pisem. A certeza que toda esta gentalha tem de poder fazer tudo o que quer chegou a um tal ponto de impunidade que já nem se dão ao trabalho de enviar os pesos pesados. O que lhes dava mais gozo eram as prestações de uma dúzia de larõezecos, como o Xistra, ou de larápios famosos como o Artur Soares Dias e o rolha Proença - para não referir os que trocaram o apito (como jorge encornado e Pedro Henriques) pelo teclado e o microfone, para continuar a destilar ódio em forma de avença...

Agora já nem é gozo, é gozinho  - em forma de Arturzinho e Godinho. Artur Soares Dias obteve nota máxima dos especialistas da especialidade pela execrável prestação que teve no (Domingo) alvalixo. Luís gozinho, que apareceu no estádio da Luz vestido de Godinho, terá roçado a perfeição, sobretudo na amostragem do cartão amarelo a João Félix (toma lá que é para aprenderes) e no penalti não assinalado a Coates, no penúltimo lance do jogo. Será que estes filhos da fruta, do Calor da Noite e da Taverna do Infante, pensam que nós também comemos na mesma gamela que eles? O asco que esta gentalha me provoca é tão grande que quase nem dá vontade de falar de futebol!

O comportamento dos batráquios, com Bruno Fernandes e Acuña à cabeça, é um decalque dos jogos do Benfica contra o clube da fruta! Pressão constante sobre o árbitro - em todas as suas decisões - caneladas, cotoveladas, rasteiras e pisões! Esta merda há muito que deixou de ser futebol. Este é o país do Calor da Noite, do Felipe vale-tudo, do Pepe carniceiro e do macaco justiceiro, que já foi inginheiro.

Belenencisação; observar o patético alívio dos sapos em não saírem da Luz goleados e registar o forrobodó das TVs em contraste com o clima de velório no rescaldo de Domingo passado. Aos benfiquistas soube-lhes a pouco. O mundo batráquio festejou como um louco.