A formação, o pasquim rascord e o Tiago Fruteiro

Enquanto não abre a caça ao processo e os tribunais ainda não fornecem matéria para lhe encher a gamela, o pasquim mais ordinário da merda de comunicação social desportiva que temos (MDCSDQT) entendeu encher a sua primeira página com mais uma presumível e desejada interdição do Estádio da Luz. À boa maneira do antigo presidente dos sapos - com quem o Bernardo Ribeiro trambicava os pequenos almoços que acabavam pela hora do lanche - o rascord revela o perigo de mais quatro jogos de castigo, tantos quantos os campeonatos do Peyroteo conquistados pelo brunalgas, a que o Benfica está sujeito. Basta, segundo o pasquim do Bernardo, que o justiceiro Meirim volte a acordar inspirado. Enquanto não conseguem obrigar o campeão nacional a fazer todos os seus jogos à porta fechada, quatro jogos de castigo aqui, quatro ali, e mais quatro acolá, que fechem logo o Estádio de vez e a merda do futebol português. 

Enquanto que o rascord prossegue a sua cruzada pela preservação dos batráquios, lemos no mesmo pasquim que o «director geral da FPF defende transmissão televisiva de um jogo por ronda da Liga NOS em sinal aberto. Tiago Craveiro considera "um erro" vedar o acesso televisivo aberto aos jogos de futebol». Primeiro quero parabenizar o director geral da federação por ousar aparecer em publico sem o cachecol e a camisola do clube da fruta. Futebol à borla nas TV's é daquelas ideias que agarra o povo e eu até me atrevo a sugerir o canal 11 da federação (em exclusivo) onde a transparência e independência dos apresentadores, convidados e comentadores são tão cristalinas como as motivações do Tiago Fruteiro ao criar o canal.

Mesmo que os cenários, e a cor clubística dos apresentadores, comentadores e dos convidados tenham como predominância o verde e o azul, desde o logo - verde a envolver os números azuis - parece-me uma medida genial do Tiago. Acho muito bem um jogo por ronda à borla para todos, com predominância (isso o fruteiro não disse) nos do estádio da Luz, mas só se o Meirim não conseguir interditá-lo para sempre. São os mais populares mas, e sobretudo (e isso o fruteiro não disse), porque não são transmitidos no fruta canal, perdão; na sportv - onde os comentadores (e as linhas de fora-de-jogo) padecem, como o Tiago Fruteiro, de um torcicolo azul de nascença!

E que tal pôr o VAR aberto e de borla para grande satisfação do povo da bola? As comunicações com os Xistras, os Veríssimos e os Soares a Dias desta vida, escaqueirados nas televisões, para que as pessoas entendam os motivos de tantas decisões estapafurdias?

Com o jeito que tem para a comédia, Tiago Fruteiro bem podia candidatar-se à presidência dos sapos. "Parte do nosso trabalho deve ser tornar o futebol acessível a todos. Desde o preço dos bilhetes até à sua transmissão televisiva". Leram bem. O director geral da federação afirma que "parte do nosso trabalho deve ser tornar o futebol acessível a todos. Desde o preço dos bilhetes até à sua transmissão televisiva". Desde o preço dos bilhetes - cedidos ao Benfica apenas 1614 - com os adeptos obrigados a pagar um mínimo de 35 euros e um máximo de 93 enquanto que os fruteiros dispuseram de meia casa com preços entre os 10 e os 30 euros. "Futebol acessível a todos".

A bolha e o onojo tiraram o dia para enaltecer os benefícios da aposta na formação. A reboque do Benfica, tesos que nem carapaus e sem pilin para comprar na loja dos trezentos, os velhos aliados do Altis estão ambos forçados pelas circunstâncias a fazer à pressão o que o Benfica demorou anos a investir e a planear. Vagandas mostrou-o no discurso recalcado de Luís Filipe Vieira. O jornal da fruta aproveitou a boleia para mostrar "o dragão mais azul do século" numa referência aos dióspiros espremidos do pomar do Olival. A bolha mostra as "Pontes para o futuro" do Leonel e os cinco craques prestes a desabrochar de Al Cacete. Querem ver que jogar com vários titulares portugueses no onze inicial vai voltar a ser motivo de grandes elogios nas paginas dos jornais desportivos?

Lesões milagrosas. Não foi apenas Pepe que ficou de fora da selecção do Rónalde. Marega também encontrou a sua "pequena mazela" que o impediu de viajar e jogar pela selecção do Mali. Um clássico que se repete, ano após ano, onde os futebolistas internacionais do clube da fruta são sujeitos a fortes indigestões que os impedem de dar o contributo às respectiva selecções...

Lagartedomegalocéfalo! Marcel Keizer; embora a bolha e o rascord tenham corrigido o erro dos sapos, a verdade é que no comunicado oficial à CMVM os cretinos do alvalixo voltaram a escrever mal (Keiser) o nome do treinador holandês.