Tinham-no como certo, carago!

«Será entre três a quatro equipas... mais a arbitragem» - Sérgio Conceição, ressabiado mas coberto de razão. Não serei eu, que sempre afirmei que os árbitros interferem (mesmo quando acertam, porque podem sempre fazer o contrario) na maioria dos jogos, a contradizer o boneco. No mínimo acaba de se candidatar a receber em mãos a medalha de mérito imposta pelo grande justiceiro Meirim. Ainda por cima, e aqui não podíamos estar mais de acordo, o treinador do clube da fruta também se mostrou aziado com o VAR (Luís Ferreira) por quem tenho a consideração do rasteiro rui santos, do injinheiro macaco ou do cheiro a sovaco. Gosto deste boneco. Apesar (ou talvez por isso mesmo) de o considerar demasiado básico e um dos piores treinadores da primeira liga, quiçá abaixo do pastor Silas, há dias em parece a minha alma gémea. E é preciso reconhecer que sem o VAR aberto a coisa não se dá. Tinham-no como certo, carago.

Caputa de desespero! Antes eram os padres para aqui, padres para ali - note-se que ontem até o rasteiro ruim santos, auto-denominado pai do VAR - a meias com uma caganeira do brunalgas - os procurou ressuscitar! Logo agora que tinham mudado a agulha, que saíram debaixo da batina dos sacerdotes e se tinham agarrado à braguilha do VAR! O VAR, note-se, que veio para os salvar! Bruno Lage continua a ser um sacana - ainda há pouco ouvi uma respeitável senhora de 62 anos ao telefone, no Benfica 10 Horas, referindo-se ao treinador do Benfica na projecção do próximo jogo com o Zenit; "se o Bruno Lage não inventar" - que não tem em consideração todos estes legítimos anseios, insistindo em ganhar jogos atrás de jogos no campeonato nacional, descredibilizando a força do portoaocolo e do VAR.

Apesar dos condicionalismos - é uma injustiça Fontelas Gomes não nomear Vasco Santos e Rui Oliveira para todos os jogos do foculporto e é um escândalo que o Soares Dias não possa ter um pé no alvalixo, a tomatada a refrescar no rio Tejo, e o outro a marcar penaltis no Jamor - esteve muito bem o boneco, até no intervalo do jogo! Insultou (parece que também bateu) no treinador adversário por não facilitar, fascinou o Joaquim irrita quando no final se atirou a Nuno Oliveira queixando-se do anti-jogo (formula com que obteve a maior vitória da época, na Luz) do Belenenses, encantou o David Borges quando rosnou aos ouvidos do árbitro, brilhou ainda mais quando marrou na qualidade do relvado e na falta de respeito do VAR, mas falhou redondamente por não se estar mais uma vez a cagar...

No resto, o Belenenses, como há cerca de um mês o Marítimo, explicou como é que se prepara uma equipa para emperrar o futebol básico e previsível do clube da fruta. Bloco baixo, jogar no erro do adversário, não fazer passes a isolar o Marega, cerrar os dentes e não recear borrar a cueca. Não tem nada de transcendente nem é preciso ir à China encher a veia de baba de caracol e placenta de burro.

PS; assim vai  a «SLB Vida selvagem» no tribunal do Monsanto. Audição feita por videoconferência no Tribunal do Montijo - «Murros no peito, tochas, garrafões e pontapés», "Maximiano relata cenário de horror e ameaças". Parece um (fado) poema do Miguel Braga.