quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

A exuberância do Cashball e o jogo que eu não vi.

Este homem ri de quê?

Uma maravilha, comparadas com as de ontem, cheias de azedume e dor de corno, as parangonas de hoje da imprensa desportiva! Como era de esperar, os sapos arrasaram no bom futebol e no resultado, ultrapassando o Santa Clara sem necessitar da "lotaria dos penaltis" que tanto beneficiara, de véspera, o Benfica. Num jogo fantástico em que o primeiro golo dos sapos foi uma Tonelada de Villanueva na própria baliza, o segundo, mais cativante para a MDCSDQT, acabou na baliza dos açorianos por força da nobreza do António, acompanhado à distancia pelo Ferrari Vermelho na cidadela do futebol, coutada em fatias iguais de Cashball e clube da fruta. 

Nobre, que no recente Estoril 2-3 foculporto anulou um golo limpo ao clube da linha (daria o 3-1 a poucos minutos do fim) por um sopro num cachaço, não viu (nem ele nem o eficaz Nuno Almeida) a dupla agressão (ver vídeo) de Matheus Reis a um jogador do Santa Clara. Não duvidou em assinalar - auxiliado pelo Ferrari Vermelho - a grande penalidade (a expulsão é um acto de cobardia ao nivel do trabalho asqueroso que fez na Amoreira) que selaria essa vitória retumbante dos sapos! Depois de atacado pela eficiente comunicação do Cashball, António Nobre pôde assim demonstrar a sua versatilidade arbitral. Dão-lhe uma missão e ele cumpre-a com nobreza e distinção.

Voltando ao Benfica-Boavista. Aquele penalti contra o Benfica que deu o empate ao Boavista jamais seria assinalado contra o Cashball e o clube da fruta. Morato, se tivesse a escola dos dois, assim que sentiu o toque na sua perna esquerda que o desviou da bola deixava-se cair no relvado (como um tonto insistiu em sair a jogar dentro da área) o árbitro apitava a falta correspondente e ninguém falava mais no assunto. Até nisso os nossos jogadores continuam a se uns meninos de coro!

Quanto ao massacre que dizem que o Benfica esteve sujeito pelo notável Boavista - num jogo que minha televisão não mostrou - a defesa mais difícil foi feita pelo guarda-redes do Boavista, nos últimos instantes da partida, num remate de Pizzi que daria a vitória ao Benfica. Na primeira parte teve o Benfica, além do golo, duas oportunidades flagrantes perdidas por Yaremchuk e Everton Cebolinha, ambas na cara do guarda-redes adversário. Acaso só passaram na minha televisão? Odisseas, pelo seu lado, parou dois remates de grau médio, algo que qualquer guarda-redes do Benfica tem, no mínimo, obrigação de parar. Se não defendesse aquelas bolas - um remate forte mas que saiu à figura e uma finalização de cabeça à entrada da sua grande área - que raio estava a fazer o grego na baliza do Benfica? 

Sobre as ausências do Boavista, tão propaladas pela MDCSDQT, para quem tem um plantel tão fraco como o do Benfica, se calhar, digo eu que não pesco nada disto, talvez não ficasse mal não esconder os impedimentos de Lucas Veríssimo, Otamendi, Rafa, Seferovic, Rodrigo Pinho e Darwin. Mas isso, que os verdadeiros verdadeiros tanto apregoam, que o plantel é uma bosta, não quer dizer nada. Joguem mas é à bola e caguem nos penaltis não assinalados. Somos o Benfica e a obrigação é a de ganhar sempre 15-0! 

Também acho graça aos remates enquadrados, cantos e outras abundancias da mesma estirpe que deram ao Boavista essa superioridade imaginária que eu não vi. Canso-me de ler e ouvir, em jogos onde o Benfica esbanjou (aí sim) bom futebol e oportunidades atrás de oportunidades, que o que conta é a bola dentro da baliza e que o resto é incompetência e ineficácia. Que o plantel é uma merda, o treinador uma anedota e na direcção só existem idiotas. No dia em que a sorte não escolheu ir cag@r, como se tornou hábito nos últimos quatro anos, aparecem todos os franco-atiradores dispostos a fazer (ainda) mais sangue. Jogos destes, fracos e sem ponta de brilho mas que acabam por proporcionar títulos e outras honrarias, tem-nos o Benfica (como todos os grandes clubes da Europa e do Mundo) às dezenas na sua longa e gloriosa história. Só num futebol como o nosso onde a Merda de Comunicação Social Desportiva Que Temos (MDCSDQT) vive à custa dos insucessos do Benfica é que se faz um drama disto.

A vitória dos sapos é muito mais fácil de explicar. Começou na grande visão estratégica do maqueiro Vagandas que, ao saber da lesão milagrosa do Ferrari do Benfica (Nuno Almeida já estava no papo) logo tratou de arregimentar o eficaz António Nobre (uma semana antes arrasado pela comunicação do clube) para as hostes anuras. Para quem se gabou de ter dois juízes-conselheiros do Supremo, um procurador da República, um juiz-desembargador na sua lista para fazer braço-de-ferro pelos sapos, quase passou despercebido.

Na preparação da partida, o mago Rúbem Amorim, sempre na brecha ao contrario de Nélson Veríssimo no Benfica, percebeu logo que o filão estava no central do Santa Clara que, com o acerto e eficácia que o Paulinho um dia gostaria de ter, do nada, tirou aquele coelho da cartola! Dispara Villanueva, dispara, gritou-lhe em pensamento o grande estratega leonino. E o bom do Villanueva, qual Tonel qual carapuça, disparou com o sucesso indesmentível que pudemos ver. O penalti e a expulsão que deu a Amorim essa vitória que teve tanto de retumbante como de brilhante, penso ninguém terá duvidas que foi fruto do falhanço das contratações do Benfica e dos falhanços do Seferovic, da sua enorme leitura de jogo, capacidade de liderança, sintaxe perfeita e da extraordinária capacidade de liderança; comunicador nato, dentro e fora do campo! Um prodígio que o Benfica, obviamente, não foi capaz de contratar.

PS: Odisseas, na minha opinião o melhor guarda-redes da liga Unilabs/Palhinha, é um futebolista de bom nivel e esteve muito bem nesse Benfica-Boavista. Uma coisa não invalida a outra.

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