O Macaco falou e o foculporto abanou!

Assim, como quem não quer a coisa, os sapos seguem com dois penaltis no bornal e o Benfica com, pelo menos dois, miseravelmente escamoteados pelos árbitros. Não é na pré-época que se ganham rotinas e melhoram os processos de jogo que sustentam as vitórias e os títulos? O Benfica deve pensar que ainda não é tempo de levantar muitas ondas. Por mim, não digo que valha a pena partir já a louça toda, mas reforçava de imediato as poupanças para lhes espetar com um louceiro novo nas trombas quanto antes.

O Macaco falou e o foculporto abanou. Pode não ter muito jeito com as palavras mas com a "lapiseira" nas unhacas não há como o injinheiro burrié para meter o mercado da fruta a ferver. O CM, espécie de caixa de ressonância do bicho, apanhou-lhe a peugada e, de pronto, anunciou o pedido de demissão do Ceição! Mas que não e que não. Mais rápidos que o Soares Dias a sancionar os mergulhos de Taremi os adoradores da fruta não deixaram margem para dúvidas. O fugitivo de Vigo e o desaparecido do Jamor tinham-se encontrado na Marisqueira de Matosinhos e ali mesmo, onde tantos árbitros já degustaram oferendas, tinham enterrado as diferenças. Poucas ou nenhumas como o passado recente, pejado de pequenos arrufos de namorados, comprovam. Poucos dias depois do peidoso acusar o comentador Mauro Xavier de consultar o telemóvel durante um programa televisivo, foi bonito ver o cartilheiro do foculporto, Aníbal Pinto, confessar em directo que recebia ordens em directo provenientes do 'télelé do injinheiro! 

Valeu, sobretudo, para se perceber como os lobos, esfaimados, andam assanhados entre si. Uns querem vender o Macaco ao desbarato, outros, desesperados, só querem segurar o Boneco. Há quem se queira ver livre dos dois e quem reconheça que, sem a pica do Boneco, não é com o viagra ambulante que lá vão. Esqueçam o pedido de demissão. Dali, de Contumil, ou sai corrido pelo Macaco, ou nem com um guindaste o retiram. Em Portugal ninguém está a vê-lo sair para o foculporto b do Algarve, ou regressar a um clube satélite, como o Guimarães, Estoril ou Paços de Ferreira. Em Braga já quis partir as trombas ao Salvador e, nos sapos, o Varandas - a quem deixou de manita estendida - palpita-me nem com coberto de framboesas o chupa. Países Árabes? Nem pó. Com aquele feitiozinho de arruaceiro levava com um obus pela rica peida acima em menos tempo do que o Macaco Madureira demorou a arrepender-se do óbvio.

E em que país do terceiro mundo vai encontrar as linhas enviesadas do VAR, o colinho do Fontelas, o portoaocolo da liga, as delegações da fruta espalhadas pelo campeonato, presidentes que antes do seu clube colocam o foculporto à cabeça, treinadores adversários de cócoras, jogadores contrários sistematicamente infelizes nos jogos com o seu clube, castigos cumpridos nas férias, pes-de-microfone cangados, pasquins prestimosos, jornalistas avençados, arbitragens condicionadas, forças policiais amordaçadas, CD e CJ temerosos?

Meio ano depois da batalha campal entre o foculporto e o Sporting, os justiceiros da bola decidiram interditar ajantas por dois jogos, condenando a fruta SAD em 25 mil euros por "arremesso de objeto sem reflexo no jogo", por "entrada e permanência de pessoas não autorizadas" e também por "inobservância qualificada de outros deveres". O coordenador de segurança da SAD do dióspiro vai pagar uma coima de 1.530 euros e o diretor de campo e o diretor de segurança, respetivamente, foram condenados a multas de 918 euros cada um. Os coletes azuis identificados como "elementos de apoio às ações promocionais da FC Porto SAD" (vá lá que não os equiparam a publico indevidamente no relvado) receberam 75 dias de suspensão e 3.060 euros de coima por "agressões".

Em jeito de comparação, o motorista de Rui Costa (no Benfica nem a águia escapa à sanha dos inquisidores) foi suspenso pelo CD, num processo disciplinar que lhe foi movido após a final da Taça da Liga, com o Sporting, por "lesão da honra e reputação e denúncia caluniosa. Foi-lhe ainda aplicada uma multa de 2.870 euros. Coordenador de segurança, diretor de campo e director de segurança do foculporto responsáveis pela batalha campal, 3.366 euros. Motorista de Rui costa por um desabafo de adepto, 2.870 euros. Ah, valentes!