Caraças! Mas que grande jogatana!

Não sei, não vi nem ouvi, mas acredito que os caça gambozinos do costume tenham feito de tudo para nos garantir que este Dínamo de Kiev é uma subespécie do Skenderbeu (3-0 à potencia do Lumiar) e do Krasnodar (2-3 em casa do clube da fruta) e que na melhor das hipóteses talvez esteja um degrau acima dos fraquíssimos Fulham (2-2 com o Liverpool no arranque da Premier League) ou o Newcastle (3-3 no confronto com o Manchester City) - escolhidos a dedo pelo Benfica para enganar os adeptos na pré-temporada! A música, seguramente, seria outra se em lugar dos pobres ucranianos se apresentasse na Luz o todo poderoso Fenerbahçe. Infelizmente, como diria o sapo Dani, os turcos caíram aos pés do debilitado Dínamo, gorando a oportunidade de pôr a MDCSDQT em êxtase, por um lado, e, por outro, criar desde já uma crise apocalíptica no maior clube português, guardada, no entanto, para o primeiro empate da época. 

Estive entre os 60 mil que se deslocaram à Luz e que não deram, seguramente, o seu tempo por mal-empregado! Já nem me lembro de quando saíamos do estádio assim, de coração cheio, depois de um jogo do Benfica! Podem embrulhar a coisa como quiserem, que os adversários são todos fracos, que nos favorecem com 2 penaltis por jogo ou que os cartões amarelos e os vermelhos não fazem parte do cardápio dos árbitros. Jogar aquele futebol da primeira parte não está ao alcance de uma equipa sem arte! Nas chuteiras mágicas de David Neres e Rafa, no cérebro privilegiado de Enzo Fernández (já vos disse o quanto eu adoro este miúdo?), no enorme coração de Florentino e Otamendi, na garra de Gilberto e no alegre flutuar de Grimaldo e João Mário, ainda houve lugar para Odisseas e Morato ultrapassarem com êxito algumas críticas sem nexo; Gonçalo Ramos não marcou mas levou, de caras, 15 pontos para casa. Todos os que entraram na segunda parte fizeram-no com a mesma alegria que se vivia nas bancadas! Caraças! Mas que grande jogatana!