Demasiados jogadores no estágio dá nisto!

O Benfica 4-1 Midtjylland trouxe ao de cima tudo o que de mal foi feito na Pré-Época do Benfica. A enorme quantidade de jogadores (passaram a 39 num ápice) que deixou o paquiderme da CNN Portugal a afogar-se no ranço só podia dar merda. Jogadores que quase não se falam entre si (muitos ainda não tiveram tempo para apertar o bacalhau) e os substituídos, raivosos com o treinador, a zarparem do estádio (sem respeito pelos colegas nem pelo clube) antes do jogo acabar. Fica o aviso ao selecionador: quando o Rónalde quiser abalar eles estão aí para o ajudar. O descalabro, que já se vira no King Power Stadium, com a debacle do Liverpool (3-1) frente ao M. City, esteve a um pequeno passo - em Inglaterra e na luz - de acontecer. Levar demasiados jogadores para estágio dá nisto. O Liverpool aviou três batatas no City. O Benfica espetou quatro pirocadas à José Manuel Freitas como quem limpa o cu a especialistas da especialidade! 

Outra calamidade foi a questão das contratações. É penoso ver Enzo Fernández a brilhar na Argentina e o Benfica aflito sem poder utilizar o craque que só chega (se a novela entretanto acabar) lá Dezembro de 2024. Foi um Deus nos acuda! Sem guarda-redes e sem laterais (deu para perceber que o Benfica fez muito bem em despachar Grimaldo quanto antes), até o clone do Rafa, que já deve ir a caminho Austrália - com uma ou duas chiquelinas à especialista da especialidade - pareceu ter crescido meio palmo! David Neres, a braços com a recuperação da lesão e o tempo perdido na Ucrânia, (e tanto que os especialistas avisaram para o perigo!) também não se pode esperar coisa boa. E aquele olho a olhar para a esquerda quando se sabe que vai cruzar com a direita não augura nada de bom para o Benfica. 

E pronto. Para os muitos que já choravam baba e ranho com as ultimas exibições do Cebolinha e do Pedrinho, no Brasil, valeu o galego Gonçalo Ramos que Roger Schmidt desencantou algures perdido no emaranhado de equívocos do antigo meio campo do Benfica! Mesmo sem os penaltis do Taremi e apesar de não jogar contra o Tondela - que faria um vistaço (é preciso reconhecer) na Champions - o ponta de lança do Benfica era gajo para, antes de ser emprestado ao Clube Fluvial do Burkina Faso, meter o João Manhoso e o Rui Dias a babarem-se com os mergulhos do moço nas piscinas do deserto.

Benfiquistas: cuidado com os festejos pela desmilinguida vitória e nada de embandeirar em arco, sob pena de entramos em depressão, por tudo o que de mau esta exibição deixou antever. Há que seguir à risca os conselhos dos comentaristas que tiverem todo o cuidado de nos alertar nas justas apreciações à partida. O Midtjylland (mija na escada na opinião dos especialistas da especialidade) não é nem pouco mais ou menos o Tondela, que trouxe à tona toda a classe extra do Taremi, ou o sequer o Recreativo da Cedofeita, capaz de cilindrar as feras Rua Escura e as catedráticas da Ferreira Cardoso, no Bonfim! Aquelas caras de enterro não enganam ninguém. As quatro batatas (que até podiam ser a dobrar sem favor) foram demasiado indigestas para não os deixarem com um notório esgar de dor. 

O Casa Pia-Benfica vai ser jogado no centro do país! Alguém deu autorização ao concerto dos Iron Maiden no Estádio Nacional, cagando de bem alto para a próxima visita do Benfica. A relva, que quase não existia desde que o boi foi deixado, por ali, a pastar, obviamente teria de ser substituída. Com o sol que se tem feito sentir em Lisboa os inteligentes da bola não tiveram duvidas que quinze dias chegavam e sobravam para o novo relvado pegar e assentar! Afinal não. E como não existem nos arredores da capital (Tapadinha, Restelo, alvalixo, Alverca, Vila Franca, Estoril, Cuf, Setúbal, Lourinhã, Torres Novas...) estádios em condições de receber um jogo do campeonato, a liga do rolha - há que acabar com esse centralismo de Lisboa - já deu o seu aval para Leiria. 

E foi assim que, finalmente, entendi a razão da liga da farsa atribuir um prémio à equipa que menos tempo 'queimar'! O jogo passou para 145 quilômetros de distância por causa da canícula que se faz sentir em Lisboa! Proença afiançou que - «Temos de criar um buzz (seja lá o que esta merda quer dizer) positivo» - resolvendo de uma penada todos os problemas do futebol tuga. Fez-me lembrar o Vitória Setúbal que, com o Bonfim interditado, escolheu ajantas para jogar contra o Benfica, corria o ano de 31 de Agosto de 1997. O treinador do Vitória (que tanto faladrou com o Benfica-Estoril no Algarve) era o Manuel (sapo) Fernandes, o Benfica perdeu 1-0 e o Paulo Costa (o irmão do Rui que ficou pelo menos mais um ano no activo) do Porto fez a costumada arbitragem à foculporto.

E como as memórias são como as...rolhas, recordo o árbitro Proença, anos mais tarde, em 2013, à procura de uma poça de água onde deixar cair a bola, deserto para provar (incrível a filha da putice deste individuo!) como ela não rolava. O jogo era entre o Setúbal e o foculporto e o adiamento foi sancionado quando a comitiva da fruta já se banqueteava no autocarro com a comidinha que, prévia e avisadamente, tinham trazido na bagagem! Não queriam queriam jogar porque não lhes dava jeito e como o injinheiro Macaco ainda não se especializara em meteorologia, avançou o rolha com o seu olho clinico à procura do charco.

Entretanto, já foram constituídos mais arguidos, Francisco Campos e Daniel Freitas, na operação ‘Prova Limpa’. Agora adivinhem quem representavam os dois moços antes de assinarem pela Efapel e pela Rádio Popular-Paredes-Boavista. Exactamente: a W52-foculporto! As doses seriam tão grandes que ainda hoje não desapareceram por completo! Se jogassem no lingua azul futebol clube, corriam até aos 40 anos cheios de atitude à foculporto! Como diz o ditado: coiTADo de quem não tem bons padrinhos!