Contra a corrente...

O povo da bola é um povo estranho! Levantou-se em peso para aplaudir emocionadamente Samaris passando ao estado (gasoso) de assobio logo após o golo de Guga, por sinal, também ex-jogador do Benfica! Eu, como tenho boa memória, não guardo no coração apenas as juras de amor e as palavras de circunstância. Arquivo tudo. Os amuos, os muitos erros posicionais que nos custaram demasiadas vitórias e pontos e, ainda mais, as ameaças de assinar pelo foculporto que resultaram em dois anos à sombra da bananeira a usufruir de um salário fabuloso sem nenhuma intensão de facilitar a vida ao Benfica. Os meus heróis, respeitando todos os que pensam de maneira diferente, são o António Silva e o Gonçalo Ramos, Enzo Fernández, João Mário, Musa…e todos os jogadores do plantel do Benfica.

Ia lá aplaudir um tipo que eu vira minutos antes começar a correr como se nada se tivesse passado depois de minutos de rebolar no relvado a pedir ao árbitro um cartão amarelo (pífio porque não acrescentou nada nem à sua equipa nem ao jogo) para Musa! Levantei-me sim, entusiasmado e agradecido, para ovacionar com fervor as grandes exibições de João Mário e do Gonçalo Ramos. Esses jogadores do Benfica que, estranhamente, não conseguiram chegar aos corações moles da esmagadora maioria do povo. Provavelmente devo estar a fica velho, demasiado tarde para conseguir entender como é que se pode no mesmo jogo aplaudir emocionadamente um adversário e pouco tempo depois já estar pronto a assobiar o Benfica logo após do golo de Guga, por sinal também ex-jogador do Benfica, e com queda para faturar contra o seu ex-clube!!!

O povo da bola tem sempre os seus ódios de estimação e os seus heróis de ocasião! Volátil, tanto odeia agora como ama no minuto seguinte! Faz parte. Sempre foi assim e assim sempre será! Mas é bom que se entenda. Não se pode pensar que o bom do Roger Schmidt é um grande treinador por meter o Benfica a jogar um futebol entusiasmante e, ao mesmo tempo, achar que o alemão não é um perfeito camelo ao optar por Petar Musa e Rodrigo Pinho (Draxler não perderá pela demora) só para citar alguns ódios de estimação, e em gestação, das bancadas! Será porque, afinal, não percebe nada do ofício ou fá-lo apenas para chatear os assobiadores encartados?

O povo da Merda De Comunicação Social Desportiva Que Temos também é um povo estranho. Não gastou uma linha, sequer uma palavra (país de bananas este que tudo permite a meia dúzia de corruptos!) com as falcatruas de milhões que lesaram o estado português, condenando o selecionador do Rónalde e o presidente da federação do Rónalde, obrigando-os às obvias demissões dos cargos, e ainda deu menos atenção às suspensões de vários anos dos ciclistas da W52 foculporto que, recorde-se, nunca foram apanhados por doping!!! 

A bolha caga-se muito nas (curvas) contas. Dos 56 176 espectadores (números oficiais) presentes na Luz, talvez para não ser de goleada, apontou para baixo, arredondando-os para "mais de 55 mil".  O rascord, outro exemplo de rigor informativo, apesar dos quatro golos do Benfica, diz hoje na sua primeira página que o SLB descansou a equipa e só faltou golear! Aqui chegados marcar quatro golos já não é golear! Na cabeça do Bernardete o resultado, contando para o Rio Ave o autogolo de Jhonatan, deve ter sido (3-3) um sofrido empate! 

Mais uma provação que este Benfica terá de ultrapassar. Uma sapa da CNN/TBI/Portugal decretou que teste a sério só quando o Benfica for a jogo sem Enzo Fernández de inicio. Roger Schmidt acatou e, não fosse o diabo tecê-las, só se atreveu a retirar o argentino na segunda parte. No rascord goleadas a favor do Benfica só as que obrigam o vintém Manuel Machadês a dormitar. Não digo que seja motivo para os indefectíveis do Samaris passarem a assobiar com idêntico fervor Petar Musa (Draxler está quase no ponto) mas com um jeitinho do Bernardo, estes três empates seguidos, já davam para o rascord ajudar a criar uma daquelas crises sem precedentes no Benfica.

Sapos e clube da fruta, com resultados dilatados de 2-1 e 2-0 a seu favor, mantiveram veia a goleadora que terá, sem lugar a qualquer dúvida, preenchido ainda mais a papada gorda do sapo Bernardete ressabiado. Nos Açores brilhou a grande altura boa fada de Adán. Depois do trambolhão de Marselha está quase tão bom como as costelas do Otávio. No Algarve cintilou a boa estrela que perpectua um ciclo de 21 vitórias em 21 jogos entre duas agremiações que se confundem. E como não há notícias de cuspidelas, insultos, batalha campal ou de bois tresmalhados, é de supor que o tempo útil de jogo tenha sido fascinante! Não está tudo bem quando tudo acaba bem?

Pode adquirir «A LIGA DA FARSA E (TODAS AS) OUTRAS HISTÓRIAS DO FUTEBOL PORTUGUÊS» em - https://www.ligadafarsa.pt/

Todas as questões sobre o livro em;

guachosvermelhos.livro@gmail.com