Estranha-se mas entranha-se. Habituem-se!

«O Benfica já nos tinha marcado assim, um «chouriço», e voltou a apontar novamente». Foi assim, em 2013, após uma derrota (0-1) com o Benfica, que Rui Vitória, treinador do...Vitória, perspectivando os dias seguintes com enorme dificuldade em sentar-se, recusou engolir a derrota 0-1 com o Benfica, demasiado enfartado com o tamanho do chouriço de Cardozo. Ontem, mais um artista de circo, dos muitos que a liga da farsa já pariu, entendeu mostrar o azedume azul às riscas com os «números exagerados» (quando os chouriços até podiam ter sido a dobrar) e os «golos do Benfica (que) foram estranhos». Além do mais («já vi, e não é penalti») quis parecer cego como uma porta. 

A tresandar a fruteiro, Moreno falou de coisas estranhas depois de ganhar o prémio de melhor não treinador do mês de Fevereiro! Como na liga da farsa nada é estranho, excepto os golos do Benfica, e o treinador principal do Vitória de Guimarães não pode constar na ficha de jogo por falta de habilitações, o prémio foi atribuído ao adjunto João Aroso, que fez discurso de agradecimento e tudo!  No final de Janeiro, najantas, onde o fruteiro Moreno perdeu com um golo de João Mário (aos 47 mts) que lhe soube a ginjas, foi tudo por mérito do clube da fruta. "Faltou-nos mais qualidade com bola, não por demérito dos nossos atletas, mas por mérito do FC Porto. A qualidade do FC Porto e os momentos com bola fez com que os nossos atletas corressem muito e perdessem o discernimento no momento após a recuperação de bola. A vitória do FC Porto é justa, não pelas oportunidades de golo, mas por ter sido a melhor equipa em campo. 

Inspirado pelo discurso do não treinador do Vitória fui à procura de mais coisas estranhas que aconteceram na Luz. No segundo golo não é penalti porque as sarrafadas por trás a Rafa são tão legais como arrefinfar os tornozelos do Gonçalo Ramos sem castigo. O primeiro não conta porque «nasceu de um ressalto». O terceiro foi marcado em excesso de velocidade, o quarto (auto golo) foi comprado pelo Benfica e o quinto, do António Silva, além do desaforo do puto, aconteceu porque os apanha bolas do Benfica não estavam sentados aos 85 minutos de jogo. No fundo só o golo do Vitória é que foi natural. Mas foi pena. Odysseas Vlachodimos, na calha para receber o prémio de melhor Diogo Costa em campo, com aquele golo (o único que não foi estranho) sofrido, fica automaticamente de fora das nomeação da liga.

Ainda mais estranho foi o número de espectadores não ultrapassar largamente os 60 mil (59 374) por a liga da farsa atribuir um sector das bancadas com capacidade para uns 3/4 mil espectadores a meia dúzia de gatos pingados (talvez menos de duzentos) de adeptos vimaranenses! Mau grado o Benfica não poder vender mais Redpass ainda tem de levar com este desperdício de lugares imposto pela liga! Estranho como o caraças foi nenhum adepto benfiquista se ter lembrado do Aursnes que, segundo os cientistas da bola, iria emperrar o Benfica. Florentino Luís, a julgar pelo nome, até pode parecer português. Mas quem tem todas aquelas pernas que chegam a todos os recantos do relvado, ou é um tal marciano que, por decreto, não pode ser convocado por Roberto Femacosa Martinez, ou talvez seja ele o verdadeiro polbo encarnado. Chiquinho também anda bué estranho. Corta aqui, remenda ali, tricota daqui, assiste dali, joga na frente, sai de trás a jogar, enche o meio campo...foda-se o rapaz! Se fosse brasileiro a MDCSDQT já lhe tinha oferecido o estatuto do Galeno! 

«Da próxima vez que me chamares cabrão vou aí e arranco-te os olhos. Lembra-te do que estou a dizer!» Vale tudo menos arrancar olhos deixou de assentar como uma luva à liga da farsa. Agora vale mesmo tudo na liga Proença. Não digo que foi tão estranho como os golos do Benfica mas talvez venha a demonstrar que o jogo (apenas um) de castigo a Roger Schmidt foi muito mal aplicado. Não fora o (mau) exemplo do treinador do Benfica e jamais o ferrabaz treinador do foculporto b do Algarve se sentiria à vontade para ameaçar arrancar os olhos do adepto! O que não deixa, pelo menos para mim, de ser muito estranho. Arrancar os olhos do adepto que, ainda por cima, mede metade do Paulo Sérgio, porquê? Porque não aplicar-lhe um coice à Pepe, dois pontapés à Uribe ou, porque sim, uma cuspidela à Otávio? Que raio terá visto o adepto (relembro a insistência de chamar cabrão ao outro) que tanto incomodou o ex-forcado?

Tenho para mim que este moço, Paulo Sérgio, era o substituto ideal para substituir o outro Sérgio, o Ceição. Já quase se engalfinharam à pancada naquele estádio, andaram de língua na boca pouco depois, no jogo dajantas e, pela amostra de ontem, aposto que o treinador do foculporto b do Algarve (cornos à parte) tem, no mínimo, um coração tão enorme como o do Sérgio das ajudas à famílias carenciadas.