Isto é que vai uma crise!

O jogo, vendido pelos catedráticos como um dos mais complicados da época, apresentava-se como berbicacho do catano! O entusiasmo nas redações era evidente e em Contumil surgia uma luzinha lá longe, bem ao fundo do túnel. No Lumiar esfregavam-se as mãos de contente. O treinador, espécie de novo Guardiola que aterrou em Arouca para derrotar o Benfica, era o garante do sucesso. Máquina goleadora - três ao Boavista, dois ao Rio Ave, três ao Gil Vicente e quatro ao Estrela Amadora - desde que o antigo analista do clube da fruta, fiel adjunto do Bilhas-Boas até o candidato a derrotar Pinto da fruta ficar desempregado, não seria uma defesa remendada, sem laterais de nascença e com um guarda-redes desengonçado, sem classe para jogar no Benfica, que iria parar o Arouca. É que, mesmo sem o novo Guardiola, o Arouca foi empatar àjantas, no tal jogo que demorou mais 23 minutos, sendo derrotado pela margem mínima (goleada para a MDCSDQT) no alvalixo, mercê de duas exibições épicas; dos sapos e do Gyokeres! Sim, era ciclópica a tarefa do Benfica.

Para enfrentar tudo isso e o apocalipse, Roger Schmidt - que sem pronunciar uma palavra de português continua a ofender o cagalhão do Pedro Henrique - apostou num onze inicial sem lateral esquerdo, sem lateral direito, sem ponta de lança e com um João Mário que, segundo os especialistas da especialidade, é sempre menos um no relvado. Se lhe juntarmos um Di Maria que já nasceu cansado, Kökçü que "ainda não justificou nada" e Rafa, que precisa de 20 oportunidades para se fazer passar por meia perna do Gyokeres, sobram o velho Otamendi que veio para o Benfica (lembram-se, verdadeiros?) ao serviço do foculporto, João Neves que, meio ano atrás, ninguém sabia quem era e António Silva que, na época passada, foi completamente derrotado pelo mágico Ivan Jaime na atribuição do prémio melhor jogador jovem da liga. É obra! Custa a acreditar como é que o Benfica sobreviveu no batatal do Municipal de Arouca. 

Terão sido as camisolas do Eusébio? Será que foi a arbitragem a dar uma mãozinha? Bom...tentemos entender o que aconteceu. Vi Di Maria, cansadíssimo das férias, a dar baile aos catedráticos da gestão de balneários. Vi os Otamendi, João Neves e António Silva do costume, vi Artur Cabral a jogar no batatal como se estivesse a divertir-se no churrasco e vi o comendador Rafa Silva com dois golos limpos, duas assistências para golo e quatro ou cinco multas por excesso de velocidade passadas pelos árbitros assistentes do inepto Verdíssimo. Vi o Felipe Morato (sabiam que tem apenas 22 anos de idade?) metido na área a tabelar com Kökçü (exibição de encher o olho (do cu) ao mais pintado) para o golo do desajeitado Musa. Vi Aursnes sempre ligado à corrente, João Mário sempre a (inter)ligar a corrente e os quase 2 metros de Trubin (ca ganda cepo que o Benfica contratou) a encherem por completo a baliza do Benfica...

O que eu não gostaria de ter visto? Aquele relvado execrável quase ao (baixo) nível de Fabio Verdíssimo e Tiago Martins os piores, entre os mais rascas, profissionais do apito da liga. Às vezes, apesar de me custar acreditar ser possível, dou por mim a pensar que ainda são mais péssimos que os foculportistas Manuel dos camarotes e o desclassificado Basco Santos! Além de sapos até ao tutano, Verdíssimo e Martins são forrados a incompetente (a escolha dos frames e as linhas de fora de jogo parecem-me casos de polícia) desde a cabeça aos pés. Proença, no seu afã de vender o produto futebol aos investidores, só pode estar orgulhoso. Agarra no vídeo do jogo, pinta-o de azul e verde, e mostra-lhes como é atrativa a liga da farsa. O relvado do Arouca até pode parecer uma merda, mas para pastar é uma excelência! E as vantagens para o espectáculo são evidentes. Em que país do primeiro mundo se pode ver um lance como o de Rafa - isolado, a tentar escapar ao radar do bandeirinha para não ser mutado em excesso de velocidade - surpreendido pela bola a ressaltar, com o boi do Jamor (tenho quase a certeza que foi ele) escondido atrás do torrão usando a ponta da cornadura para lhe mudar a trajectrória?

E em que país do primeiro mundo se podem ver linhas de fora de jogo como aquelas? Traçam o fora de jogo por um ombro (18 cm) de Arthur mas a linha que invalida o golo do Benfica é medida a partir do...pé (muito atrás do ombro) do jogador do Arouca! Duarte Gomes explica: "é quase certo que a colocação das referências - os pontos brancos que depois originam a linha tecnológica automática - foi feita na última parte do corpo de defesa e atacante". E assim, digo eu, é quase certo (pelo que se vê nas linhas traçadas pelo VAR) que Tiago moedas cortou metade do peito, a cabeça e o ombro (35/40cm pelo menos) do jogador do Arouca que punham Arthur Cabral em jogo. 

Para terminar ficam as oportunidades do Arouca que surgiram por erros cometidos na saída da grande área, mais um pontapé de penalti, por mão na bola aos 89 minutos, que ficou por assinalar para o Benfica e a execrável capa do pasquim Abolha, único das folhas de couve desportivas que conseguiu tirar Rafa da sua primeira página! Não é critério editorial não é nada. Com uma exibição igual à de Rafa tínhamos Gyokeres na bolha (mesmo sem jogar tem sempre o seu lugar reservado) para três quinze dias de lambuzice pacóvia. Canojo!