kickoff Gomes e o Manel dos camarotes!

Novo ano velhos hábitos que perduram. A noite começou com as convenções do NOVO BANCO, no alvalixo, onde o Estoril Praia de Basco Seabra se apresentou (para bem do espectáculo) com 30% das pernas escarranchadas, cabendo à potência do Lumiar regalar-se com a oportunidade aproveitando os restantes 70% de descontos para carimbar mais um excelente negócio acima de qualquer suspeita. O dono da caixa registadora (Gyokeres) não marcou o ponto mas (segundo a MDCSDQT) distribuiu VMOC's pelos contribuintes com uma eficácia de deixar de cara à banda os gestores do Banco de Portugal e os administradores NOVO BANCO e do Millennium BCP. O que o país precisa, para sair da cepa torta, digo eu, é da eficácia de um Gyokeres. Seria um upgrade para a classe política, nas ruas da amargura, mas muito mau para a saparia. Se o moço vai embora a potência do Lumiar morre antes de saber o que fazer à vida. 

Mais golo menos golo - Rúben Amorim: «Ninguém esperava este resultado. Nem eu!» - o que fica desta convenção é que, com o resultado em 1-0, Gonçalo Inácio, à entrada da área dos sapos, ao minuto 29, destemperadamente, atinge com a sola da bota a cabeça de Alejandro Marques. Duarte Gomes analisou assim o lance. «Eduardo Quaresma carregou as costas de Alejandro Marques (sem bola em disputa), derrubando-o de forma irregular, perto da sua área. A bola estava na posse de um jogador canarinho, que rematou à baliza de Adán. O árbitro terá aplicado a vantagem, o que não anulou a abordagem impetuosa do defesa do Sporting. O lance ficava melhor "servido" com pontapé livre direto favorável ao Estoril». Repito : ao minuto 29 Gonçalo, Inácio à entrada da área dos sapos, atinge com a sola da bota a cabeça de Alejandro Marques. Não são só os apitos dourados de onojo, a porcaria estende-se a todos os especialistas do apito. As imagens, se assim quiserem, são tão claras como negra é a alma dos ex-árbitros comentadores de arbitragem. E relembro o que toda esta cambada concluiu a propósito empurrão pelas costas a Tengstedt no último minuto do Benfica 1-1 Casa Pia!

Na Boavista aconteceu mais uma exibição à foculporto. Futebol fluido, grande trabalho tático e estratégico do boneco, qualidade de jogo acima da média (rói-te de inveja Benfica) e golos de criar bicho. Os foculportistas da Sporttv, até mais do que os jogadores do clube da fruta, deram por fim ao suplício (o que sofreram aquela abéculas!) com o entusiasmo de um velório. No relvado o Manel dos camarotes viu-se num virote para salvar o seu lugar...nos camarotes. Não viu, nem ele nem o VAR (Rui Costa), uma defesa de Wendell com o braço (peito para Luis Freitas bobo) dentro da área de rigor do clube da fruta, e nos últimos 11 dos 112 minutos de jogo, qualquer canto pertença do Boavista foi imediatamente transformado num pontapé de baliza a favor...do lugar nos camarotes. O seu juiz de linha, bandeirinha, árbitro assistente ou o raio que o parta, tal era o cagaço, teve de mudar as fraldas assim que chegou ao balneário...

Após os112 minutos o boneco Ceição encarou os pés-de-microfone borrados de medo, prostados a seus pés, como um carrasco prestes a meter-lhes a corda no pescoço. Tal era o silêncio e o respeitinho naquela sala repleta de vassalos que uma simples bufa de Pinto da fruta teria o mesmo efeito de um trovão. Um deles, penso que da CMTV, tremia tanto no seu linguarejar de estrebaria - "na flash apontou várias razões para não ter ganho o jogo, descrevendo, inclusivamente, um conjunto de coisas" - que não foi nada fácil entender os seus grunhidos. Entre um soluço e um apertar de nalgas que lhe tolhia o (fraco) raciocínio, já tinha dado o mote - "boa noite, eu pergunto-lhe, se me permitir"... - para uma conferência de imprensa que de conferência de imprensa só teve o nome. Àquele amontoado de covardes espalhados pela sala, Conceição, há que reconhecê-lo, tratou-os (num português perfeito) como merecem: olhando-os como uma vara de fantoches e com desprezo absoluto. Aprende Roger Schmidt: é deste tipo de comportamento que eles gostam.

Nenhum analista especialista da especialidade deu relevo ao facto do golo do Boavista só acontecer por o arruaceiro Pepe meter dois jogadores adversários em jogo. Se não tivesse um cú com 2 toneladas, bastar-lhe-ia dar um passo em frente para justificar existência do VAR. E enquanto os comentadores da sporttv tentavam uma saída airosa que os livrasse daquele momento de desolação e o boneco desesperava no banco de suplentes, David Carmo da equipa b, em casa, ria-se a bandeiras despregadas tentando não rebolar na carpete.

Todos à batatada - consequência de uma confusão provocada por Galeno - mas o Manel dos camarotes resolveu a questão, qual Salomão da Cedofeita, expulsando Ibrahima. Ao seu olho de lince (quem sabe se apoiado pelo orifício do Rui Costa acabadinho de limpar) não terá escapado um chega-para-lá do boavisteiro capaz de acabar, tal foi a biolência, com a carreira do futuro internacional na selecção do Rónalde, que nada fez, nem ele nem os seus colegas, que pusesse em causa a integridade física dos jogadores do Boavista.