E quem mais brilha é o altruísta dos recordes!

A degola dos inocentes tinha começado minuto e meio antes. Deslumbrados com os elogios da MDCSDQT e com as costas protegidas pelo melhor Diogo Costa em campo, os serviçais da reserva do Rónalde entraram em campo convencidos que bastava a presença do goleador (3 jogos 0 golos) do Al-Nassr no ataque para deixar os pobres georgianos encandeados. António Silva, ao não encontrar o altruísta desmarcado, sem olhar, passou a bola a Palhinha que, sem nada para fazer numa equipa a jogar com três centrais, estava (dis)posicionado uns largos metros mais à frente. Danilo e Gonçalo Inácio tinham ido à casa de banho conferir se o João Felix utilizara bem o autoclismo. 1-0 contra - «perder prepara melhor a equipa psicologicamente», segundo Roberto Martínez - e 88 minutos para mostrar ao mundo que os espalha-brasas que arrasaram a Chéquia em três minutos de verdadeira (ge) orgia, nada tiveram de acaso. 

A coisa lá foi andando ao pé coxinho até que aos 65 mts Roberto Martínez não aguentou mais mandando entrar Gonçalo Ramos para, pelo menos, igualar em número os atónitos georgianos. Jogar os últimos  25 minutos 11 contra 11 não parecia uma má estratégia mas a opção de apontar o dedo a António Silva, optando por Dalot a central, deixa perceber que o espanhol anda a ler pela cartilha🤮 da cofina. As capas dos pasquins de hoje - bastante decentes as de ojogo e a bola - mostram bem de que matéria rasca são feitos o rascord do Bitor Pinto🤮 e do Bernardete Ribeiro🤮, com o canalhadas da manhã🤮 - farelo da mesma gamela - a não deixar créditos por patas alheias. 

Com o exemplo de Martínez, sem autogolos a favor nem espaço para os espalha-brasas no altar, foi fácil aos cata-ventos encontrar o culpado de um dos milhentos recordes do Rónalde não medrar. Ainda assim e pelas minhas contas, o de jogador mais velho a perder com a equipa pior classificada no ranking da UEFA é todo seu. Outro, de 3 jogos e 0 golos em europeus, também já ninguém lho tira. O de «pai das derrotas» - por mais que não jogue um peido ou que barafuste com os colegas em campo, que dê pontapés no relvado ao ser contrariado, que saia aziado com o treinador ou que, nas derrotas, fuja da imprensa que o idolatra - esse, é que nunca será seu.  

Por mim (confesso que cheguei a estar tentado mas decidi não ver o jogo assim que o Roberto Martínez anunciou que ia jogar para os recordes do altruísta) optar por este ou aquele jogador quando do outro lado está a pior equipa da UEFA, nem devia ser motivo de conversa. Qualquer equipa da primeira liga, do meio da tabela para baixo, achar-lhe-ia um figo. Ainda por cima, o sistema está muito bem oleado, assente nos imprescindíveis melhor Diogo Costa em campo e no melhor W52 da galáxia, auxiliados pelos melhores Palhinha e Vitinha que há memória, sob o comando do melhor altruísta da história. Foi assim - mesmo sem o Vitinha - que seleções como o Luxemburgo, Lichtenstein e comp. foram completamente arrasadas na brilhante e deslumbrante campanha dos recordes do Rónalde em direcção ao euro na Alemanha! Nem o Al Nassr, onde brilha o melhor altruísta do universo, fez jogos tão bons, é preciso reconhece-lo.

Martínez é um treinador que fala muito bem português - só por isso a sua popularidade atingiu níveis (percebe-se bem o porquê) estratosféricos antes nunca vistos - faz todas as vontades à Nike, ao Jorge Mendes e ao Rónalde, não merecendo por isso mesmo, apesar dos reparos que lhe fiz, os ataques miseráveis dos ronaldetes especialistas da especialidade que foi alvo no fim do jogo. Escolher a Irlanda para preparar a Geórgia, jogar 65 minutos com menos um jogador para preparar a derrota e, psicologicamente, a sua equipa, é de génio. Os jogadores em constante rotação, com Dalot e Nuno Mendes a centrais, laterais a furar por dentro, Matheus Nunes na direita, Palhinha como um peixe na água no sistema de 3 centrais e Nelson Semedo a marcar de perto o Chico espalha-brasas, tem muito de Guardiola! 

A piada da noite foi ver os esforços dos piscineiros portugueses ridicularizados por um brilhante mergulhador georgiano.